Violência contra a pessoa Idosa no âmbito familiar.

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Conforme o autor Sousa(2004), ele também explana que é dever da família e do Estado colaborar para uma velhice digna. A família deve ser sinalizada como seu papel é de extrema importância para este idoso, sendo também por tutela jurídica.

O Art. 230 da Constituição Federal diz que: “A família, a sociedade e o Estado tem o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e seu bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”.

O Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Questionário:

- O que leva o agressor a praticar a violência contra a pessoa idosa no âmbito familiar?

- Por quais motivos as instituições também têm sido denunciadas por praticar a violência contra pessoa idosa?

- Por que no âmbito familiar acontecem os maiores números de violência contra a pessoa idosa?

- Qual o dano que a violência causa para pessoa idosa?

Respostas:

Segundo pesquisa realizada na Estação da Lapa em Salvador – Bahia. Tendo como resultado as seguintes opiniões dos entrevistados:

- Segundo Dona Margarida Costa, que seria o uso de entorpecente, fazer uso do dinheiro do idoso indevido, a falta de valorização do idoso.

- Segundo Sr. José Santos, devido a não termos um bom atendimento na instituição, falta de pessoas qualificada e muitas delas querem ficar com nosso dinheiro.

- Segundo Dona Alice Silva, é por falta de conhecimento, negligencia, abandono, pelo idoso se sentir como peso para família.

- Segundo Dona Márcia Ferreira, abala o emocional, a baixa estima, a depressão, o psicológico, não tem mais vontade de viver, muitos tentam até tirar a própria vida e se sente incapaz.

Considerações Finais:

Diante das entrevistas que foram realizadas com alguns idosos na Estação da Lapa, constatou-se que ainda a necessidade de esclarecimento sobre o Estatuto do Idoso e seus direitos garantidos, sendo assim, foi apresentada algumas dificuldades em responder o questionário aplicado com o público alvo que era os Idosos que ali estavam.

Vale ressaltar outro aspecto que merece ser enfatizado refere-se à carência de serviço de apoio aos idosos agredidos, por falta da garantia de que é seguro a denúncia, alguns ficam inseguros para denunciar a situação de violência intrafamiliar, pois, ao retornarem aos seus lares, são maltratados novamente, e isso gera medo e apreensão, e muitos não admitem que a violência seja praticada por ente queridos. E este é um elemento que dificulta muito, para que não haja as denúncias, pois o próprio idoso se sente como se estivesse traindo a sua própria família, ou seja, desfazendo um pacto que foi selado do inicio, desde a geração familiar. Segundo Leite, quando se trata de denúncia, muitos idosos não conseguem disfarçar o constrangimento que esta vivenciando naquele momento, a emoção ou temor às retaliações de seus agressores.

A violência contra a pessoa idosa tem representado uma grave violação de direitos como cidadãos, sendo assim, identifica-se um ato de retrocesso no campo social quanto às afirmações dos direitos humanos. Percebe-se que no âmbito familiar o número de violência tem crescido. Através de pesquisas realizadas identificamos que a violência familiar em sua maioria é motivada por questões de cunho sociais, econômicos, culturais e políticos, devido à fragilidade nos programas ofertados, nos projetos existentes e benefícios. Apesar de existir as normas legais e o Estatuto do Idoso, ainda sim existe a violência, e seus números tem crescido cada dia mais.

Os maus tratos de idosos por "pessoas que deles cuidam" representam um problema. O abuso é geralmente praticado por pessoas nas quais os mesmos depositam confiança, ou seja, familiares, vizinhos, acompanhantes, médicos entre outros. Frequentemente a vítima é do sexo feminino, com mais de 75 anos e vive com familiares devido à idade. Habitualmente o perfil do acompanhante é de uma pessoa passiva, impotente, dependente e vulnerável. Essas características unidas à falta de opções fazem com que as vítimas tenham dificuldades de escapar de uma situação abusiva. (GUIMARÃES E CUNHA, 2004).

A partir do momento em que não se restringem as denúncias apenas aos órgãos específicos, por isso é de extrema importância denunciar a violência contra a pessoa idosa, senão estaremos sendo coniventes com essa situação absurda. É necessário para enfrentar e erradicar o problema da violência contra a pessoa idosa, buscar maior conhecimento do problema que gera a violência, para efetivar leis e políticas mais solidárias.

Por esse motivo é indispensável às políticas públicas que visam garantir que o Estado e a família cumpram seu papel, no que se refere à proteger a pessoa idosa. Sendo assim, as três esferas (Estado, família e sociedade), devem fazer a tocante proteção digna e saudável aos idosos.

Concluímos que essa atividade de pesquisa nos levou aos parâmetros de identificar as problemáticas existentes no que se refere à violência contra a pessoa idosa. E a falha dos governantes em não colocar em prática as políticas públicas, melhorar o acesso aos serviços.

Referências Bibliográficas:

http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v13n2/a16v13n2.pdf

Minayo MCS. Violência: um problema para a saúde dos brasileiros: introdução. In: Souza ER, Minayo MCS, organizadoras. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Impacto da violência na saúde dos brasileiros. Brasília: