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A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO A PESSOA IDOSA NA ÁREA DA SAÚDE

Por:   •  22/12/2018  •  14.641 Palavras (59 Páginas)  •  650 Visualizações

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Embora este direito tenha sido efetivado abrangendo todos os grupos sociais no ano de 1988, a partir da reformulação e promulgação da Constituição Federal brasileira, as discussões envolvendo o tema datam de 1930, quando foram dados os primeiros passos em busca da elaboração de uma política de saúde condizente com as demandas existentes já naquela época.

O percurso para efetivação da política de saúde como direito do cidadão e dever do Estado foi longo, árduo e envolto em lutas sociais. Desta forma, esta política começa a se delinear no Brasil, tornando-se uma necessidade em face da industrialização que se concretizava paulatinamente, fazendo com que o Estado assumisse a assistência à saúde dos trabalhadores.

O tema deste estudo se reveste de importância em razão da natureza do trabalho desse profissional estar voltado para o atendimento das classes menos favorecidas e na saúde de modo específico sua participação se dá na busca de mecanismos para garantir serviços de saúde a todos que necessitarem.

O sistema de saúde pública no Brasil até o momento não conseguiu atender as todas as pessoas que apresentam algum tipo de doença e principalmente as crônicas. Nesse sentido, a questão norteadora deste estudo é: Que papel exerce o assistente social na efetivação dos direitos de acesso à saúde?

O objetivo geral desta pesquisa bibliográfica é ressaltar o papel do assistente social em hospitais atuando junto à pessoa idosa. Os objetivos específicos por sua vez são: Conceituar terceira idade, suas características e os direitos sociais previstos pela legislação brasileira para essa faixa etária; Destacar as formas de intervenção do assistente social junto a pessoa idosa em hospitais; Discutir o papel do assistente social na sociedade e seu papel como mediador entre as políticas sociais e os direitos da pessoa idosa;

O direito à saúde está preconizado na Constituição Federal de 1988 o qual prevê equidade e universalidade. Porém, até o momento não se observa a efetivação de tais direitos, pois, diariamente as unidades de saúde se tornam insuficientes para a grande demanda, requerendo a atuação de profissionais que possam atuam a favor da população carente e que se encontra com problemas de saúde.

A inquietação por discutir esse assunto se deu durante os estágios no qual se observou que muitos idosos enfrentam dificuldades quando necessitam de serviços de saúde na rede pública de saúde. Considera-se assim, que a relevância deste estudo reside na expectativa de que a compreensão e análise destes fatores poderão subsidiar o desenvolvimento de estratégias eficazes de intervenção de caráter político e social, do assistente social junto a população a fim de que se possa planejar estratégias de enfrentamento às situações de exclusão de benefícios e serviços a que está sujeita a pessoa economicamente desfavorecida de forma que as ações propostas tenham maior visibilidade, alcance e efetividade no sentido de garantir serviços de saúde de maneira equânime.

A metodologia adotada neste trabalho é a revisão da literatura, uma parte básica e essencial pela qual o pesquisador deve começar seu trabalho. Essa revisão fornece o suporte necessário para justificar, objetivar e formular o problema de pesquisa, além de permitir a definição da melhor estratégia para estudar e analisar o problema e seus dados (BANDEIRA, 2000). Dessa forma, a revisão de literatura deve ser realizada em função do presente problema de pesquisa, explicitando o contexto teórico no qual o problema se insere.

Para a coleta de informações que serviram de base para esta pesquisa, serão utilizados livros, artigos e textos eletrônicos. Feita a seleção e leitura, partiu-se para a análise das discussões dos autores e enfim, a construção do trabalho.

A organização deste trabalho se dá em três capítulos sendo que o primeiro versa sobre a pessoa idosa e o direito à saúde no Brasil no qual se aborda o conceito e características dessa faixa etária e posteriormente enfatiza-se o direito à saúde.

O segundo aborda sobre a política de saúde no Brasil a partir de um breve histórico e no terceiro pontua-se o papel do assistente social frente ao idoso que necessita de serviços de saúde.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 A PESSOA IDOSA E O DIREITO À SAÚDE

A velhice sempre é vista como um período de decadência física e mental. É um conceito equivocado, pois muitos cidadãos que chegam aos 60 anos, já que esta é a idade oficializada pela Organização das Nações Unidas, como limite entre fase adulta e velhice, ainda são completamente independentes e produtivos. Acredita-se na decadência sim, mas da sociedade que perde, não dando valor ou criando espaços adequados para as necessidades as pessoas que foram envelhecendo. A população idosa, no Brasil cresce a cada dia e com ela as dificuldades e as necessidades de adequar soluções eficientes, junto aos órgãos públicos, com o objetivo de tornar digna a vida de nossos idosos (PIRES et. al. 2002).

A velhice é considerada a terceira idade da vida humana, e essa terceira idade oscila entre o fim da idade adulta média até a declaração, isto é, a confirmação da velhice. Biologicamente é a etapa da vida caracterizada pela queda de força e degeneração do organismo (AMÂNCIO, 1975)

Costuma-se dizer que a idade determinante da velhice é 65 anos, quando se encerra a fase economicamente ativa da pessoa e começa a aposentadoria. Contudo a Organização Mundial da Saúde, através de estudo e levantamento estatístico mundial, elevou essa idade para 75 anos, devido ao aumento progressivo da longevidade e da expectativa de vida (SIQUEIRA, et. al, 2007).

Em muitas culturas e civilizações, principalmente as orientais, o idoso é visto com respeito e veneração, representando uma fonte de experiência, do valioso saber acumulado ao longo dos anos, da prudência e da reflexão. Enquanto em outras, o idoso representa "o velho", "o ultrapassado" e "a falência múltipla do potencial do ser humano" (GUIMARÃES; CUNHA, 1989).

Há quatro formas básicas de ocorrer essas mudanças, de maneira consciente e tranquila ou ser sentida com grande intensidade, tudo dependerá da relação da pessoa com a velhice. Os sinais característicos dessas mudanças são nítidos por conta da ação do tempo e social: 1- Mudanças Físicas: gradual e progressivas: aparecimento de rugas e progressiva perda da elasticidade e viço da pele; diminuição da força muscular, da agilidade e da mobilidade

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