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Serviço social urbano e rural

Por:   •  14/10/2018  •  2.302 Palavras (10 Páginas)  •  369 Visualizações

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1.1 O que é Reforma Agrária?

A reforma agraria é um processo em que ocorre a divisão de terras, ou seja, propriedades particulares (latifúndios improdutivos) são compradas pelo governo a fim de lotear e distribuir para famílias que não possuem terras para plantar. Dentro deste sistema, as famílias que recebem os lotes, ganham também condições para desenvolver o cultivo: sementes, implantação de irrigação e eletrificação, financiamentos, infraestrutura, assistência social e consultoria.

Durante muito tempo a reforma agrária foi sonhada e idealizada por muitos agricultores e cidadãos sem-terra pois essa seria a chance de ter uma melhor condição vida, os dois filmes tem em comum a posse da terra no Brasil. O primeiro filme (Fruto da Terra) relata enfatiza a terra de Rose (1987): A partir da história de Rose, agricultora sem-terra que com outras 1.500 famílias, participou da primeira grande ocupação de uma terra improdutiva, a fazenda Annoni, no Rio Grande do Sul, o filme a borda a sensível questão da reforma agrária no Brasil, no período de transição pós regime militar. Retrata o início do MST. Rose deu a luz ao bebê primigênio que nasceu no acampamento e foi morta em um estranho acidente.

Relato emocionado e emocionante do reencontro dez anos depois, da diretora Tetê Morais com os personagens e seu premiado filme Terra Para Rose (1987). O filme narra os resultados surpreendentes dos assentamentos.

Marcos Tiaruju foi o primeiro bebê nascido na fazenda Annoni em 1985. Os pais fizeram parte das 1.500 famílias na ocupação realizada pelo MST, início de uma etapa de luta pela reforma agrária no Brasil. Sua mãe Rose, foi morta durante essa luta. A história dessa ocupação, que culminou com a conquista da terra e de novas oportunidades de vida é contada nos dois premiados documentário de Tetê Morais, terra para Rose e o sonho de Rose, 10 anos depois. Com 22 anos (em 2008) marcos era bolsista de medicina em cuba. Uma saga de conquista de direitos humanos, através de lutas sociais, uma história de superação, desigualdade e injustiças de marginalização e miséria.

Enquanto que, o segundo filme “Por Longos Dias” é uma visão poética do Movimento dos Sem Terra e da Marcha Nacional pela Reforma Agrária. Inspirado em um texto de José Saramago. O roteiro é uma adaptação livre do prefácio de José Saramago (Prêmio Nobel de Literatura 1998) ao livro Terra de Sebastião Salgado. O roteiro mostra o cotidiano dos sem-terra revelado desde a intimidade dos acampamentos até a chegada da Marcha Nacional pela Reforma Agrária à Brasília, em 1997.

O documentário relata a história de Alcione Ferreira da Silva, natural do maranhão, agricultor, com sete anos começou a trabalhar na roça, com 17 anos casou. Em 1972 conta a experiência que passou junto com um grupo que chegou em sua casa em Eldorado dos Carajás – Pará convidando para seguir com eles, ele com medo pois o grupo só andava pela mata ele não aceitou. No ano de 1983 sem ter como sobreviver da roça vai garimpar em Serra Pelada passou muita dificuldade e seus filhos choravam com fome e ele não tinha condições de comprar um mais tarde ele descobre que aquele grupo era os sem terras e se junta a eles pensando que ia ter uma melhoria de vida foi para o acampamento em Palmaos com seus pertences e foi para fazer sua casa e descobriu que não era do jeito que estava pensando.

Portanto, a reforma agrária foi e sempre será o sonho de muitos trabalhadores rurais que sonham com dias melhores e com seus direitos a propriedade, educação, saúde de boa qualidade, por isso essa movimento muitos conflitos, mas muitas vitórias porque apesar da não consolidação da reforma agrária, este é um assunto que sempre está em pauta na mídia e movimentos sociais e hoje a condição e a criação dos assentamentos e cooperativas trouxeram uma melhor qualidade de vida para essas pessoas que antes não tinha terra e nem como sobreviver.

2 Movimento sem terra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também conhecido como Movimento dos Sem Terra ou MST, é fruto de uma questão agrária que é estrutural e histórica no Brasil. É um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do campo, principalmente no tocante à luta pela reforma agrária brasileira.

Desde meados do século XX, novas feições e formas de organização foram criadas na luta pela terra e na luta pela reforma agrária. Nas diferentes regiões do país, contínuos conflitos e eventos formaram o campesinato no princípio da segunda metade do século passado. Com a ditadura militar instalando uma modernização agrícola seletiva, que excluía a pequena agricultura, impulsionando o êxodo rural, a exportação da produção, o uso intensivo de venenos e concentrando não apenas a terra, mas os subsídios financeiros para a agricultura.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nasceu da articulação das lutas pela terra, que foram retomadas a partir do final da década de 70, quando as contradições do modelo agrícola se tornam mais intensas e sofrem com a violência de Estado, ressurgem as ocupações de terras especialmente na região Centro-Sul do país e, aos poucos, expandiu-se pelo Brasil inteiro. Em 1984, os trabalhadores rurais que protagonizavam essas lutas pela democracia da terra e da sociedade convergem em um encontro nacional, em Cascavel, no Paraná. Ali, decidem fundar um movimento camponês nacional, o MST, com três objetivos principais: lutar pela terra, lutar pela reforma agrária e lutar por mudanças sociais no país.

Em 1985, houve o Plano Nacional da Reforma Agrária (PNRA), que validaria aplicação rápida ao Estatuto da Terra e assentar 1,4 milhão de famílias. Desde desse período em diante que muitos trabalhadores rurais lutaram para conquistar seu espaço e garantir seu direito a “terra”, até que o Ex-Presidente Lula foi eleito e a esperança da Reforma Agrária ocorreu aflorou em cada cidadão que sonhava com a sua propriedade própria, mas mesmo sem vivenciar um verdadeiro processo de reforma agrária.

Porém esses anos de lutas trouxeram conquistas como a grande parte das pessoas assentadas, que se organiza em torno de cooperativas e associações coletivas e semicoletivas, tem melhores condições de vida do que antes conquistar a terra. A elevação da renda das famílias é realidade nos assentamentos, principalmente onde as agroindústrias estão desenvolvidas, logo é incomparável a produtividade, número de empregos e instalação de infraestrutura de uma área antes e depois de se transformar em assentamento,

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