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Serviço Social em tempos de Capital e Fetiche

Por:   •  2/4/2018  •  2.011 Palavras (9 Páginas)  •  523 Visualizações

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de complementaridade ou de concorrência. Harris e Wheeler (2005) define a internacionalização como um processo no qual a empresa comercializa os seus produtos ou serviços fora do seu mercado local ou de origem, focando assim o seu envolvimento também em mercados externos.)

Durante a década de 70 do século XX ocorreu uma crise econômica na Europa. A partir desse momento notam-se profundas alterações nas formas de produção e de gestão de trabalho, passaram a ter mais exigências no mercado mercantil, sob o comando do mercado financeiros e alterando as relações entre Estado e sociedade.O mercado, com o regime de acumulação de capitais gerou crises, pois a concentração de renda por parte da classe burguesa acabou desenvolvendo desigualdades de classes sociais e o aumento do desemprego.

O mercado de trabalho começou a exigir mais qualificação e a busca pela qualificação tornou- se importante para acompanhar a economia e se diferenciar profissionalmente por salários mais elevados.

Com a crise econômica, ocorreu o fechamento de várias empresas nacionais. Como consequências, além do aumento de pobreza e desemprego, o mercado financeiro sofreu com a elevação de juros, implicando diretamente no mercado de importação e exportação. O mercado nacional passou a ver a necessidade de buscar financiamento externo para a economia interna. Com o financiamento, o mercado nacional sai do controle, a dívida tornou-se incontrolável. O mercado externo exigiu o pagamento da dívida, resultando na escassez de recursos para investimentos e custeio próprio.

A desregulamentação do capital favoreceu o crescimento econômico das oligarquias, contra o desenvolvimento social. Essa desregulamentação gerou maior competividade no mercado mundial, favorecendo as instituições financeiras. Nesse cenário, os superiores exigem mais produção e que os custos sejam mínimos para o aumento das taxas de lucratividade, pois o fetichismo do capital existe no acumulo de riquezas. Como consequência, ocorre mais desemprego, pois a busca de mais-valia pelos empreendedores torna-se fundamental, recorrendo a empresas terceirizadas, como forma de mascarar o enxugamento de salários e benefícios sociais.

Por outro lado, a concorrência no mercado estimula o desenvolvimento cientifico e tecnológico que revoluciona a produção de bens e serviços. Com este avanço tem-se a necessidade da ampliação de horas de trabalho, tendo como consequência a precarização da sua qualidade geral.

O aprofundamento de desigualdades sociais e a implantação do desemprego atestaram ser a proposta de neoliberal vitoriosa, visto serem estas suas metas ,ao apostar no mercado como grande esfera reguladora das relações econômicas, cabendo os indivíduos a responsabilidade de ‘’se virarem no mercado’’.todo esse ideário, que envolve uma canalização do fundo publico para interesses privados, cai como uma luva na sociedade brasileira, que como se afirma Chauí (1995), é uma sociedade marcada pelos coronelismo, populismo, por formas políticas da esfera publica em função de interesses particulares dos grupos de poder.

Nos anos 70, com o fim da União Soviética e desaquecimento do Leste europeu, o Neoliberalismo ganha força e o Estado reduz a intervenção de sua ação, com restrição de gastos sociais. O Estado fica mais voltado para interesses econômicos e políticos, gerado clima de incerteza e desesperança na população. Com a privatização, os gastos públicos para programas sociais resultaram em mais desigualdade social e menor possibilidade de investimento na educação. Foi uma banalização à vida humana, na violência escondida no fetiche do dinheiro e na mistificação do capital.

Ao mesmo tempo que o Estado recolonizado parece débil ante as demandas das instituições financeiras internacionais,é forte quando traduz essas demandas em políticas nacionais .Quem fala de um Estado Liberal,fala de um estado poderoso,que impõe e implanta políticas.(Petras,2002:163-64).

Devido aos problemas que o capitalismo trouxe, tais como as desigualdades sociais e o descontentamento dos trabalhadores, ocorre necessidade de intervenção na relação de trabalho e empregador. O Serviço Social, de um lado intermédia com as necessidades da maioria da população, pressionando as instituições públicas e do outro lado há restrição de recursos para políticas sociais.As condições históricas que presidiram a formação dos países são atualizadas pela inserção desses países periféricos na divisão internacional do trabalho, o que metamorfoseia a questão social. A financeirização é um modo de estruturação da economia mundial porém nada criam, apenas, nutrem-se da riqueza criada pelo trabalho. O capital internacionalizado produz a polarização social, a qual é a base da questão social. Revigoram-se economias “informais” ao lado de formas especificamente capitalistas. Flexibilização das relações trabalhistas são a resposta para a intensificação da competição internacional e inter-regional. Essa mundialização do capital implica na reforma do Estado, reestruturação produtiva e as metamorfoses da questão social

. O assistente social convive diariamente comas mais amplas excreções da questão social,matéria prima de seu trabalho.Confronta se com as manifestações mais dramáticas dos processos sociais ao nível dos indivíduos sociais seja em sua vida individual,seja em sua vida coletiva.(ABESS/CEDEPSS:1946-154-155)

A queda salarial, desemprego e a instabilidade trabalhista alteram a morfologia da força de trabalho, agora, constituída por mulheres, jovens, migrantes, minorias étnicas e raciais, todos os sujeitos ao trabalho instável. O aparato estatal gerencia tudo, administrando

REFERÊNCIAS

Livro Serviço Social em Tempo de Capital e Fetiche.

Capitulo II.

Perguntas e Respostas com Técnica Social do CDI.

políticas contra as crises sistêmicas. a redução do padrão de vida do conjunto dos trabalhadores, por meio da privatização do Estado, a perda de eficácia das políticas públicas e a mercantilização

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