Seminario de Pesquisa em Serviço Social

...

dos cidadãos evitando que os loucos ficassem vagando dentro da cidade.

Mas a loucura não estaria ligada à assombrações, mas sim ao próprio homem, suas fraquezas, às suas ilusões e seus sonhos.

Foucault foi quem estudou a loucura e acreditava que a razão iria mostrar a loucura como um momento de sua própria natureza. “A verdade da loucura é ser interior à razão, ser uma de suas figuras, uma força e como que uma necessidade momentânea a fim de melhor certificar-se de si mesma” (FOUCAULT, 1997, p.36).

1.2 Movimento Higienista

O movimento higienista tem também o seu processo histórico dado a partir do processo de Industrialização que acarretou em um grande adensamento urbano. A grande maioria da população era pobre e viviam em péssimas condições de moradia, saneamento básico e alimentação. O resultado desse aumento populacional desenvolveu uma série de doenças, dentre elas a loucura.

No Brasil, em 1853 foi criando o primeiro hospital psiquiátrico chamado Dom Pedro II no Rio de Janeiro, que limpa a sociedade de todos aqueles que pudesse perturbar a ordem com suas doenças mentais e comportamentos diferentes dos padrões sociais. Para os higienistas, era possível através da educação formar um povo mais saudável com melhores condições de vida.

3. CAPITULO III - O Caminho Metodológico

3.1 Analise dos dados coletados, em entrevista com familiares de pacientes psiquiatricos

A pesquisa foi executada no mês de julho e inicio de agosto de 2013, em 16 leitos ocupados, sendo a amostra de 70% das familias, cujo familiar portador de transtorno mental passou por reinternações na unidade de Agudos Feminino do hospital psiquiatrico.

O local de pesquisa foi num hospital psiquiatrico do interior do Estado de SP, subvencionado pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

O hospital atende 26 municipios da região sudeste, sendo a unidade de Agudos Feminina o universo de aplicação da pesquisa.

Grafico 1: Composição Familiar

Grafico 2: Laços Consaguineos

Grafico 3: Relacionamento Familiar com o Paciente

Grafico 4: Recuperação do Paciente Envolvendo Familiares

Grafico 5: Trabalho de Recuperação Envolvendo Familiares

Grafico 6: Orientações sobre os procedimentos médicos realizados com o paciente

Grafico 7: Procedimentos e Atividades realizadas com pacientes

A importancia de esclarecer os familiares sobre os procedimentos medicados realizados com os pacientes esta estabelecido nas Leis como por exemplo a LEI N° 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental:

VII – receber o maior numero de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento.

Alem de o direito as informações sobre o tratamento do paciente, esta tambem assegurado pela LEI N° 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990, que dispõe sobre as condições para a produção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providencias, no Art. 7°, Paragrafo:

V – direito a informação, as pessoas assistidas, sobre sua saude; VI – divlugação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuario.

No quesito responsabilidade, de uma forma geral percebe-se que os parentes de relações diretas sempre acabam responsabilizando-se pelo tratamento dos pacientes. Nota-se tambem que o fazem de forma quase que individual, não citando colaboração de outros membros da familia. Sendo assim as informações nos levam a pensar que as responsabilidades desses sujeitos ficam quase que exclusivamente atribuidas a um único menbro da familia.

Após a alta hospitalar, os recursos usados pelas familias que foram relatados a partir da pesquisa são feitos através do CAPS.

A LEI N° 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de trantornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

‘’ De acordo com o Ministério da Saúde (Brasil, 2004), o CAPS é um serviço de saúde universal garantido pelo SUS, tendo como usuários pessoas que sofrem de psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e persistência da doença justificam sua permanência em um centro que possibilite cuidado intensivo, interação com os demais pacientes e promoção da vida integrativa na sociedade.’’

O uso continuo da medicação parece ser a principal causa das dificuldades de manutenção do tratamento pós alta hospitalar. As familia de forma geral relatam que os pacientes não aderem ao tratamento medicamentoso, ou o fazem sob alguma pressão e supervisão. Daí decorre uma necessidade de trabalho com as familias no sentido prever este acontecimento, e orienta-los quanto ao uso regular desses medicamentos como possibilidade da desinstitucionalização.

Em relação ao desenvolvimento de algum tipo de trabalho remunerado por parte do paciente, após a alta hospitalar, constatou-se