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Resumo do texto teoria crítica da família

Por:   •  26/8/2017  •  4.836 Palavras (20 Páginas)  •  832 Visualizações

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o elemento biológico a função materna. As estruturas-chaves seriam: a produção, a reprodução, a sexualidade e a socialização das crianças.

È o papel das mulheres na família que faz com ela participe de 3 estruturas diferentes: reprodução, sexualidade e a socialização das crianças. A família necessita ser analisada com a combinação dessas estruturas.

Escola de Frankfurt tenha uma linha oposta ao funcionalismo, critica o papel conservador desse grupo social (família) e o elemento de dominação dele, cujo mecanismo central e a autoridade do pai sobre o filho.

Agnes Heller traz a tona pensar a família como agência de reprodução ideológica, ou seja, é na vida cotidiana que o homem desenvolve suas ideias, atos, relações, se desenvolve.

Vida cotidiana: é um conjunto de atividades na qual o homem tem a possibilidade de se reproduzir socialmente.

Antropologia surgia para desnaturalizar e desuniversalizar a família.

Família é um grupo social concreto e o parentesco é uma abstração (uma estrutura formal que resulta da combinação de 3 relações: relação de descendência (entre pais e filhos que é bilateral), a de consanguinidade (entre irmãos) e a de afinidade (que se dá pelo casamento). O casamento legitima a relação com os filhos. A antropologia permite pensar a variabilidade, a desuniversalização e a desnaturalização da família e também a decomposição das relações nela envolvidas. A antropologia pensa a família como um grupo de procriação e de consumo, local privilegiado no qual ocorre a divisão sexual do trabalho (ocorrendo o grau de autonomia e subordinação da mulher).

Na antropologia a família tem regras proibitivas de relações sexuais entre parentes próximos, divisão do trabalho baseada no sexo e casamento como instituição socialmente reconhecida estabelecendo as bases da paternidade social.

Sarti diz que a antropologia serve para destruir dois mitos: a família conjugal como universal e o casamento associado a satisfação sexual.

Contribui também para afirmar que as relações de parentescos, o casamento, e a divisão sexual do trabalho são estruturas universais (pois existem em todas as sociedades apenas variam as formas em que se combinam).

Lèvi-Strauss diz que a família ganhou um novo impulso na antropologia não dá para pensar o átomo do parentesco a partir da unidade biológica e sim é necessário estudar a dimensão cultural (precisa de 2 grupos para se formar a família.

Psicologia a família desempenha papel fundamental na teoria de Freud (exerceu grande influência sobre a estrutura funcionalista), o modelo de família burguesa e das relações de dominação que ela contém. O ponto de partida da apreensão da família é uma complexa teia de vínculos e de emoções que se expressa através do ódio e do amor.

Reich concentra-se na repressão sexual (é um fator reacionário de grande importância na maneira em que atingem todas as sociedades e classes assim produzindo em todos os indivíduos o receio da autoridade) e da educação autoritária (família monogâmica). Para ele a família é uma fábrica de ideologias autoritárias e estruturas conservadoras. Critica o casamento monogâmico por se basear em interesses econômicos e propõe o predomínio em interesse sexual, essa relação não teria duração definida e não seria necessariamente monogâmica (só é possível em uma sociedade que houvesse independência material para a mulher e educação para os filhos assegurada pelo estado).

Uma adequada teoria crítica sobre a família deve voltar-se para o nível psicológico e formular categorias que permitam a compreensão de estruturas familiares divergentes em termo de seu padrão emocional. A família constitui um espaço social distinto pois gera hierarquias de idade e sexo (onde definem sua relação de poder e diferenças). Família refere-se a um grupo social concreto e delimitável, remete a um modelo cultural a sua representação, por isso a análise de família deve mover-se para planos de construções ideológicas e no seu papel de organização da vida social.

Para que serve a família?

Função econômica: as historiadoras Scott e Tilly mostram como a unidade doméstica era a unidade básica de produção. Os membros das famílias tinham deveres que eram definidos por idade, posição na família e o seu sexo (papéis sexuais de homens e mulheres eram distintos). O progresso material da família dependia tanto do homem (papéis públicos) quanto da mulher (trabalhava em todas atividades muitas delas eram extensões de suas funções domésticas, como o cuidado de animais e confeccionar roupas, mesmo confinada a esfera doméstica tinha um peso na vida econômica e social da família pois gerenciava a unidade doméstica). Após a industrialização surgiu duas esferas distintas: unidade doméstica e a unidade de produção, essa fragmentação fez uma divisão sexual do trabalho mais rígida pois a mulher ficou responsável a reprodução da força de trabalho na esfera privada do lar e sem remuneração, enquanto o homem o trabalho produtivo extra-lar pelo qual passou a receber remuneração.

A ideologia transformou a rígida divisão sexual do trabalho em uma divisão ”natural” própria a biologia de cada sexo. A casa é uma unidade material de produção e consumo, a família é um grupo de pessoas ligados por laços afetivos e psicológicos. Com a ruptura de produção e local de produção que veio com o capitalismo, a função econômica da família reduz a produzir valores de uso ou prestação de serviços domésticos (que se realiza em dois planos: primeiro inclui todas tarefas domésticas, segundo inclui a produção de novos trabalhadores).

Dentro da função econômica a família é uma unidade de consumo

Função socializadora: a família é focalizada como núcleo de procriação, cuja função primordial é a formação da personalidade dos indivíduos e a socialização primária das crianças. Ao exercer essa função a família atua também como agência de transmissão da ideologia.

Reprodução ideológica: a função da família como espaço de transmissão de hábitos, costumes, ideias, valores, padrões de comportamento. O estudo sobre a vida cotidiana apontam a internalização das normas, a interiorização da ideologia como processos que fazem parte do “amadurecimento” dos membros da família, na vida cotidiana.

O estudo da família deve levar em consideração todas a funções que fazem parte do cotidiano familiar. Por isso uma definição abrangente e criteriosa de família deve ser capaz de articular

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