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Relação da entrada da mulher no mercado de trabalho com a crescente acumulação do montante de capital.

Por:   •  23/12/2017  •  2.789 Palavras (12 Páginas)  •  495 Visualizações

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Nos séculos XVIII e XIX, durante o processo de industrialização, o mercado precisa de mão-de-obra feminina para diminuir os salários, ao mesmo tempo em que a mulher se vê obrigada a integrar o mercado para contribuir com a renda familiar. Aqui é quando a mulher é de fato inserida na produção, de maneira super explorada e submetida ao capital. O trabalho das mulheres e das crianças nas indústrias era importante para o capital, pois eram jornadas de 17 horas à salários baixíssimos. Submetidas a condições insalubres, humilhações e espancamento, as mulheres recebiam 60% a menos que os homens.

Devido à exploração descarada e a injustiça, as operárias reivindicam, através de manifestações, a redução da jornada de trabalho. Em 1957, 129 operárias entram em greve e ocupam a fábrica em busca de seus direitos. Lá elas foram trancadas pelos patrões e pela polícia, que atearam fogo na fábrica onde todas foram mortas carbonizadas.

No período pós-guerras, século XX, as mulheres assumem o trabalho dos maridos, pois muitos dos sobreviventes dos conflitos retornam impossibilitados de voltar ao trabalho - devido a mutilações e, até mesmo, problemas psicológicos. Devido a

Entrada da mulher no mercado de trabalho, depois de 1970, a população economicamente ativa aumenta de 39,6% para 43,3%. No fim dos anos 80, um terço da população economicamente ativa é composto por mulheres.

Atualmente, os homens pertencentes à classe média e a baixa não conseguem sustentar toda a família. Assim, muitas mulheres são incluídas no mercado de trabalho buscando aumentar a renda familiar - o que, em muitos casos, ainda não é o suficiente.

- A MULHER E O MERCADO DE TRABALHO

No que se trata da evolução no mercado de trabalho feminino, o crescimento é cada vez maior. Foram inseridas nele no século XIX, passando a dar uma continuidade aos negócios familiares (casos em que o marido veio a faltar por motivo de guerra ou morte). A revolução industrial as coloca então, dentro da fábrica. Passando a sofrer inúmeras discriminações em razão do gênero. Tendo assim, que buscar evolução a cada dia, conquistando seu espaço, sempre com o objetivo de obtenção de igualdade perante o sexo oposto.

Mulheres, ainda que com problemas de ordem privada que dificultam seu desempenho profissional, que afeta seu cotidiano, conciliam o papel de trabalhadora com o de esposa, mãe e dona de casa. Os homens tendem a ser diferentes, já que as mulheres não dependem só da demanda mercantil, ou de sua capacidade para atendê-la, também das características pessoais e familiares, tomando assim, um espaço no mundo cuja cultura é de que ao homem cabe a vida pública, e a mulher com a doméstica. Mesmo assim, apesar da evolução, a discriminação ainda é aparente.

Assim, mulheres seguem sendo responsáveis pelas atividades de casa e o cuidado dos filhos e demais familiares, apresentando uma sobrecarga para as que realizam atividades também econômicas. Munidas da necessidade de contribuição para a manutenção familiar, ou pelo desejo de obtenção de realização profissional, mulheres estão cada vez mais presentes no mercado. Apesar de ainda serem maioria gritante, a taxa masculina cai enquanto a feminina aumenta.

Pesquisas recentes provam a crescente participação feminina no mercado de trabalho, assim como o aumento de sua importância econômica, bem como sua responsabilidade ao auxilio na ajuda do sustento e também seu destaque profissional em diversos setores produtivos. Está assim, em ascensão o numero de mulheres em cargos diretivos nas empresas por todo mundo.

Segundo Grion, 2004 “O mais interessante é que nesse processo de conquista as mulheres que mais avançam são justamente aquelas que não fazem da condição feminina seu Cavalo de Tróia”. As mulheres então passam a lutar pela conquista de seu espaço, mesmo que, ao lado dos negócios ainda tenha de “dar conta” de outras responsabilidades, caracterizando assim, numa jornada dupla e até tripla.

- SITUAÇÃO DE TRABALHO DA MULHER NO BRASIL ATUALMENTE

- FEMINISMO

Quando a mulher sai de casa e se insere no mercado de trabalho, ela abre caminho para ocupar o espaço político e conquistar direitos sociais e políticos que avançam seu processo de emancipação. Porém a emancipação da mulher depende da emancipação de classe, devido a subordinação do capital sobre o trabalho. O movimento feminista luta pelo fim das opressões patriarcais e pelo fim do modo de produção que se estrutura na dominação de uma classe por outra.

O movimento feminista busca para as mulheres, oportunidades e salários iguais ao dos homens no desempenho da mesma função. Visa acabar com a idéia de que o trabalho doméstico é função da mulher, entregando nas mãos dos homens igual reponsabilidade nas funções domésticas e no cuidado das crianças. Além disso, o movimento feminista luta pelo fim do abuso e da violência contra a mulher.

Feminismo é uma luta por equidade de direitos e pelo fim do sistema de dominação de um gênero sobre o outro, que foi criado e privilegia homens.

- A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

Em 2006 o IBGE disponibiliza os dados que apresentam que o rendimento mensal dos homens é de R$ 772,00 enquanto o das mulheres é de R$ 427,00, 45% menor.

Tabela I - Valor do rendimento médio mensal por sexo e classes de rendimento mensal

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Essa tabela evidencia a posição das mulheres nos trabalhos mais desqualificados e menos remunerados, as mesmas quase não compõem cargos de gerência ou chefia. Enquanto 41% da mão de obra é feminina, apenas 24% ocupa cargos altos. As mulheres buscam se inserir no modo de produção, mas ainda existe a desigualdade de oportunidades ocupacionais em relação aos homens.

A mulher precisa estar inserida no mercado de trabalho para auxiliar no sustento da família e conquistar sua independência financeira, porém devido ao alto índice de desemprego, ela está submetida à péssimas condições de trabalho. Quando as mulheres conquistam empregos mais qualificados, só conseguem manter sua vida familiar explorando outra mulher. Mulheres de classes sociais mais baixas, e a maioria negra, ficam submetidas a trabalhos domésticos que são mal remunerados e desqualificados.

A mulher brasileira executa uma dupla jornada de trabalho, onde apenas uma jornada é reconhecida

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