Porto Alegre Atrás do Lixo

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2.2 DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA (DMLU)

A instituição é responsável pela limpeza urbana assim como manejo de resíduos SÓLIDOS da capital gaúcha. Conta com mais de 1000 (mil) colaboradores próprios e mais 1000 funcionários das cooperativas de reciclagem nas quais possui parceria em Porto Alegre.

Em 1989, um novo conceito voltado ao manejo de lixo foi introduzido no modelo de gestão do DMLU. O lixo começou a ser abordado sob a ótica e princípios da Educação Ambiental, a qual encontram na redução, na reciclagem e no reaproveitamento as bases do sistema de gerenciamento.

Nessa perspectiva, o Serviço de Assessoria Socioambiental (Sasa) realiza palestras em diversas organizações, como escolas, universidades, empresas, além de eventos, parcerias e o curso "Chega de Lixo: trilha os caminhos da preservação" para professores, síndicos, lideranças comunitárias, servidores públicos, prefeituras do Rio Grande do Sul e de outros estados

Ainda é importante também atentar para os tipos de resíduos os quais o DMLU é responsável pela coleta e os quais não é. Alguns tipos de resíduos de coletas Regulares são os resíduos recicláveis como: Metais, Plásticos, Vidros, Papéis, Embalagens de longa vida. Também temos os resíduos orgânicos domiciliares que se encaminham para a coleta domiciliar e conteineres, são eles: sobras de alimentos, cascas de frutas, erva mate, borra de café e chá, corte de grama, terra de vaso, cinza, resto de vegetação. O DMLU, durante a limpeza das ruas encontra também papel carbono, cigarro, papel higiênico, pó de varrição, fraldas descartáveis, guardanapos e lâmpadas comuns, estes então também são encaminhados aos contineres.

Entre os ítens que não são coletados regularmente pelo órgão estão a poda de arvores, caliça, entulhos, pneus velhos e os resíduos perigosos. Os resíduos perigosos que são, por lei, responsabilidade do gerador, são lâmpadas fluorescentes pilhas e baterias, medicamentos, drogas, cartuchos e tonners.

3 SANEAMENTO BÁSICO ACUMULO DE LIXO

Saneamento básico, no Brasil, é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 e, segundo o Instituto Trata Brasil[1], pode ser conceituado como o conjunto básico de medidas que preservam ou ajudam o meio ambiente, a fim de promover a saúde e prevenir doenças. A ele se aplica o tratamento do lixo, abastecimento de água e tratamento de esgoto. Isso faz com que também englobe também (além de saneamento de alimentos, higiene nas escolas e habitações) para fins deste estudo, o controle de pragas (insetos e animais indesejáveis) como o aedes aegypti.

Quando o governo destina verbas para o saneamento básico, automaticamente, está destinando-as para a saúde e prevenção de doenças e melhora de vida da população. As desentupidoras também fazem a sua parte, com o serviço de desentupimento e conscientização de população sobre enchentes, poluição e outros problemas.

Podemos dizer que um dos maiores links entre saneamento e saúde hoje em Porto Alegre é descarte inconsequente de lixo em lugares indevidos. O descarte de lixo as margens das vias públicas vem crescendo continuamente mesmo com as diversas campanhas de conscientização do DMLU, esse descarte vai de embalagens plásticas e balas e gomas de mascar, bitucas de cigarro, garrafas plásticas e de vidro até resto de obras, móveis velhos, podas de arvores e entulhos, sem contar os resíduos perigosos. Esse lixo se acumula nas vias e consequentemente agrava o problema recorrente das enchentes na cidade. Assim podemos avaliar que

A medida que a cidade se urbaniza, em geral, ocorre o aumento das vazões máximas em até 7 vezes (Leopold 1968) devido ao aumento a capacidade de escoamento através de condutos e canais e impermeabilização das superfícies; aumento da produção de sedimentos devido a desproteção das superfícies e a produção de resíduos sólidos (lixo). (Tucci, 1997 p 5.)

Tucci mesmo a duas décadas atrás já analisava a situação do plano de drenagem urbana em Porto Alegre. De lá até aqui a situação só piorou, a urbanização expandiu em medidas exorbitantes e com ela a produção dos ditos resíduos sólidos que se acumulam nas margens das ruas e entopem esgotos da cidade.

3.1 ACUMULO DE LIXO E A PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI

Acúmulo de lixo em terrenos e ruas preocupa a população. Entre os objetos descartados estão garrafas plásticas, vidros, restos de comida, descartes residenciais comuns, além de móveis e eletrodomésticos. Em um tempo de preocupação com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o acúmulo de dejetos em terrenos baldios, bem como a chegada do período chuvoso, tem causado enorme tensão para a população, com os resíduos entupindo bueiros e formando criadouros propícios para a reprodução do inseto que é, segundo Braga e Valle (2007) “ encontrado, principalmente, no meio urbano, colonizado em depósitos de armazenamento de água e pequenas coleções temporárias.”.

Mosquito pode transmitir a Febre Chikungunya (chicungunha) que é uma doença provocada pelo vírus CHIKV originária da África (foi isolado pela primeira vez em 1950 na Tanzânia). Pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypt e Aedes albopictus, que são conhecidos aqui no Brasil por espalharem a Dengue e a Febre Amarela, respectivamente. Possui sintomas parecidos com a Dengue porém acomete prioritariamente as articulações, causando dores, inchaços, vermelhidão e inflamações nas juntas.

Podemos citar como sintomas da Febre Chicungunha a própria febre, dores nas costas e dor de cabeça. Podem acontecer ainda erupções cutâneas, fadiga, náuseas, vômitos e mialgias. Ainda não há um tratamento específico disponível para a febre chikungunya, mas é muito importante a ingestão de líquidos para evitar a desidratação. Em caso de dor e febre pode ser administrados analgésicos e antitérmicos para alívio dos sintomas. Em algumas situações o paciente pode ser encaminhado para hidratação intra venosa ou até mesmo para unidade de terapia intensiva. Devem ser evitados medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (aspirina). Anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados por causa do risco de hemorragias.

Referente a prenvenção pode-se dizer que a melhor maneira de prevenir a febre chikungunya é evitando a proliferação dos mosquitos Aedes aegypt que além de transmitirem a Dengue, velha conhecida de nós brasileiros, também pode nos infectar com