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Por:   •  17/8/2018  •  1.549 Palavras (7 Páginas)  •  320 Visualizações

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drama causado pelo uso do crack sabe da extensão, da gravidade do problema que essa droga traz para a vida da humanidade. Esse drama assumiu tal proporção que vem mobilizando autoridades médicas e governamentais na busca de uma solução e, nesse sentido, há um consenso: a rede pública de saúde não está em condições de oferecer um tratamento aos viciados. Por outro lado, há aqueles que acreditam que os usuários de crack devem ser tratados como agentes fora da lei, bandidos sociais que desestabilizam a paz da sociedade. Entre estes estão os repórteres policiais, promotores, delegados e outros que entendem que o viciado em crack deve ser punido e enviado para a cadeia. É uma solução conservadora e ultrapassada, que inclusive já foi rejeitada pela legislação brasileira.

Segundo o médico Drauzio Varella, médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, os dependentes de crack devem ser tratados como pacientes e não como criminosos.

O dependente de crack deve receber apoio social e ser tratado com critérios semelhantes aos que usamos no caso dos hipertensos, dos diabéticos, dos portadores de câncer, Aids e de outras doenças crônicas (VARELLA, Drauzio).

De acordo com o último levantamento feito pelo Governo Federal sobre o crack no Brasil cerca de 370 mil pessoas usam a droga regularmente. A mesma pesquisa revelou ainda que um em cada nove usuários rouba para sustentar o vício. São mães que roubam, vendem e/ou trocam equipamentos, brinquedos, roupas e até mesmo gêneros alimentícios de seus filhos para custearem o uso da droga. São filhos, parentes e amigos que furtam objetos de suas casas, saqueiam seus vizinhos e até assaltam pessoas nas ruas em busca de adquirirem meios que os possibilitem a aquisição da droga.

Pelo último levantamento do Governo Federal mais de 40% dos usuários do crack vivem nas ruas onde cenas de pessoas desoladas, viciadas e dependentes do crack para sua existência são visivelmente acompanhadas no dia-a-dia.

Segundo o médico psiquiatra Luiz Carlos Illafont Coronel, o crack produz mudanças no cérebro onde o organismo entende que necessita dele para satisfazer-se ou para aliviar o sofrimento por não tê-lo. Para Luiz Carlos Illafont Coronel, não é que a pessoa seja bandida, ela se torna capaz de cometer crimes e delitos em função da necessidade da droga.

As pessoas quando se deparam com viciados em drogas que cometem crimes na rua anseiam, buscam por justiça desejando que elas sejam presas, no entanto, pesquisas vêm afirmando a cada dia que estes viciados precisam muito mais de ajuda médica do que punição judicial. Quem vive na rua praticando crimes para comprar droga afirma arrepender-se de tais atos, mas, mesmo assim não consegue largar o crack.

Uma equipe multiprofissional com profissionais de diversas áreas em parceria com o serviço público e privado devem exercer suas atividades diárias buscando dar o devido apoio e acolhimento aos usuários para contribuírem com o tratamento buscando assim a total retirada da pessoa desse mundo das drogas.

Tal apoio deve estar embasado no acompanhamento de cada caso de forma isolada ou em grupo social. Nesse sentido o papel do assistente social torna-se indispensável haja vista que o mesmo deve fazer o mapeamento de todos os fatores de risco social (ambiente familiar, financeiro, educacional e cultural), pois, tais mecanismos devem ser observados para a elaboração de planos e políticas públicas de apoio e recuperação aos indivíduos usuários/dependentes da droga.

Outro fator de grande e real importância no processo de recuperação, tratamento e cura de um usuário dependente do crack é a família. A família assume um papel fundamental no tratamento do paciente posicionando-se como colaboradora, evitando comentários críticos e demasiadamente ofensivos.

A relação familiar é o sustentáculo e a base para uma boa estrutura emocional para o paciente, tanto para a prevenção de uma crise, quanto para sua manutenção e recuperação (ROCHA, ET ali, 2000).

Tanto a família quanto a equipe responsável pelo paciente necessitam estar alinhadas objetivando adquirir confiança e vinculo, para que se estabeleça uma relação de confiança e de aceitação ao tratamento, o que ira garantir a efetivação do tratamento e consequente melhora. Podemos perceber que a recuperação de uma pessoa dependente químico é um processo longo, e em muitos casos gradual e lento, no entanto combinando varias abordagens os resultados tornam-se assertivos e em muitos casos muito satisfatório.

3 CONCLUSÃO

Observamos no panorama nacional que o Brasil é uma grande metrópole que vem a cada dia aumentando o número de usuário e dependentes químicos de uma das piores drogas já criada pelo homem, o crack.

Muito mais que um problema social, o crack tornou-se um grande problema de saúde pública, haja vista, que a nação brasileira ainda precisa evoluir e adquirir mecanismos que possam auxiliar no tratamento desses usuários.

Neste contexto faz-se de suma importância o papel de profissionais de diversas áreas que juntos possam contribuir para a cura da nação, para cura de todas as famílias que ficam “doentes” com a presença dessa substância que destrói lares e até uma sociedade inteira.

O crack é hoje um problema que todas as cidades brasileiras, por menores que sejam, por mais longe que se apresentem das grandes metrópoles, mesmo assim sofrem com essa devastadora substância.

REFERÊNCIAS

Site RICMAIS. A origem do crack e sua chegada ao Brasil. Disponível em: http://pr.ricmais.com.br/seguranca/noticias/a-origem-do-crack-e-sua-chegada-ao-brasil/. Acesso em 01

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