O Idoso e o fortalecimento do vínculo familiar
Por: Kleber.Oliveira • 31/7/2018 • 5.044 Palavras (21 Páginas) • 346 Visualizações
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Além, de procurar uma consecução de propostas e atividades que promovam uma vida mais digna, humana e agradável para os idosos com melhoria e qualidade de vida.
Pois, o fortalecimento de vínculos previne o isolamento do idoso com atividades que contribuem para o exercício da cidadania, participação social, proporcionando a ampliação e defesa de direitos, a autonomia e o protagonismo das pessoas idosas.
Uma organização ou instituição social ao constatar que se trata de uma demanda para atendimento do Serviço Social, transformará essa demanda de social para organizacional/institucional, e o Assistente Social poderá contar com a estrutura da organização/instituição para realizar seu trabalho. O atendimento às demandas é concretizado com a intervenção do Assistente Social:
“As demandas (...) vão se mostrar, como fenômeno social, e consequentemente necessidade de intervenção junto aos usuários, que vivendo as expressões da questão social e, a multidimensionalidade, buscam, no serviço social, apoio e suporte para superar as situações de vulnerabilidade social.” (COSTA, 2015, pg. 51).
A participação das famílias dos idosos e a sua compreensão, promovidas pelo trabalho do Assistente Social, são fundamentais para a concretização da proposta como um todo.
“É importante destacar que, enquanto profissionais e futuros profissionais do Serviço Social, antes de tudo, somos os principais atores para a construção de uma nova sociabilidade. É difícil, mas é de responsabilidade profissional colocar em evidência a sua relevância e, assim, poder enxergar a dimensão do quanto estamos como coletivo enfrentando na labuta cotidiana o nosso processo de trabalho.” (COSTA, 2015, pg. 57).
A tipificação Nacional de Serviços Sócio assistenciais define como um dos públicos do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos:
“Idosos com vivencias de isolamento por ausência de acesso a serviços e oportunidades de convívio familiar e comunitário e cujas necessidades interesses e disponibilidade indiquem a inclusão no serviço.” (BRASIL, 2009, pg. 12).
Com tantos desafios relacionados às questões sociais, as quais provocam desigualdades e desassistência às pessoas idosas, se faz importante correlacionarmos quais as políticas sociais estão à disposição. Essas políticas funcionam como norteadoras no trabalho de Assistência Social na busca pela garantia de direitos.
Segundo a Cartilha do Conselho Federal de Serviço Social (2001) no Plano Nacional de Assistência Social (2004) a Proteção Social Básica está referida a ações preventivas, que reforçam a convivência, socialização, acolhimento e inserção, e possuem um caráter mais genérico e voltado prioritariamente para a família; e visa desenvolver potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários e se destina a populações em situação de vulnerabilidade social.
A indicação do SUAS é de que as ações sócio assistenciais de proteção social básica serão realizadas, prioritariamente, pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
Assim, a realização dessa modalidade de proteção social requer o estabelecimento de articulação dos serviços sócio assistenciais com a proteção social garantida pela saúde, previdência e demais políticas públicas, de modo a estabelecer programas amplos e preventivos que assegurem o acesso social de atuação proporcionaram meios para a vivência do estágio como forma de aprendizado e intervenção juntos aos problemas sociais e suas possibilidades de enfrentamento.
“Propiciar vivencias que valorizam as experiências e que estimulem e potencializem a condição de escolher e decidir, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia e protagonismo social dos usuários. (BRASIL, 2009 c, p. 13)”.
A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e o bem-estar garantindo lhes o direito à vida.
3. A POLÍTICA SOCIAL QUE NORTEIA A INTERVENÇÃO NOS CUIDADOS À PESSOA IDOSA
A Lei N° 10.741 de 1º de outubro de 2003 institui o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
No Brasil, a velhice já foi considerada um status social o número de idosos era menor devido às condições que desfavoreciam a longevidade, eram mais valorizados pelos mais jovens, significavam símbolos de respeito e experiência de vida. Porém, com o passar do tempo isso foi se modificando” SANTANA E SENA (2003, p. 45).
Para garantir uma maior proteção ao idosos a Constituição dispõe no artigo 230 que:
“É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária.”
O Estatuto regulamenta os direitos dos idosos, determina obrigações às entidades assistenciais. É necessário formar profissionais que conheçam os direitos, os deveres do usuário para que saibam como lidar, e construindo assim uma cultura embasada nos direitos sociais a fim de se garantir a inclusão, o respeito e a qualidade de vida às pessoas. Nesse sentido as ações, descreve-se a relação deste objeto de intervenção com as competências teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas da profissão.
O presente estudo contempla uma reflexão sobre os aspectos da expressão da questão social, que teve como foco a pessoa idosa e buscou fortalecimento dos vínculos familiares, resgatando as memorias e recordações usando músicas e fotos do passado como metodologia para a aproximação valorização e auto estima dos mesmos com seus familiares, também contou com palestras para esclarecimentos acerca de seus direitos contidos no Estatuto do idoso.
Aprender a questão social é também captar a múltiplas formas de pressão social de inversão e de re-inversão da vida, construídas no cotidiano pois e no presente que estão sendo recriadas as novas formas de viver, que apontam um futuro que está sendo germinado (IAMAMOTO, 2000, pág. 28).
As formas de enfrentamento do Serviço Social frente à problemática do abandono a pessoa idosa precisa ter um direcionamento ético-político e comprometido
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