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A DIALÉTICA E A PROBLEMÁTICA DO CONHECIMENTO

Por:   •  2/2/2018  •  1.383 Palavras (6 Páginas)  •  306 Visualizações

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homens. Mesmo sendo ser individual, por exemplo, um homem que atua na política do Estado é conduzido por um interesse de classes, tendo ou não ele a consciência disto.

Para alguns autores e estudiosos de Marx, a palavra ideologia queria dizer falsa consciência. Ou seja, uma consciência criada e implantada por uma determinada classe com o objetivo de induzir e conduzir o sujeito coletivo a uma determinada posição e condição.

Lênin disse que a ideologia burguesa, ou seja, a ideologia usada pela burguesia para implantação e preservação da ordem do sistema capitalista, cuja ordem social é de burguesia dominante. E proletários dominados, é justamente a ideologia que Marx descreve como falsa. Porem para Lênin existe também, a ideologia do proletariado, que se apresenta como um conjunto de idéias cientifica da classe dos trabalhadores.

Não dizendo com isto que a ideologia proletária apoiada nas bases marxianas sustentaria um mundo perfeito sem problemas e conflitos, pois a história nos mostra que tanto a verdade quanto a falsidade podem contribuir para estabilidade de uma dada sociedade.

O uso do positivismo como ideologia que atende aos interesses da classe dominante, embora seja relativamente fácil a exposição de sua fragilidade como método de observação dos fenômenos da realidade, foi e ainda é, através de sofisticadas formas de escrita como no caso do Neo-Positivismo, a ideologia dominante, pois sua superficialidade é perfeita para os interesses da classe dominante, observe o exemplo de Chasin que mostra como é fraca a observação positivista a nível social.

Quando um operário encosta a barriga em um balcão do departamento de pessoal de uma fabrica qualquer para pedir emprego, ele está disposto a que? A vender sua força de trabalho. E o sujeito que o atendeu no balcão, e que representa o capital, está disposto a comprar a força de trabalho, tendo o balcão como peça de referencia. Tendo indivíduos de cada lado que estabelecem um dialogo muito preciso um querendo vender uma coisa e o outro querendo comprar uma coisa, qual é o suposto disso? Está suposta uma igualdade entre o que compra e o que vende, um é livre pra vender e o outro é livre pra comprar (Chasin, p.5).

Para o positivismo é esta visão superficial e enganadora que é tida como realidade, porem para dialética e através dela conseguimos descobrir que neste caso nada é justo, pois existe em sua raiz uma desigualdade na essência, pois o trabalhador só está disposto a vender a sua força de trabalho, porque é a única maneira dele sobreviver. É esta possibilidade de enxergar o real que faz como que a dialética seja tão eficiente e ao mesmo tempo perseguida. Pois ninguém foi morto ou perseguido por ser positivista, mas muitos foram e ainda são por serem Marxianos.

Considerações Finais

O trabalho apresentado procurou apresentar às diferenças dos dois mais conhecidos ramos de resposta a problemática do conhecimento. E como a ideologia que está inserida uma determinada sociedadeque determinasociedade influência nos métodos de pesquisa e criação de conhecimento de acordo com seus interesses.

Vimos que o positivismo é uma via de resposta que encobre a realidade e se encaixa perfeitamente ao projeto burguês de perpetuação desta ordem, onde uma classe é explorada e a outra é a exploradora, e como a ideologia contribui para implantação desta via de resposta apresentando-a como eficaz para produção do conhecimento e ciência.

O seguinte trabalho procurou também apresentar a dialética que é também uma via de resposta a problemática do conhecimento, mas que ao contrario do positivismo busca sempre a raiz de um determinado objeto, mostrando-se eficaz contra a cortina positivista que oculta a realidade. A dialética é fundamental para o estudo e a produção de conhecimento mostrando-se um verdadeiro incômodo para classe exploradora, pois através dela é possível enxergaro quão desumano e cruel é o atual sistema que vivemos.

Referências

CONTIRBUIÇÃO À CRITICA DA ECONOMIA POLITICA: MARX, KarlTrad. e Introd. De Florestan Fernandes, 2ª ed. São Paulo: Expressão popular, 2008.

Introdução ao estudo do método de Marx: José Paulo Netto

Método dialético: José Chasin

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