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UMA ANÁLISE DA VIOLÊNCIA ESCOLAR ATRAVÉS DO CURRÍCULO E DA CULTURA

Por:   •  29/1/2018  •  4.662 Palavras (19 Páginas)  •  412 Visualizações

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O que se precisa ter em mente é que o processo de Educação, aplicado no âmbito dos modelos escolares, formaliza uma relação pedagógica com as redes sociais no aspecto de inserir o sujeito ao mundo do trabalho, vida política e cultura. Isso nos proporciona a potencializar uma significação da necessidade humana no contexto das relações de cidadania com a efetivação da democracia.

É preciso, no entanto, destacar a importância do currículo para a contribuição do conhecimento e suas aplicabilidades como agente norteador de ações diretas ou indiretas para a construção de um aluno participativo e protagonista.

Uma inovação curricular atrelada à prática interdisciplinar são fatores que contribuem para um novo modelo de ensino, mas para que isso ocorra torna-se fundamental o envolvimento maciço do professor como agente formador e idealizador de um conjunto de fatores que possam valorizar a própria instituição escolar, a autoestima dos alunos, protagonizando a aprendizagem e consequentemente a qualidade de vida. Esta relação entre a inovação curricular e a efetivação do trabalho do professor trata-se obviamente de admitir que ensino/aprendizagem, sem dúvida se dá através do sujeito. Segundo Beane: “Quando se perspectiva o conhecimento de uma forma integrada, torna-se possível definir os problemas de um modo tão amplo tal como existem na vida real, utilizando um corpo abrangente de conhecimento para os abordar” (2003, p. 97).

Fenômenos educativos, sejam eles formais ou não, necessitam de um valor social capaz de atingir as camadas mais populares, pois é nesta que se encontra a necessidade econômica. Ao buscar compreender a violência escolar, esta entrelaça-se a aspectos sociais, econômicos e familiares, onde este conjunto vem dotado de uma indignidade e consequentemente uma exploração de trabalho. O entendimento do fenômeno escolar e consequentemente a violência que ronda os muros da escola são combinações perfeitas para o fracasso do sistema público de ensino. Esta realidade resiste, seja pelo fracasso do sistema escolar, ora pelas mudanças comportamentais da sociedade no mundo atual, ou ainda apatia do professor em querer resolver os problemas educacionais diante de sua condição salarial, ou até mesmo da defasagem do próprio currículo.

Sendo o ensino é revelador, este proporciona uma classificação de grupos sociais heterogêneos e altamente reflexivos, de acordo com o tamanho do conhecimento adquirido no mundo. Para compreender o mundo é necessário não apenas uma questão de localidade, mas sim de transmissão de saberes e busca por respostas. Este mundo moderno transforma a escola como mecanismo de socialização, construção e fomentação de pessoas que possam atuar criticamente no contexto social.

Definir uma inovação curricular e políticas de práticas escolares é o grande desafio do século na aplicabilidade educacional, contemplando uma educação de qualidade e diminuindo a vulnerabilidade social proporcionando por consequência a diminuição da violência escolar que vigora nas instituições escolares de todo país.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Uma reflexão sobre uma proposta curricular

O processo de inovação se depara com a desconfiança e com a inexperiência sobre alguns referenciais, as dúvidas surgem a partir do momento que não consiga delinear o objetivo e o foco. Esta reflexão se propõe na pertinência da questão das relações entre produzir o conhecimento e seus mecanismos.

Deste modo constata-se que a própria necessidade de inovar requer um olhar mais atencioso a quem irá realmente atingir e o mediador neste processo. Se a educação é o preparo para a cidadania é na figura do professor que visualizamos o agente organizador, pois o docente é essencial para o desenvolvimento ações pontual a curto e longo prazo.

Entender o modelo pedagógico e consequentemente o currículo constitui em atribuições pertinentes a novas pesquisas no aspecto educacional. De acordo com Paulo Freire (1996, p. 29):

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses quefazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.

Desenvolver um conceito de trabalho integrado necessita de um pertencimento ao projeto pedagógico e aplicação do currículo por parte do professor, coordenador e equipe gestora dentro da unidade escolar, já que esta busca não acontece solitariamente, sendo necessária vontade de querer fazer. O professor que não trabalha coletivamente acaba por influenciar diante das dificuldades e com isso o seu rendimento enquanto profissional fica abaixo das expectativas. Outras abordagens significativas em compreensão ao desenvolvimento de uma proposta são de enxergar através dos olhos, das mentes e dos corações perspectivas globais a todas as áreas envolvidas no currículo.

Estas abordagens significativas estão implícitas nas manifestações de insegurança e desconfiança do professor ingressante há um modelo curricular que seja totalmente desconhecido pelo mesmo. De acordo com Freire (1996, p. 137):

Já sei, não há duvidas, que as condições materiais em que e sob que vivem os educandos lhe condicionam a compreensão do próprio mundo, sua capacidade de aprender, de responder aos desafios. Preciso, agora, saber ou abrir-se à realidade desses alunos com quem partilho minha atividade pedagógica.

Para que esta desconfiança seja esquecida por parte do professor é necessário o acolhimento do grupo de professores que já dominam o modelo a ser trabalhado, proporcionando sua integração ao ambiente escolar, lhe demonstrando importância e pertencimento. A realidade da escola se desvela através do limite da sua organização como agente descentralizador e sim de uma gestão democrática. A Lei de Diretrizes Básicas (LDB) condiciona as escolas liberdade e responsabilidade para elaborarem sua proposta pedagógica que permita ao seu currículo a incumbência de zelar pela sua aprendizagem.

Em consequência das necessidades de elaborar um melhor currículo, a rotatividade de docentes dentro das unidades escolares requer também uma maior atenção, pois verifica-se que a motivação do professor está relacionada diretamente com o tempo de permanência dentro de uma proposta pedagógica com um currículo que externar ao professor desejos e realizações. É notória a mudança

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