Trabalho interdisciplinar
Por: kamys17 • 19/10/2017 • 3.441 Palavras (14 Páginas) • 474 Visualizações
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Já os anos inicias tem como foco o desenvolvimento da leitura e escrita. Entretanto, os coordenadores pedagógicos podem orientar os professores, de acordo com o que ele identificou sobre os conhecimentos prévios do aluno, sua prática social inicial e organiza o seu plano de aula propondo a superação dessa condição inicial, proporcionando o aluno à apropriação de conhecimento mais elaborado e fazendo uma maneira diferente.
De acordo com Duarte (1998, p. 1 apud ANDRADE etall, 2010).
Do ponto de vista sociocultural, jovens e adultos se caracterizam como grupo heterogêneo, operários da construção civil, donas de casa, agricultores, empregadas domésticas, porteiros, lixeiros, balconistas, faxineiros, operários... a maioria passou em algum momento pela escola. O que nem sempre significa mais conhecimentos.
O contato com a sala de aula da EJA foi bastante importante para percebermos as relações que são construídas nesse espaço buscando entender como essas influenciam diretamente o processo ensino-aprendizagem. Como nos afirma Velho (2003) a interação entre diferentes indivíduos é contemplada a partir de suas individualidades e especificidades que propiciam a todos os envolvidos algum tipo de troca ou mesmo de reciprocidade, ou seja, o espaço escolar é concebido por meio de interações e trocas entre os estudantes de diferentes grupos etários, entre professor e aluno, entre alunos e os conteúdos didáticos (livros, apostilas etc.).
É necessário relatar que o aluno quando chega à escola traz uma bagagem cultural bem amplo, cada um com sua história e vivencia única, que ao se relacionar em vários espaços carrega consigo experiências e saberes relevantes que deve ser dado valor no âmbito escolar.
A falta de uma educação de qualidade contribui para que situações de fracasso e repetência ocorram, fazendo com que os jovens abandonem a escola regular, migrando para a EJA. Apesar de ter o acesso facilitado ao ensino fundamental, alguns jovens não se identificam com o espaço e com o currículo que a escola oferece. Além das dificuldades de acesso e permanência na escola, os jovens enfrentam a realidade de instituições públicas que se orientam predominantemente para a oferta de conteúdos curriculares formais e considerados pouco interessantes pelos jovens. Isso quer dizer que as escolas têm se apresentado como instituições pouco abertas para a criação de espaços e situações que proporcione experiências de sociabilidade, debates públicos, solidariedade e atividades culturais e formativas de natureza curricular ou extraescolar.
O planejamento é uma ferramenta fundamental em diversos setores da nossa vida, tornando indispensável também na atividade docente. Portanto, um bom planejamento das aulas seguido de método as adequadas, contribui para o que o professor propôs tenha resultado satisfatório. Quando as atividades estimulam os alunos, o assunto torna agradável e facilita a compreensão.
O docente que, em linhas gerais, deseja realizar uma boa atuação no ambiente escolar sabe que deve participar elaborar e organizar os planos para atender o nível de seus alunos bem como o objetivo almejado. Ninguém planeja sem saber onde deseja chegar, o que se que ensinar e o que o aluno deverá aprender.
Para Vasconcellos (2000), o planejamento deve ser compreendido como um instrumento capaz de intervir em uma situação real para transformá-la. Como vemos fica reservado ao planejamento à função de direcionar o trabalho de forma que esta aconteça de forma consciente e capaz de organizar e proporcionar mudanças.
Um desafio que se impõe relaciona-se a pouca ou nenhuma atenção dada pelos professores para este ato o que desemboca em aulas desconexas com o nível de aprendizagem dos alunos, indisciplina, alto índice de reprovação e até mesmo de evasão.
É valido ressaltar que o trabalho do coordenador pedagógico dentro da Unidade Escolar é determinante para o sucesso do processor de ensino e aprendizagem, o que ocorre no ato do planejamento, por parte de muitos professores, é um planejar sem haja nenhuma reflexão, discursão participação dos demais membros da comunidade escolar. Enquanto coordenadores pedagógicos o acompanhamento na fase de preparação do planejamento assegura a sistematização, o desenvolvimento e a concretização dos objetivos proposto.
(...) o papel do professor na construção do conhecimento não é deixar depositar o conhecimento na cabeça do educando, nem deixar que brote espontaneamente. Pelo contrário, o papel do professor, nesse processo de criação e recriação é provocar, dispor de elementos e objetos para que o educando os confronte com seus saberes prévios, interagir com o pensamento do aluno, desafiando-o a expressar suas compreensões sobre a situação estudada. Isso tudo implica um processo interdisciplinar que envolve desde a organização do ensino pelo professor até a construção do conhecimento pelo aluno (idem: 229).
Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o planejamento demanda um trabalho mais denso quando se considera as especificidades deste público, por isso, é preciso que o professor conheça o perfil destes alunos para realizar um planejamento de ensino significativo à realidade dos estudantes. Clara Maria Almeida Rios (2012.p.57), faz um recorte desse perfil do aluno da EJA ao mencionar que:
Em função do desejo de ascensão social, via escola, a maioria dos trabalhadores brasileiros busca a sua escolarização no turno da noite. É importante ressaltar que a clientela da EJA é composta também de domésticas, trabalhadores rurais; ou seja, pessoas de nível socioeconômico desfavorecidos. É constituída também por pessoas idosas, ex-presidiários e pessoas envolvidas com narcotráfico. Em suma, essa clientela é constituída pelo “excluídos” ou marginalizados (RIOS, 2012.p.57.
Percebemos que estes alunos quando procuram a escola, buscam satisfazer suas necessidades particulares para se integrarem à sociedade como trabalhadores ativos, alfabetizados e participativos no meio social ou político. De acordo com Freire (2011.p.22), certos conteúdos são tão importantes para a formação dos grupos populares “quanto à análise que eles façam de sua realidade concreta. ” Por isso, o planejamento de ensino realizado pelo professor, deve levar em conta os conhecimentos prévios destes alunos e aquilo que desejam aprender, a partir da realidade da sua comunidade, de forma a organizar todas as etapas do trabalho escolar.
Na avaliação das aulas é fundamental que o educador conheça o nível de aprendizagem dos seus estudantes para então propor atividades
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