PROJETO PEDAGÓGICO: Integração Entre Escola e Comunidade

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- Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), introdução aos parâmetros curriculares nacionais:

Em “Escola e Constituição da Cidadania”: a síntese aponta que as escolas brasileiras, para exercerem a função social aqui proposta, precisam possibilitar o cultivo dos bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos, dos pais, dos membros da comunidade, dos professores, enfim, dos envolvidos diretamente no processo educativo. É nesse universo que o aluno vivencia situações diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira fluente com a comunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e a ser ouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica, cultural, social e política do País e do mundo.

Em “Escola: Uma construção coletiva e permanente” é destacada que a contínua realização do projeto educativo possibilita o conhecimento das ações desenvolvidas pelos diferentes professores, sendo base de diálogo e reflexão para toda a equipe escolar. Nesse processo, evidencia-se a necessidade da participação da comunidade, em especial dos pais, tomando conhecimento e interferindo nas propostas da escola e em suas estratégias. O resultado que se espera é a possibilidade de os alunos terem uma experiência escolar coerente e bem-sucedida.

Apesar de tanto embasamento, essa realidade efetiva na relação escola-comunidade ainda está muito impregnada no discurso e pouco na prática, porém a escola, hoje, não pode mais se manter isolada, ela necessita de reforços para cumprir papel social.

O trabalho em conjunto entre a escola e a família é essencial para o sucesso do aluno. A família é o primeiro elemento social que influi na educação. Como afirma Brambatti (2009, p.3): […] cabe à família valorizar o papel da escola na construção de conhecimentos. Já à escola cabe considerar a família como elemento fundamental no processo formativo da criança, dando maior espaço à ação da família no contexto educativo formal.

Podemos observar que a família está muito afastada das escolas, não sentem que pertencem a ela. Quando participam de alguma atividade, já recebem todos os deveres estabelecidos, ou a finalidade é apenas a participação em algum evento social.

Outro empecilho é o trabalho dos pais, cabendo à escola oferecer oportunidades para a participação, planejando dias e horários acessíveis a eles, para que a maioria das famílias esteja presente na unidade escolar. A educação é iniciada nas famílias, sendo a escola um complemento. E, como tal, deve buscar alternativas para a interação entre a família, a comunidade escolar e local.

Reuniões escola-comunidade podem favorecer a participação da escola na comunidade, ao mesmo tempo em que propicia mudanças no planejamento escolar, fazendo com que a comunidade conheça mais de perto as dificuldades pelas quais passa. Todos devem ter oportunidades para expressar argumentos, necessidades e expectativas, além de apresentar sugestões e proposições. Conforme Paro (1988, p.166): “Não basta permitir formalmente que os diversos setores participem. É preciso, em conjunto com esses setores, criar as condições concretas que levam à participação”.

3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

O projeto será aplicado na EMEIEF Prefeito Takao Ono e a comunidade a qual está inserida com o intuito de integrá-los enquanto melhora-se o aspecto visual do espaço e cria-se maior consciência ecológica.

No retorno das férias de julho, a escola iniciará um projeto ecológico com os alunos. Cada turma escolherá uma apresentação cultural para apresentar aos pais e à comunidade, podendo ser peça de teatro, apresentações musicais, confecções de cartazes e outros. Todos ligados à importância da preservação dos bens naturais.

Durante o primeiro mês, várias atividades serão realizadas dentro da escola: ensaios, confecções de cartazes, visitas à biblioteca para pesquisas sobre o tema, aulas com vídeos e palestras a respeito do ciclo da vida e das plantas, sobre a importância da natureza e as consequências de sua degradação.

Nesse mesmo período, será feita uma campanha com a família, de coleta e envio de garrafas pets para a escola. Serão todas pintadas pelos alunos para utilização na construção dos canteiros da horta e ao redor das flores e plantas.

Serão confeccionados bilhetes para enviar nas agendas dos alunos, convidando os familiares para prestigiarem as apresentações das crianças. A cada família será solicitado que traga um vizinho que não seja familiar de aluno matriculado na escola. O evento deverá ser marcado para o primeiro sábado de setembro (5/9/2015), no período da tarde, dando oportunidade para pessoas que trabalham estarem presentes.

Após todas as apresentações, haverá uma palestra sobre a importância de a comunidade estar mais próxima e inserida à escola. Então, será lançada a proposta: Serão explicadas todas as etapas e encontros, que ocorrerão sempre aos sábados, finalizando dia 19 de setembro, em comemoração ao dia da árvore (21 de setembro). Como na comunidade ainda não existe a cultura de integração com a escola, para dar incentivo e trazer maior participação, no dia 19 serão sorteados brindes, todos ligados à questão da preservação ambiental, para os envolvidos.

O trabalho da comunidade será iniciado no mesmo dia, com levantamento dos locais, do tipo de solo, sementes e mudas, adubos, materiais e ferramentas necessários.

Durante a semana, todos os envolvidos deverão arrecadar e levar para a escola sementes para a horta, flores, mudas de trepadeiras para o alambrado e outras plantas, adubos, madeiras para a construção de bancos abaixo das árvores já existentes, tinta, formicidas, além de um levantamento das ferramentas disponíveis (pulverizadores, ancinhos, enxadas e pás). Quando necessária a comprovação da finalidade das doações, a escola enviará uma declaração.

Nesse mesmo período, a direção solicitará, com os comerciantes locais e moradores, os brindes para o sorteio, lembrando que o tema do projeto é ecologia e preservação da natureza. Assim, os brindes poderão ser itens feitos com materiais recicláveis (agendas, cadernos, lápis) brinquedos feitos de madeira reflorestada, livros infantis sobre o assunto, artesanatos, mudas, entre outros.

Dia 12 de setembro, haverá novo encontro para um levantamento de tudo o que foi obtido e do que ainda falta. Serão definidas as estratégias e os responsáveis pelas pendências