PI - A PEDAGOGIA POR UM PONTO DE VISTA FREIRIANO
Por: SonSolimar • 17/4/2018 • 3.431 Palavras (14 Páginas) • 414 Visualizações
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específicos
1. Fazer uma leitura da obra e debater os aspectos pertinentes, principalmente trazer para realidade atual o que Freire já diagnosticava. Quais são os principais fatores impeditivos para uma melhora no processo de educar.
2. Através de vários olhares da Pedagogia do Oprimido colocar a percepção de cada estudante do Curso de pedagogia como contribuição para se entender a obra Freiriana.
3. Verificar qual foi a importância do legado freriano para educação brasileira
4. Que fatores contribuíram para que a educação bancária se estabelecesse e como modificar para melhor nosso modo de educar.
5. Trazer para a realidade atual é também pensar nas novas tecnologias, como trabalhar Freire na sociedade da informação. Situar o aluno no mundo vasto que a internet propõe. Saber usar essa tecnologia como aliada na formação do cidadão é um desafio para o educador.
1.3 Justificativa
A justificativa é trazer a importância de Paulo Freire para atualidade e quanto é fundamental para o educando analisar o que Freire propôs em Pedagogia do Oprimido. Saber que temos em mãos a função de desmistificar a educação bancária e evitar os problemas nesse modo de ensinar.
Somos todos um ser social dessa forma devemos despertar nosso educando para a seu papel na sociedade que deve ser de melhorá-la.
“Desrespeitando os fracos, enganado os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminado o índio, o negro, a mulher, não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos da vida e dos outros” (FREIRE,2014, p.77).
2. Desenvolvimento
Paulo Freire falava sobre o caráter político do problema educativo e a necessidade de criar uma escola popular, através da alfabetização e educação popular, viu a importância de criar uma consciência coletiva e massas populares, sobre a sua realidade e a sua necessidade de criar uma pedagogia da libertação para investigar a consciência social.
O oprimido consubstancia-se como sujeito na luta pela liberdade. Paulo Freire situa-se entre aqueles que veem o sujeito histórico não como uma essência fixada em determinada classe ou grupo social, mas como emergência na história a partir de condições de possibilidade que existem no oprimido. Este sujeito do ato de libertação é portador de virtudes como autonomia, dialogicidade, humildade, esperança e fé no ser humano. O sujeito forma-se à medida que o "ser para o outro" surge como um "ser para si". Essa libertação implica, para FREIRE (1981, p. 70), também sempre o processo de transformação da estrutura que oprime.
A obra Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire foi uma grande influência para Filosofia da educação brasileira, pois essa obra fez com que muitos educadores adquirissem uma pedagogia freiriana, com essa participação de Freire na história do nosso país, ainda temos os reflexos nos dias de hoje, essa obra ensina que é preciso aprender a escutar.
Na época em que a obra foi publicada, o país vivia o golpe militar, censuras, falta de liberdade e perseguições. A pedagogia freiriana trouxe a filosofia para os educadores de forma diferente, fazendo com que o educador trabalhe junto com o educando, cada um dividindo e respeitando seus conhecimentos, antes o educador era o correto e só ele que transmitia o conhecimento, sendo então o emissor, enquanto o educando só escutava e recebia os conteúdos e informações repassados pelo educador, sendo apenas o receptor, com essa nova pedagogia eles poderiam aprender a pensar, refletir, trabalhar as ideias e as dúvidas transmitindo o conhecimento adquirido para o grupo.
A filosofia da educação fez com que as pessoas mais simples pudessem ter o direito de participar de grupos de estudos e grupos de problemas sociais, através de discussões, críticas e opiniões, pois o método de Paulo Freire contribuiu muito para uma reflexão crítica frente à educação, sua metodologia de ensino era o diálogo, no qual não é apenas um método de ensino ou uma teoria pedagógica, mas sim umas práxis que tem como objetivo libertar a opressão atuante na nossa sociedade.
Freire acreditava na atitude e nas possibilidades de mudança, foi na convivência com a pobreza que ele se preparou para o futuro, pois para ele educar é um ato político, porque assume um compromisso com o outro, para que este outro possa ser o sujeito da história e do seu processo de aprendizagem. No entendimento de Paulo Freire esse outro, é o educando sendo o sujeito do seu conhecimento. Isto significa que o educando precisa ter consciência de que ele é um sujeito transformador do mundo, capaz de refletir criticamente sobre seu papel nos processos sociais, transcendendo essa concepção para a crença de que ele pode promover profundas transformações em si, e por consequência, no mundo em que vive.
Para Freire, ao assumir uma leitura de mundo diferenciado, tratou desigualmente os iguais e igualmente os desiguais. Deu ênfase ao deslocamento da vida do indivíduo escola-família-sociedade. Este aspecto trifásico construído historicamente será levado pelas teorias progressistas em âmbito global, transmitidas para outras gerações.
Devemos considerar que Freire foi um transformador, quando implantou novos conhecimentos na educação, pois estão vinculados à prática cotidiana. Dessa forma, o educador, professor, o filósofo da educação, educando, aluno terão pela frente uma nova perspectiva, a escola renovada, um fazer educativo político e literalmente construído, com capacidade de mudar o mundo.
Na apresentação da Pedagogia do oprimido: "Os caminhos da liberação são os do oprimido que se libera: ele não é coisa que se resgata, é sujeito que se deve autoconfigurar responsavelmente”. (FREIRE,1981, p.3). É uma pedagogia que não está aí, pronta, apenas para ser descoberta. Ela terá de ser criada nas práxis, entre educador e educando, na perspectiva do oprimido, por ele mesmo e por aqueles que veem na luta do oprimido a possibilidade de transformação da sociedade.
Por fim, Freire revela a necessidade de o oprimido reagir diante da situação/realidade que ele vivência, pois se ele não lutar pelos seus interesses, e ideais, não haverá mudança/revolução nenhuma na sociedade, e o oprimido sempre viverá submisso às decisões e imposições da classe dominadora.
Alguns fatores que contribuem para a prática da educação bancária é o poder aquisitivo, falta de cultura e meio social. A
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