O Paradigma Objetivista e Subjetivista
Por: Evandro.2016 • 16/11/2017 • 1.620 Palavras (7 Páginas) • 2.241 Visualizações
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Preocupa com a objetividade, com a retificação das coisas. Ênfase na mensuração. Rigor científico na construção dos instrumentos de avaliação. Os alunos aprende determinados conhecimentos tidos como importantes, mas que distanciam dos seus interesses pessoais. Processos de alienação implícito nas praticas de ensino, destituídos de sentido. Presta-se a finalidade de classificação, discriminação e exclusão. Está dissociada das realidades política e social.
A visão objetivista clássica do conhecimento assume que a ’ciência’ produz sucessivas teorias e que estas progridem aproximando-se cada vez mais da correta descrição da realidade. E, mesmo embora nós nunca cheguemos a concluí-la, considerando-a completa, acredita-se que o conhecimento empírico genuíno envolve estruturas lógicas universais de inferência, cujos resultados podem ser testados contra dados ’objetivos’ neutros de teoria. (Johnson 1987,p.xiii)
Em contraste com a visão objetivista de aprendizagem temos o paradigma epistemológico baseado no construtivismo (von Glasersfeld 1987, 1989) e a crença de que os indivíduos constroem realidades pessoais que fazem sentido para eles. Os construtivistas acreditam que o conhecimento é construído baseado naquilo que ’funciona’ e é ’bom’ no contexto particular em que o indivíduo organizador está operando (von Glasersfeld 1989). Isso não significa de fato que os indivíduos existam isolados mas que eles precisam negociar com outros, de maneira a eles desenvolverem um entendimento compartilhado (Bauersfeld 1988, Ernest 1990). Esta negociação envolve comunicação, que é o processo através do qual os indivíduos vêm desenvolver algum entendimento da realidade dos outros (Sless 1986).
Segundo o autor o processo de avaliação pretende ser capaz de atribuir alguma qualidade ao que é avaliado, independente do caráter ou índole do avaliador . Concretamente, na mesma perspectiva, tem-se a expectativa de que se pode avaliar, aprovar, aceitar ou recusar qualquer coisa em conformidade com certos critérios com uma escala de valores.
Paradigma Sujetivista é uma palavra relativa ao sujeito,seu modo individual, pessoal ou particular de ser. È o paradigma qualitativo, associado à idéia de que há interferências subjetivas individuais nas investigações científicas. A avaliação está sempre presente, é permanente e diária. O aluno é o centro dinâmico do processo de ensino aprendizagem.
Tonet (2005, p. 46) indica-nos que “hoje vigora não apenas a centralidade, mas a hipersensibilidade da subjetividade, que se manifesta sob as mais diversas formas e nas mais variadas áreas”. O irracionalismo, o neoiluminismo e o pragmatismo dos dias atuais são escolas de pensamento que enfatizam a subjetividade em detrimento da objetividade que se recusa à compreensão. A crítica de Tonet a esse respeito é contundente. Alega que um resultado imediatamente visível de tal centralidade na subjetividade é a produção de um “espírito de superficialidade” manifesto no consumo de modas teóricas, na ausência de seriedade, na despreocupação com uma fundamentação rigorosa, na utilização pouco criteriosa de diversos conceitos. Outro resultado é a rejeição da perspectiva histórico-ontológica “que compreende tanto a realidade objetiva quanto o conhecimento como resultados da práxis humana”, e cujo efeito é a afirmação da incapacidade do homem de entender a realidade como totalidade e, por consequência, a impossibilidade de intervir para transformá-la radicalmente.
Por essas razões, uma nova teoria avaliacional deve ultrapassar a dicotomia objetivista subjetivista, bem como a centralidade, ora na objetividade, ora na subjetividade, e suplantar de vez a unilateralidade que impõem. O desafio, deste modo, está no resgate e na reformulação da centralidade da objetividade da classe dominada; como vencer tal desafio é a questão imperiosa. Antes, porém, é necessário examinar os instrumentos avaliativos produzidos em bases subjetivistas. No jargão pedagógico, eles compreendem as chamadas provas, testes e questões abertas, isto é, instrumentos de avaliação nos quais há espaços para as dissertações, descrições etc. Mas como são espaços abertos às representações da realidade objetiva conforme as experiências sociais e a imaginação dos estudantes, como já vimos, prestam-se apenas à reprodução das diversas verdades, do relativismo que instaura o império das histórias particulares, dos grupos sociais diferentes e dos indivíduos singulares. A totalidade concreta cede lugar à fragmentação. A mediação da objetividade, porém, pode atribuir novo significado a tais instrumentos de modo que se tornem espaços abertos nos quais se busca ir além do parcial, estabelecer ligações e vislumbrar perspectivas, “conseguindo como conjuntos a situação, a comunidade e até o desenrolar da História”, como nos ensina Snyders (1993).
Criticas aos paradigmas subjetivistas atribui origens e abstratas às coisas a grupos e classes hegemônicos na manutenção da avaliação nessas bases: A incapacidade avaliativa, exaltação do individualismo na redução do ser a uma vontade supra-individual. O paradigma subjetivo detém-se excessivamente no percurso e na modalidade da aprendizagem realizada, não preparando o aluno para situações competitivas, em que ele precise competir com outras pessoas (concursos).
Conclui-se que o docente ao optar por um paradigma da complexidade necessita entender o mundo que o aluno vive e seu contexto, assim
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