O BRINCAR PARA A CRIANÇA
Por: Kleber.Oliveira • 23/3/2018 • 5.526 Palavras (23 Páginas) • 291 Visualizações
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Brincar é uma atividade física indispensável à saúde da criança, onde desenvolverá as suas emoções, o intelectual, é uma arte e um dom natural, que bem cultivado contribuirá para que esta criança se torne um adulto eficiente.
Sendo assim, Vygotsky (1998, p 134), acredita:
O Brincar fornece às crianças um importante sistema de suporte mental, que lhes permite pensar e agir de diferentes maneiras. Ele enfatiza que a natureza do brincar simbólico é muito importante para o desenvolvimento infantil. Em suas concepções, as situações imaginárias criadas durante o brincar seriam zonas de desenvolvimento proximal que operam como sistemas de suporte mental.
Deste modo, que a partir dos aspectos citados pelo autor podemos afirmar que brincar é uma forma de comunicação nos quais a criança poderá reproduzir suas brincadeiras no seu cotidiano, possibilitando o processo de ensino aprendizagem dela própria, facilitando uma maior reflexão e autonomia na construção da sua criatividade (VYGOTSKY, 1998).
É de alta relevância a importância de brincar, que por meio das brincadeiras a criança desenvolverá um ser humano íntegro nos seus aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocionalmente construtor do próprio conhecimento e no desenvolvimento cognitivo (BARQUERO, 1998).
Entretanto, quando a criança brinca integra-se totalmente, organizando todo o seu ser em função de suas ações na realização da atividade lúdica, exercitando assim sua capacidade de concentração, atenção e especialmente participando das ações de seus colegas.
Sendo importante que o profissional da educação infantil incentive a capacidade das crianças, pois por meio desse incentivo que ela constituirá uma forma de relacionamento e recriação do mundo na perspectiva da sua infância.
O brinquedo traduz o real para a realidade infantil, suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança.
Mukhina (1996, p. 154) nos afirma que:
Além disso, as brincadeiras possibilitam um salto qualitativo no desenvolvimento da psique infantil, pois é por meio das brincadeiras que as crianças tem a possibilidade de desenvolver as funções psicológicas superiores como a atenção, a memória e o controle da conduta por exemplo.
Então podemos entender que brincar não é mentir nem fantasiar, a criança retira de sua vida os conteúdos da brincadeira por meio de impressões em sentimento de vivência, do conhecimento que aprende, das histórias que escutou, por isso para brincar é necessário entender que a brincadeira é uma atividade da imaginação.
No âmbito dos brinquedos ele se torna um espelho fiel, não da realidade exterior, já que ela é cada vez menos realista mais de uma realidade cultural de uma visão de mundo e de criança. Quando uma criança olha para o brinquedo ela se confronta com o que se é ou ao menos com a imagem do mundo e da cultura que se quer mostrar a criança (MUKHINA, 1996).
Para ela um ursinho de pelúcia pode ser um bom companheiro, uma bola que convida para um pouco de exercício, um quebra-cabeça que desafia a inteligência ou um colar de pérolas que faz a menina sentir-se bonita e importante como a mamãe, onde todos são como amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integra-se melhor. Através de experimentação, a criança aprende a controlar seus movimentos e a estabelecer ordem em seu mundo (MUKHINA, 1996).
Quanto tem acesso a farto material, satisfaz suas necessidades de desenvolvimento e sente-se atraída pelas possibilidades que eles representam. As crianças trabalham com materiais não somente para alcançar um objetivo, mas pelo prazer de experimentá-lo e lidar com eles.
Conforme Oliveira, Sole e Fortuna (2010, p. 9):
a brincadeira é tão importante para o desenvolvimento humano que até mesmo quando ocorrem brigas, ela contribui para o crescimento e a aprendizagem. Negociar perspectiva, convencer o opositor, conquistar adesões para uma causa, ceder, abrir mão, lutar por um ponto de vista, tudo isso ensina a viver.
Por meio das brincadeiras que a criança se posiciona em privilégio, nos quais ela própria analisa seu processo de como está construída como sujeito, deste modo rompendo com a visão tradicionalista de que ela é uma atividade natural de satisfação dos instintos infantis, e apropriando-se de um mundo de relações das suas atividades e se relacionando melhor com os adultos.
Neste sentido, quanto ao relacionamento da criança com o brinquedo e o adulto é possível abordar a questão de como o brinquedo foi fabricado, pela forma ou desenho, cor, aspectos tátil, cheiro e som que porventura emite. Dependendo do material, madeira, espuma, ferro, pano, ou vinil, o brinquedo oferece uma possibilidade de experiência variada, matéria e a representação se aliam com as cores berrantes ou tons pastéis (OLIVEIRA, SOLE E FORTUNA, 2010).
Também se torna código e, por conseguinte meio de significação. Assim, do ponto de vista da sua representação o brinquedo pode ser uma reprodução da realidade como as panelinhas, o ferro, a vassoura, o carro, o urso, são brinquedos que de certa forma tem sido privilegiado entre outros os objetos que representam o universo domestico, os meios de transporte, o mundo animal e de certas épocas passada.
No entanto, nos fala Vygostky (1998, p. 30), partiu do princípio que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, que são mediadas por ferramentas técnicas[2] e semióticas[3].
Como nos ressalta o autor a criança que já é movimento, cria sua própria capacidade de imaginação, de se apropriar dos planos feitos por ela mesma para que o conhecimento aflore em tudo isso, a criança o fará por intermédio das brincadeiras e das atividades lúdicas, que geralmente atuam em meio de símbolos, devida essa situação vivida pela criança que ela reelabora todo o seu conhecimento, sentimento, afirmando a sua atitude.
Reafirmando sobre os brinquedos com a sua importância que alguns autores nos passa alguns conhecimentos sobre essa questão Oliveira (2000, p. 46):
nos ressalta que o brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consegue mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através das trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida.
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