FORMAÇÃO DOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR
Por: YdecRupolo • 16/10/2018 • 2.058 Palavras (9 Páginas) • 323 Visualizações
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Desse modo, os cursos superiores que surgira no Brasil, desde seu início, estavam voltados diretamente para a constituição de profissionais que desempenhariam uma determinada profissão. Currículos seriados, programas fechados, que constavam unicamente das disciplinas que interessavam diretamente ao exercício de determinada e específica profissão.
Em 1909, um século depois do surgimento dos cursos superiores no Brasil foi criada a primeira universidade no país, foi criada a Universidade de Manaus, em 1912 foi criada a Universidade do Paraná, em 1920 criou-se a Universidade do Rio de Janeiro, em 1937 a de Minas Gerais; em 1937 a Universidade de São Paulo.
Nesse aspecto, muitas universidades federais foram inseridas no Brasil entre as décadas de 1950 a 1970, além de estaduais, municipais e particulares, ocorrendo assim, a expansão do ensino superior nos anos 70.
Com o grande desenvolvimento da indústria e do comércio, houve a necessidade de qualificação de novos profissionais. Ocorre que o Governo Federal, incapacitado de atender a essa demanda, consentiu que o Conselho Federal de Educação aprovasse diferentes cursos, no entanto, sem um planejamento adequado e uma estrutura fiscalizadora apropriada, resultando na decadência na qualidade de ensino.[2]
- CARACTERÍSTICAS DA DOCÊNCIA SUPERIOR
Formalmente, a docência é o trabalho dos professores. No cotidiano, estes desempenham um conjunto de funções que vão além das tarefas de ministrar aulas. Os papéis formativos convencionais como: ter uma boa noção sobre a disciplina, sobre como ensiná-la, foram tornando-se mais difíceis com o tempo e com o aparecimento de novas condições de trabalho.
De acordo com Miguel A. Zabalza,[3] há três tipos de atuações dos professores universitários: o ensino (docência), a análise e a administração em diferentes esferas da instituição. Acrescentando ainda a função de orientação acadêmica: teses, monografias, dissertações. Novos papéis agregam-se a estas, tornando mais complicado o exercício profissional.
Constituir professores universitários implica abarcar a importância do papel da docência, buscando uma análise científica pedagógica que os habilite a enfrentar demandas fundamentais de universidade como instituição social, uma prática social que implica as ideias crítica, reflexão de formação.[4]
- A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO NA DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
No assunto de extensa discussão sobre a formação do professor universitário e as condições pelas quais esses profissionais entram na vida acadêmica, aparecem cogitações sobre as diversas abordagens e paradigmas relativos aos saberes pedagógicos que mobilizam a docência provocando assim, um conflito explícito no bojo das universidades que cada vez mais têm ganhado professores sem experiência prévia no papel de docente do ensino superior, além dos vários professores que, apesar de ilustrarem um fantástico referencial teórico, precisam, entretanto, rever seu exercício pedagógico.
Essa temática sugere aprofundar a discussão em torno das exigências cada vez mais difíceis no preparo dos professores universitários para o acesso no magistério superior que sobre passa a constituição inicial numa área específica do conhecimento. Ficando claro, portanto, que a falta dessa formação pedagógica vem incumbir um peso enorme a esses professores frente às interfaces do “que ensinar” “como ensinar” e a “quem ensinar”, os quais ao transitarem entre o amadorismo profissional e a profissionalização, confrontam com várias dificuldades que não são previsíveis e passíveis ao exercício da prática docente.[5]
Normalmente, os professores que por motivos e interesses distintos, entram no campo universitário, são muitos conhecimentos e áreas de desempenho e em grande parte, não tiveram nenhum contato anterior com os conhecimentos nas áreas das ciências sociais e humanas e sociais, para interpretar, compreender e aplicar a prática, numa probabilidade política e filosófica de educação como processo e produto que as diversas correntes de pensamentos dão a esses termos.
De acordo com esse princípio, entendemos a vivência efetiva que as universidades encaram quando o seu corpo docente é composto, em grande parte, de iniciantes na docência do ensino superior e nunca tiveram contato com uma formação pedagógica que abarcasse os conhecimentos teóricos e práticos relativos às questões do ensino e aprendizagem em sua contextualização, tais como: o aluno – sujeito do processo de socialização do saber; o professor – agente de formação, e o contexto-lócus onde ocorre o saber e as relações que se travam entre suas interdependências.
Dessa forma, no decurso de seus atos e no núcleo do seu senso comum pedagógico, o docente coloca seu exercício educativo, desarticulado com o objetivo sócio cultural e político do processo educativo.
Desse modo, é preciso distinguir algumas saídas entre as quais, o desenvolvimento profissional, como subsidio para o comando dos conhecimentos didáticos e o entrelaçamento da competência acadêmica com a competência didática.[6]
- A REALIDADE CONTEMPORÂNEA DO ENSINO SUPERIOR
Hoje em dia, o ensino superior no Brasil, está em uma fase de ampla desordem pelas modificações introduzidas, principalmente, nas últimas duas décadas, quando houve uma autocrítica por parte de muitos membros participantes do ensino superior, sobretudo de professores, sobre o exercício docente, mostrando nela um significado e um valor que não eram considerados.
A sociedade brasileira, em consequência da evolução vive em distintos níveis, sendo afetado pelo aumento tecnológico em dois aspectos que são o cerne da própria universidade: O cultivo e exposição do conhecimento e a revisão dos caminhos profissionais, como assegura Marcos Tarcísio Masetto[7].
Atualmente o núcleo de pesquisa, produção de informação e exposição deste era a própria universidade. A ela todos apelavam como fonte básica e indispensável para a obtenção, modernização e especialização de dados.
No entanto, os papéis de socializar e produzir o conhecimento, agora podem ser concretizadas por outros ambientes, organizações e espaços, tanto públicos ou particulares. Desse modo, a figura de professor como somente transmissor de informações atualizadas está alcançando no seu limite, considerando diariamente estarmos subordinados a sermos surpreendidos com novos elementos de que dispõem nossos alunos, aos quais
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