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Educação de Jovens e Adultos

Por:   •  17/4/2018  •  1.619 Palavras (7 Páginas)  •  291 Visualizações

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O processo de educação é consciência humana, pois só os homens tem consciência de sua incompletude e, por isso busca compreender o mundo que vive em sua finitude. Mas é no ser que transforma que ele percebe a sua importância, portanto é na educação problematizadora que gera história que se humaniza a sociedade.

O capítulo III tem como tema “a dialogicidade – essência da educação como prática de liberdade” demostra o quanto é importante o desenvolvimento no diálogo no processo educativo. A comunicação é expressa pela palavras e pela ação, por isso a verdade tem que está constante neste dois momentos de construção da educação, tanto do aluno quanto do professor. É isso que dá sentido ao mundo em que os homens vivem e se relacionam. O diálogo entre educador-educando começa em seu planejamento do conteúdo programático, quando questiona o que vai refletir com seus alunos. Mas esse conteúdo não pode estar dissociado do cotidiano dos alunos. Ele tem que ter uma relação com o que eles vivem no mundo atual. Tem que haver uma conexão real. Ensinar e aprender é uma constante investigação, porém Paulo Freire adverte para que não torne o homem, neste processo, um mero objeto de investigação. Que não se perca a essência do ser humano.

O capítulo IV trata da “teoria da ação antidiagógica”, na qual descreve a importância do homem como ser pensante de práxis sobre o mundo. A ação transformadora se faz pela reflexão e ação. Demonstra também que um ser que se dedique a liderança revolucionária da opressão, não deve confundir seu papel de representante do diálogo oprimidos, impondo o seu ponto de vista. Tem que levar a verdadeira palavra daqueles que representa emergindo o novo em meio ao velho da sociedade dominante. O caráter revolucionário dos oprimidos, em sua ação transformadora, é uma ação pedagógica, da qual se emerge novas possibilidades de renovação social.

Em sua descrição sobre o sistema de opressão antidialógico, Paulo Freire descreve que são quatro os elementos utilizados para a realização da dominação. A primeira delas é a conquista, método pelo qual o opressor impõe jeitosa mente sua cultura sobre a opressora divisão das massas para poder dominá-las, pois, povo unido é sinal de perigo de desordem social, esse é o discurso de quem oprime, por isso, evita-se trabalhar conceitos como lutas, revoltas, união, etc. É pela manipulação que os opressores controlam e conquistam as massas oprimidas para a realização de seus objetivos. Também a invasão cultural é um instrumento da conquista opressora. A minoria dominante impõe sua visão de mundo e todos se guiam por ele.

Por fim, Paulo Freire encerra esse capítulo colocando os elementos da ação dialógica, que são a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural. A colaboração do diálogo entende o outro como o outro e respeita a sua cultural idade. A união da massa oprimida se faz necessária, e é papel do representante dessa classe mantê-la unida para ganhar força de transformação. A organização é um aporte da união das massas, mas é também um sinal de liberdade para os oprimidos. A síntese cultural se fundamenta na compreensão e confirmação da permanência-mudança, que compõem a estrutura social.

Portanto, compreendendo a tese fundamental de Paulo Freire neste livro, vemos que ele elabora conceitos pedagógicos pelos quais o educador deve enveredar-se para uma transformação no contexto social de dominação que se dá através do processo de educar. Opressores e oprimidos são vítimas da mesma inconsciência. A conscientização se dá por um processo gradual em que se busca a liberdade sem produzir novos opressores e oprimidos. Ele coloca uma revolução na estrutura social, através da qual o homem como sendo de fundamental importância a sua existência no mundo, é capaz de fazer sua história, sem um futuro apropriado, como este que é imposto pelas minorias dominantes.

Ao analisarmos essa obra de Paulo Freire, percebemos que até hoje, em nossas escolas, o conceito de educação problematizada a ainda não conseguiu ser implantadas. O professor formador de conscientização vive um drama entre ensinar o que a pensar ou cumprir com o currículo que lhe é imposto pelos órgãos educacionais. O tempo lhe traga toda a esperança de uma conscientização social. Vive pesquisando para preparar uma aula que muitas vezes os alunos nem param para ouvir por que o conteúdo que o professor tem que cumprir não condiz com a realidade que seus alunos vivem. Então podemos entender que o sistema educacional de hoje também continua a disseminar a opressão. Não por causa do professor, mas pelas condições de trabalho que lhes é imposto. O educador hoje é tão vítima como o oprimido, pois é meramente mais um deles.

Conclusão

Ao concluir a resenha do livro, cheguei á conclusão de que como vamos sair da opressão se somos educadores também dos oprimidos? No Brasil, é frequente o descaso com o ensino publico! Pois mesmo estando no século XXI ainda vemos a diferença que uma pessoa aprende quando pode pagar pelos estudos e a diferença pra quem não pode. Ainda acredito que é possível transformar a realidade com a educação, mas o que muitas escolas anda não compreende é que a escola é quem deve adequar os estudos aos alunos e não o contrário. Freire conclui que professor e aluno, ambos devem aprender

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