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ESTUDO COMPARATIVO DOS AUTORES FERNANDO DE AZEVEDO E LUCIANO MENDES DE FARIA FILHO SOBRE A EDUCAÇÃO NO SÉCULO XIX

Por:   •  18/1/2018  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  520 Visualizações

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anterior era Tradicional porque tinha por base a retórica assentada no espírito religioso dos primeiros educadores do Brasil.

Assim, como entusiasta de uma reforma educacional, Fernando de Azevedo afirmava ser imprescindível a implantação de uma educação científica e nacional, de tal forma que pudesse formar o homem adequado para a constituição de um país que se libertaria da característica agrária para se tornar moderno e industrializado.

LUCIANO MENDES DE FARIA FILHO

Diferentemente de Azevedo, que escreveu a partir do lugar de personagem, este autor, como historiador, faz uma análise do contexto sócio-histórico em que se insere o processo educacional de transição do Império para a Primeira República, o que implica em um exame das condições políticas, legais e administrativas que se faziam presentes na época.

Nesse contexto, mesmo sendo mais explícito e mais “fácil de ler” que aquele produzido por Azevedo, o texto desse autor deixa claro a sua crítica a não contextualização sócio-histórica e política do primeiro. Isso pode ser destacado quando ele afirma que um dos objetivos de seu texto é “desnaturalizar o lugar que a própria historiografia construiu para a instituição escolar... A perspectiva desse texto é a de demonstrar que a instituição escolar não surge no vazio deixado por outras instituições...”

Assim, ao trazer para o primeiro plano dados que não são destacados (ou até mesmo foram omitidos) nos textos de Azevedo, é possível interpretar a realidade educacional brasileira daquela época a partir de uma análise macro de todo o contexto de desenvolvimento das instituições e dos tempos escolares, considerando o lugar da escola e da educação na construção e controle de uma sociedade.

Desse modo, a análise de Luciano Mendes de Faria Filho desvela as relações de poder embutidas no nacionalismo de Azevedo e de toda a reforma educacional proposta para a transição do Império para a Primeira República.

Certa de que este estudo comparativo se mostra bastante superficial, é importante frisar que o mesmo poderá ser reformulado no decorrer dos estudos autônomos e debates reflexivos proporcionados em sala de aula.

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