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Estudo comparativo de construção em drywall e alvenaria convencional de uma edificação residencial térrea

Por:   •  22/4/2018  •  3.196 Palavras (13 Páginas)  •  446 Visualizações

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A ABD (2012b) afirma que a montagem de uma parede de divisória utilizando-se o sistema drywall para criação de um novo ambiente em uma casa ou apartamento, demora apenas 24 h a 48 h. Neste prazo, a parede está pronta, com porta, tomadas e interruptores instalados, pronta para receber o acabamento (apenas pintura). Em contra partida a mesma parede utilizando-se o sistema convencional levaria de 7 a 10 dias pronta para receber o acabamento (revestimento argamassado, emassamento e pintura).

Em razão da melhor trabalhabilidade e da limpeza da montagem do sistema drywall, em caso de reformar o imóvel, se torna mais simples utilizando este sistema, pois além dele permitir soluções criativas como o uso de curvas e recortes para iluminação embutida, ele também é mais econômico na hora de consertar um vazamento de água (por exemplo). O gesso tem uma maior absorção de água (comparado ao do tijolo de argila) dado a sua baixa granulometria e suas propriedades químicas e morfológicas (GPEM, 2014). Portanto, havendo um vazamento, desencadeia-se uma mancha na região, o que facilita a localização do problema, evitando então o "quebra-quebra". É necessário apenas um recorte no local e depois de finalizar o reparo, reposicionar a parte recortada e dar o acabamento. Enquanto que na alvenaria convencional, a manutenção para reparos de vazamentos é difícil. O vazamento não acusa a região como no gesso. É necessário o projeto hidráulico em mãos para saber exatamente aonde estão locados as tubulações, e assim supor aonde está o problema exigindo quebra de paredes, sendo um trabalho demorado (quebrar, consertar, preencher espaço aberto, esperar secar a massa, retocar com massa corrida, lixar, pintar ou rejuntar) e que não garante o resultado final de acabamento perfeito (LIMA, 2014).

Por fim, o sistema drywall garante um acabamento de alto padrão, além de evitar “quebra-quebra”, desperdício de material, retrabalho e desprumo o que gera aos usuários do sistema atingir a meta mais almejada dos dias de hoje, economia à obra.

Sabe-se que a Construção Civil destaca-se por ser um dos setores onde o desperdício é muito alto. Chega-se a afirmar que com a quantidade de materiais e mão-de-obra desperdiçados em três obras, é possível a construção de outra idêntica, ou seja, o desperdício atingiria um índice de 33% por obra. Isso é refletido e passado ao consumidor final no valor de venda do empreendimento. (GROHMANN, 2008).

Os acréscimos nos custos da construção, advindos do desperdício, são de 6% e os acréscimos na massa de materiais atingem os 20%. À começar pelo recebimento do material, perde-se 10% dos blocos cerâmicos Isso é de se levar em consideração dado a geração de resíduos e desperdícios PINTO (2007).

A ABD (2012c) enfatiza as significativas vantagens do drywall em relação ao sistema convencional de alvenaria de bloco cerâmico, por ter maior produtividade, melhor desempenho, melhor padrão de qualidade e menor custo à longo prazo (por ser de fácil manutenção, ser resistente a umidade e calor e evitar o "quebra-quebra").

Os objetivos deste artigo são, por forma comparativa, apontar o melhor sistema construtivo de vedação interna vertical para aplicação em uma edificação residencial térrea e informar os benefícios do sistema drywall em relação ao convencional sistema de alvenaria de bloco cerâmico. Enfatizando a produtividade, custo/benefício e resultado final em geral. Este estudo servirá de consulta para tomada de decisão do cliente, conforme suas expectativas.

Nas ilustrações à seguir são detalhados as etapas de montagem do sistema drywall e da construção da alvenaria convencional:

Drywall

[pic 1]

Figura 01: fixação das guias metálicas marcando a modulação das paredes internas.

[pic 2]

Figura 02: fixação dos montantes metálicos que servirão de apoio as chapas de gesso acartonado.

[pic 3]

Figura 03: assentamento das primeiras chapas (apenas de um lado).

[pic 4]

Figura 04: preenchimento do isolamento acústico (lã de vidro ou lã mineral), e passagem de mangueiras corrugadas para instalações elétricas e hidrosanitárias.

[pic 5]

Figura 05: assentamento das chapas fechando a parede.

[pic 6]

Figura 06: acabamento das juntas das chapas com fitas e massa para juntas. Parede pronta para receber o acabamento com a pintura.

Alvenaria Convencional

[pic 7]

Figura 01: da esquerda para direita, de cima para baixo: posicionamento dos tijolos para modulação das paredes; aplicação da argamassa para fixação da marcação; conferência de nível com nível de bolha; conferência de nível com nível de bolha; conferência de alinhamento com régua; execução do "castelo" e conferência da planeza com régua para iniciar as fiadas; passagem de linha para assentar as fiadas; remoção do excesso de argamassa; conferência do prumo com prumo de face; parede pronta para receber revestimento argamassado, gesso corrido e pintura.

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fundamentação teórica

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Em termos de sustentabilidade, o drywall se destaca pelo fato de toda sua matéria prima ser reciclável. Além de sua execução ser rápida, seus resíduos construtivos são consideravelmente pequenos, cerca de 5%. Uma quantia significativa, comparado com o sistema convencional que gera resíduos em torno de 33%, o que não só prejudica o meio ambiente na questão do descarte, mas também sobrecarrega as fontes da matéria prima. Além de trazer economia à construtora com caçamba de entulho e mão de obra para recolhimento dos resíduos pela obra, a obra se torna mais limpa, mais segura e com o título de obra sustentável.

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As peculiaridades da construção civil como, baixa produtividade, alto custo da construção, mão-de-obra desqualificada, incerteza quanto a prazo e a qualidade do produto final, vem recebendo cada vez mais críticas quanto ao modo de gerenciar os processos. O drywall

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