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Diversidade Cultural em Pedagogia

Por:   •  26/10/2017  •  1.975 Palavras (8 Páginas)  •  590 Visualizações

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ser aplicado, e para tanto, os professores buscam formas de integrar diferentes culturas em atividades educativas.

A própria abertura da escola pública à pessoas de diferentes contextos culturais favorece o convívio educacional com o outro, com suas habilidades e limitações, enfim, com suas diferenças. A parte a ser trabalhada, inicialmente, é a aceitação dessas diferenças, pois muitos dos casos de exclusão social iniciam-se na escola, por não haver essa aceitação e “nesse contexto, devemos tomar cuidado com nossos julgamentos apressados, principalmente quando consideramos demais as aparências e deixamos de lado o respeito pelo outro” (FREITAS, 2011, p. 75).

Isto se faz com o intermédio dos professores, que devem mostrar a seus alunos a vasta gama de nichos sociais com os quais eles tem contato, dentro e fora da escola. Essa interculturalidade mostra-se, então, não somente como o reconhecimento das diferenças, mas como a possibilidade de interação entre elas, de aprender com o outro.

Delors (1996), ao dizer que “a educação é veículo transportador de cultura e valores que têm por objetivo estabelecer vínculos sociais assumindo-se como um verdadeiro espaço de sociabilização que faz da diversidade fator positivo”, nos ajuda a compreender a relação entre o sistema educacional e o multiculturalismo.

Desta forma, se vê o espaço da escola, como anteriormente dito, não somente como possibilitador de convívio com as diferenças, mas facilitador de interação entre estas, de forma a criar, além de respeito às culturas, uma cultura de respeito.

2.2 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

No contexto de inclusão social em que o multiculturalismo se apresenta, uma das diversas políticas que se desenvolvem para melhorar a realidade educacional é a de alfabetização desde níveis iniciais de jovens e adultos que não tiveram este percurso escolar de forma regular.

A educação voltada para diferentes faixas etárias, então, torna-se parte da interculturalidade, uma vez que no espaço escolar se fazem presentes educandos com idades bem distintas e há a necessidade de participação mutua entre estes.

Como quase tudo que diz respeito a educação é regido por diretrizes curriculares definidas em nível de governo, com isto não foi diferente. A educação está prevista na constituição federal como direito de todos e dever do Estado. Porém, antes mesmo da Constituição de 1988, já existiam movimentos voltados à educação por parte da sociedade civil.

O que recebeu mais destaque foi o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), surgido na época da ditadura militar em 1967, e por isso um dos que necessitou de mais força civil para vigorar. Suas premissas eram de

“independência institucional e financeira face aos sistemas regulares de ensino e aos demais programas de educação de adultos:articulação de uma organização operacional descentralizada, apoiada em comissões municipais incumbidas de promover a realização da campanha nas comunidades; centralização das orientações do processo educativo” (SOUZA, 2011, p. 51)

Para os educadores envolvidos neste projeto já estavam sendo vislumbradas políticas que mais tarde entrariam para a constituição, como o direito e acesso à educação de pessoas de diferentes faixas etárias. A Educação de Jovens e Adultos como a conhecemos hoje, em grande parte antes de ser concebida como direito constitucional e portanto advinda da sociedade política, foi precedida por iniciativas da sociedade civil.

Mais tarde, a partir da década de 90, as políticas públicas de apoio à EJA fizeram-se valer da ideia de parcerias para sua construção, Entendeu-se que somente o poder público não atingiria a gama de população pretendida, o que levou a ser considerada e posteriormente implantada a participação da iniciativa privada e da sociedade na promoção da educação.

Deste ponto de vista, surgem as ideias freireanas de participação mútua, antes vista como interação entre as partes envolvidas, pois

“a participação livre e crítica dos educandos é um dos princípios do círculo de cultura que é proposto por Freire para a EJA, é uma unidade de ensino que substitui a escola autoritária por uma estrutura e tradição, reúne um coordenador a algumas dezenas de homens do povo no trabalho comum pela conquista da linguagem” (PINHEIRO, 2010).

Assim, o educador está aquém das iniciativas do poder público e da iniciativa privada, porém os três devem estar em consonância uma vez que o resultado final da sinergia entre estes é a educação. A preparação do professor para este processo se dá através do conhecimento de que existem diferenças em sua área de atuação, como de etnia, religião, econômicas.

O que cabe ao educador é, além de ter ciência disto, fazer uso de seu saber para inovar no processo educacional, de forma a poder discernir entre quais métodos usar para que sejam contemplados todos os seus educandos por igual.

2.3 PESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL – DIVERSIDADE CULTURAL

Os indivíduos que compõem uma comunidade ou, de forma geral, a sociedade são descritos como produto do contexto cultural ao qual pertencem. Em outras palavras, são apresentadas situações de diversidade que nos fazem perceber esta diferença individual. A exemplo disto, quando são analisados dois indivíduos com situações financeiras distintas, o acesso à saúde, por exemplo, é facilitado àquele que tiver melhores condições econômicas. Este também estará com acesso à informações maior, o que o torna melhor informado com relação ao outro.

Estes são apenas dois aspectos considerados, mas que já demonstram que, numa mesma sociedade, existem realidades diferentes, e portanto, as pessoas que crescem netas realidades também terão suas diferenças.

Quando estas pessoas

estão num ambiente comum, neste caso a escola, se fazem necessárias práticas pedagógicas inclusivas e diversificadas, não excludentes, promovidas pelos profissionais da educação, mas regidas por diretrizes curriculares definidas.

As práticas a serem realizadas no ambiente escolar devem ser de cunho educacional e simultaneamente inclusivo, pois

“pensar numa perspectiva multicultural para a escola, não significa promover festas, trabalhar com manifestações folclóricas, lendas e mitos. Além disso, em paralelo a todas essas ações, devemos ter sempre em mente que lidamos com realidades distintas e culturas diversificadas” (MICHALISZYN,

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