Artigo Ludico
Por: Sara • 24/11/2017 • 3.663 Palavras (15 Páginas) • 335 Visualizações
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A lei de diretrizes e bases da educação lei 9.394/96 garante que toda criança de 02 a 06 anos precisa receber atenção e cuidado gratuito nos aspectos físicos, psicológicos e social, e por esse motivo que acredita- se na necessidade de mais investimento no lúdico visto que é no brincar e nos jogos que nessa faixa etária elas expressam sentimentos como amor, agressividade, tristeza e alegria, investir no lúdico é priorizar as necessidades psicológicas, emocionais e sociais da criança. Por meio da brincadeira as crianças não vivenciam apenas situações que se repetem como também aprendem a lidar com símbolos e imaginar o significado das coisas e a partir dessa imaginação começam a produzirem linguagem e se tornarem capazes de analisar situações e tomar decisões. O brincar caracteriza-se um direito que a criança tem em qualquer parte do mundo, as brincadeiras os jogos estão relacionados ao sonho ao imaginário, ao pensamento e aos símbolos satisfazendo a realidade e as necessidades de aprendizagem, vinculando o prazer de brincar com o apreender.
“As crianças pequenas exploram os significados e conceitos matemáticos pelo brincar e podem decidir criar ”textos” visuais fazendo modelos, coleções e pilhas de coisas cortando e desenhando...” (MOYLES, 2010, p. 283).
É brincando que a criança descobre o significado real dos números, da linguagem e desenvolve o seu conhecimento de mundo. As brincadeiras em grupo também representam conquistas nos aspectos cognitivos, emocional, moral e social é um estimulo para o desenvolvimento do raciocínio lógico. A ludicidade é uma etapa primordial na vida do ser humano em qualquer idade, ela não pode ser tão somente considerada uma diversão, visto que ela floresce a nossa mente os nossos gostos e costumes é um leme que nos leva a conhecer nossos sentimentos nossas vontades e que as domine de uma forma saudável e satisfatória.
Este ser criança, num fazer-se contextualizado, poderá vir a desempenhar seus papéis com correção e justiça, tornando-se a chave do futuro na melhoria da coletividade. No processo desse desenvolvimento da criança está implícita a necessidade de seu autoconhecimento, de aclaramento de seus sentimentos, vontades, de exteriorização de seu ser individual, que num desabrochar espontâneo, livre, busca a felicidade. (ANGOTTI, 2003, p. 48).
Apesar de se viver em um mundo globalizado e tecnológico, brincar ainda é o principal meio para que a criança possa desenvolver suas aptidões e potencialidades futuras. Pode-se afirmar que brincar é inquestionável na vida e no desenvolvimento do individuo desde, os primórdios da infância. O lúdico serve também como base na formação do mundo da criança, pois através das brincadeiras e jogos pode se notar aspectos relacionados ao seu cotidiano. Geralmente são nesses momentos que o aluno, se mostrará totalmente, com emoções e comportamentos, reflexos de algum trauma ou algum distúrbio que ela possa ter, e é na hora das brincadeiras em grupos ou até individual que essa realidade virá à tona é papel do professor ficar atento a essas mudanças de comportamentos que pode causar danos no ensino e aprendizagem dessa criança. O lúdico em sala de aula é, porém, ingrediente muito importante para a socialização e observação de comportamentos e valores assim sendo cabe a cada educador planejar diversificando seus objetivos como sendo o principal alvo a criança, onde ela aprenderá brincando as formas de convivência com o outro ou consigo mesma. Criando assim autonomia construindo sua identidade nesse universo de desafios e superações.
“Ao formular um conceito referente às atividades lúdicas, alguns conceitos teóricos acreditam que o brincar não se define com palavras por se tratar de atividades que têm origem na emoção.” (SANTOS, 2010, p.11).
O trabalho lúdico na educação é um enfrentamento às diversidades de ideias de que o brincar se torna uma atividade espontânea, e sem a necessidade de um compromisso na área pedagógica, sem o comprometimento de resultados para a educação. Mas a outra visão a respeito de que o brincar se diferencia quando a um compromisso com o aprender, pois na concepção de alguns autores e pesquisadores as ações, as regras são organizadas em função de um objetivo que se quer alcançar, muitos professores não entendem que o brincar não é um ato avulso á educação, o brincar, o jogar, o dinamizar, é uma das estratégias que afiam as habilidades motoras e a inteligência de seu aluno desafiando-o a desenvolver o que para ele é difícil, mas com a associação a alguma dinâmica de aprendizagem se torna fácil e realizável. Aprender é possível para todas as crianças, visto que depende da motivação de cada ambiente, seja ele escolar ou familiar.
“Os biólogos estão de acordo em afirmar que a herança genética não constitui determinações, mas possibilidades, e estas são praticamente ilimitadas.” (REDIN, 1998, p.42).
Essas afirmações demonstram que o modo com que se ensina é essencial na vida dos pequenos, que o incentivo é a chave da sabedoria e do conhecimento.
2.1 COMPARAÇAO HISTÓRICA DA EDUCAÇAO LÚDICA DE ONTEM E DE HOJE.
Desde a Grécia antiga até hoje se tem conceito que brincar, é uma importante estratégia pedagógica. No século XX foram vários os autores que abordaram o lúdico tentando compreender o significado para o desenvolvimento infantil. O jogo era visto como simplesmente “jogo” passando a ser vistos posteriormente por Tomas de Aquino como SABER, uma atitude moral que torna o falar gracioso, jovial e bem humorado, tornando o convívio humano descontraído, divertido e agradável.
Na era medieval o lúdico era visto como importante, pois o homem dessa época era sensível ao riso, à piada, e ao humor. Na Idade média a relação entre os mestres sábios tinha um forte apelo lúdico. Um dos sentidos da palavra lúdico; Origina-se do latim, ludos á escola, assim paralela à palavra lazer deriva-se de chalé = escola – Isso significa que o lúdico está relacionado à origem morfológica da concepção da escola.
Comparavam também o brincarão regozijo da sabedoria divina. Analisando o pensar humano sobre o lúdico, observam-se diversos, conceitos contraditórios ao longo da história, como por exemplo, na idade média o lúdico era como dadiva de Deus, no renascimento, condição natural e humana, e na contemporaneidade é tido como parte do processo de desenvolvimento humano, entretanto a valorização do lúdico no campo da filosofia e psicologia moderna exclui ou pouco valoriza a brincadeira como fator essencial no processo de construção do ser humano e da aprendizagem.
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