Alfabetizção - Psicogenese da Língua escrita
Por: Carolina234 • 15/8/2018 • 2.737 Palavras (11 Páginas) • 286 Visualizações
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levou Ferreiro & Teberosky a concluir que mesmo antes de ler, a criança já têm idéias precisas são critérios que distinguem textos que servem para ler dos outros que não permitem a leitura.
Hipóteses da quantidade mínima de letras.
Com os cartões com poucas letras ou números as crianças afirmam que não é possível ler com poucas letras. Na maioria das vezes este critério quantitativo utilizado tinha como limite à presença de três letras e para os cartões com muitas letras as crianças dizem que servem para ler, pois contem mais de 3 ou 4 letras.
O caracter mais indicada é a letra de imprensa maiúscula, pois a natureza do traçado que se oferece à criança nos primeiros materiais de leitura também deve ser considerada uma leitura de textos em letra cursiva será potencialmente um obstáculo à interpretação.
Hipóteses da variedade de caracteres.
As praticas letradas do ambiente social podem fazer avanços à reflexão sobre a escrita antes do inicio da escolarização. O critério qualitativo a que se refere à pesquisa é a análise feita pelas crianças das semelhanças entre as letras e de um conjunto; se as letras são iguais, mesmo atendendo a um mínimo de três, elas também não servem para ler. Cartões com AAAAAA foram recusados com a justificativa de “que são as mesmas”, ou “essas são para ler com outras letras”, “diz o tempo todo AA”. Cartões com palavras como MANTEIGA disseram que não sabiam o que estava escrito, mas sabem que é para ler.
Quando há lições com sílabas repetidas e palavras como babá, bebê, coco gera um obstáculo para as crianças ao invés de facilitar, pois tem baixa caridade de letras.
DIFERENCIAÇÃO DE ELEMENTOS GRÁFICOS
Um próximo experimento foi o de uma criança folheando um livro de histórias. E perguntas sobre as figuras, como por exemplo; o que é isto?. O nome próprio e a escrita com letras móveis e pael também foram situações utilizadas para a coleta de dados.
A RELAÇÃO ENTRE LETRAS E NÚMEROS
Ferreiro postula a existência de três momentos distintos na construção da diferenciação entre letras e números. No primeiro haveria uma aprente confusão entre ambos, pois a criança sabe que se lê nas letras, mas não abre mão da imagem do número para inferir no significado do texto. Num segundo momento a diferenciação de letras e números seria a construção da distinção entre as funções de ambos: letras servem para ler e números para contar.
Já num terceiro momento o que pode acorrer é que a criança, tendo já superado a indistinção inicial, volta a ter conflitos na diferenciação, por lidar com adultos que lêem palavras e lêem números, assim como contam números e historias.
Algumas crianças usam estratégias inusitadas para fazer esta distinção. Umas usam a letra do próprio nome para designar o conjunto de letras ou números; isto mais comum em crianças de classe média e quanto ao reconhecimento de letras e números e a capacidade de nomeá-las Ferreiro constata a disparidade entre crianças da classe média e da classe baixa, com níveis gradativos.
O CONHECIMENTO DAS LETRAS.
O nível mais elementar da aproximação do reconhecimento das letras é composto por condutas que demonstram o conhecimento de uma ou duas letras. Uma letra é reconhecida pela pertinência de alguém conhecido. Ex. Ca de Carolina.
Tem crianças que nomeiam as consoantes juntamente com as vogais. O próximo passo é o domínio dos nomes corretos das vogais e das consoantes. E o ultimo nível é a representação de todas as letras e isso procede o conhecimento do valor sonoro.
A aparente confusão entre números e letras e números vem da tardia aquisição da historia do sistema, mas como isso já custou um grande esforço intelectual da humanidade não deve ser encarado como estranho.
LETRAS E SINAIS DE PRODUÇÃO
As primeiras diferenciações apresentam dois pontos que podem ser definidas como distinção entre letras e os sinais de pontuação e a aprendizagem da orientação para a leitura. Como vemos a escrita com olhos do alfabetizado, o que é impossível para a criança que está iniciando seguiu essa mesma linha de raciocínio.
ORIENTAÇÃO ESPACIAL DA LEITURA
A respeito deste título é necessário saber que este é um dos aspectos mais estritamente arbitrários do sistema.
O orientador deve explicar que se lê da esquerda para a direita, de cima para baixo. Se o ensino destes conceitos fora de situações da escrita e da leitura, não leva à transferência desta aprendizagem ou à sua aplicação frente a um texto escrito.
Ferreiro acentua que as crianças muito antes de serem capazes de ler, são capazes de aplicar ao texto escrito critérios formais específicos, muito dos quais não poderiam decorrer do ensino adulto.
Sobretudo a exigência de um mínimo de letras para se efetuar o ato de leitura, variedade de caracteres são evidentes das próprias crianças e não ensinadas pelas alfabetizadas.
A EVOLUÇÃO DA CRIANÇA.
Para fazer explorações na parte escrita Ferreiro & Teberosky criaram situações diferentes de produção. A tarefa incluía o próprio nome da criança, palavras freqüentes, contraste ao desenhar e escrever. Ferreiro defende a idéia de escrita espontânea antes do ensino sistemático pois traz os mais claros indicadores das explorações infantis para compreender a natureza do processo. A criança tem um conhecimento prévio da escrita que traz de sua antecipação à escola, mas nem sempre a colaboração da criança é imediata. Isso porque uma das áreas mais ritualizadas da aprendizagem é exatamente a produção escrita. O que não ocorre com a leitura.
Nessa fase o adulto toma o erro como algo não aceitável e quando a criança tenta escrever algo, mesmo não correspondente exatamente ao que é ela está fazendo tentativas de escrita e geralmente é barrada por não ter escrito convencionalmente correto e poda-se sua criatividade, mas na coleta de dados ela é encorajada a fazer sendo convidada a fazer “do seu jeitinho”, como você sabe ““.
A escrita da criança era vista antes só com olhos gráficos e o que Ferreiro & Teberosky tentam mostrar é que a criança representa as estratégias utilizadas para fazer diferenciações e representações e partindo daí existem
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