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A RELAÇÃO DA LUDICIDADE E DO APRENDER NO UNIVERSO INFANTIL

Por:   •  1/8/2018  •  5.714 Palavras (23 Páginas)  •  425 Visualizações

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- MAS AFINAL QUE É O LÚDICO?

Segundo o dicionário Aurélio, lúdico tem sua origem na palavra "ludus" que quer dizer jogo, a palavra evoluiu levando em consideração as pesquisas em psicomotricidade, de modo que deixou de ser considerado apenas o sentido de jogo.

O lúdico faz parte da atividade humana e caracteriza-se por ser espontâneo, funcional e satisfatório. Na atividade lúdica não importa somente o resultado, mas a ação, o movimento vivenciado.

Seguindo esse pensamento pode-se dizer que o Lúdico faz referência a jogos ou brinquedos, e brincadeiras, então brincadeiras lúdicas têm o divertimento acima de qualquer outro propósito. Que faz alguma coisa simplesmente pelo prazer em fazê-la.

As pesquisas vêm mostrando as contribuições que a ludicidade oferece no desenvolvimento e aprendizagem quer seja, de crianças na educação infantil, séries iniciais, fundamental, médio, EJA enfim a “ludicidade auxilia no aprendizado e isto é fato cientificamente comprovado”.

Usar brinquedos como forma de aprendizado, ensinar através de jogos e brincadeiras isto é Pedagogia Lúdica.

Para Piaget (1978):

“Os jogos não são apenas para fins de entretenimento, também contribuem para o desenvolvimento intelectual, físico e mental dos indivíduos, fazendo com que os mesmos assimilem o que percebem da realidade”.

Consonante a isto HAETINGER, diz que:

Desde os primeiros anos de vida, os jogos e brincadeiras são nossos mediadores na relação com as coisas do mundo. Do chocalho ao videogame, aprendemos a nos relacionar com o mundo através dos jogos e brincadeiras. Por este motivo o jogo tem um papel de destaque na educação, pois ele é à base do desenvolvimento cognitivo e afetivo do ser humano. (HAETINGER, 2005 p. 82)

KISHIMOTO pensa que:

Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, à função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Neste sentido, qualquer jogo empregado na escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo (KISHIMOTO, 2001, p.83).

E é estes motivos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não podendo ser observada apenas como lazer ou recreação, mas sim, como uma forma de aprendizado.

Os desenvolvimentos pessoais que a ludicidade é capaz de proporcionar, além do fator sociocultural, colabora para a sanidade física e mental, facilitando a socialização e a intercomunicação para objetivar a construção do conhecimento, além de auxiliar no desenvolvimento pleno e total dos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Sabe-se que brincando a criança não apenas se diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive relacionando-se com ele. Os estudos sobre o assunto revelam, inclusive, que crianças que brincam bastante se tornam adultas mais ajustadas e preparadas para a vida. É importante lembrar que estudos realizados mostram que a brincadeira pode ser entendida como uma rica possibilidade de construção de identidade.

A atividade lúdica repassa informações importantes que dizem respeito a criança, suas emoções, a forma como interage com seus colegas, seu desempenho físico-motor, além da formação moral e cultural.

- NOVOS OLHARES SOBRE BRINQUEDOS, JOGOS E BRINCADEIRAS.

A inserção do brinquedo, das brincadeiras e dos jogos na prática pedagógica educacional atual se deve ao fato de que desenvolve nas crianças, a curiosidade, a motivação capaz de promovê-los à resolução de problemas, com o pensamento lógico e a capacidade de abstração.

Um grande detalhe é que esses três aspectos citados acima compõem a cognição, que nada mais é do que o processo pelo qual as pessoas adquirem conhecimentos e raciocínio, ou seja, é assim que aprendemos.

A Ludicidade é muito importante para o desenvolvimento das crianças, faz com que ela explore a sua imaginação através das suas criações. Em sala de aula é essencial, pois através das brincadeiras, do jogo e brinquedos facilitando a aprendizagem das crianças.

As atividades lúdicas são importantes, pois, leva a criança a criar e representar, de forma a estimular sua criatividade, imaginação, e fantasia, e ainda permite que o educador monitore e guie o mesmo.

De acordo com Borba:

“Uma excelente fonte sobre o brincar e sobre as crianças e os adolescentes é observá-los brincando. Penetrar nos seus jogos e brincadeiras contribui, por um lado, para colhermos informações importantes para a organização dos espaços tempos escolares e das práticas pedagógicas de forma que possam garantir e incentivar o brincar. Por outro lado, ajuda na criação de possibilidades de interação e diálogos com as crianças, uma vez que propicia a compreensão de suas lógicas e formas próprias de pensar, sentir, fazer e de seus processos de constituição de suas identidades individuais e culturais de pares.”(BORBA, 2006 p. 42).

PIAGET

O mestre PIAGET (1978), nos ensina que “o brincar deve ser divertido, prazeroso, e não tarefa” ao passo que brincando a criança despertará seu interesse, assim o brincar é indispensável à saúde, física, emocional e intelectual de toda a criança.

Face ao observado, o estudo do mestre, trabalha as condutas, ações, por consequência, os mais diversos tipos de brinquedos e jogos para a aquisição do conhecimento, e desenvolvimento infantil.

Piaget estrutura o jogo em três categorias: o jogo de exercício - onde o objetivo é exercitar a função em si, - o jogo simbólico - onde o indivíduo se coloca independente das características do objeto, funcionando em esquema de assimilação, e o jogo de regra, no qual está implícita uma relação interindividual que exige a resignação por parte do sujeito.

Piaget cita ainda uma quarta modalidade, que é o jogo de construção, em que a criança cria algo. Esta última situa-se a meio caminho entre o jogo e o trabalho, pelo compromisso com as características do objeto.

Tais modalidades não se sucedem simplesmente acompanhando as etapas das estruturas cognitivas, pois, tanto o bebê pode fazer um jogo de exercício, como também uma criança poderá fazer sucessivas

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