A Psicomotricidade aplicada a ludicidade na educação física escolar
Por: Jose.Nascimento • 29/11/2018 • 10.793 Palavras (44 Páginas) • 409 Visualizações
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Dessa forma a problematização deste trabalho é conhecer de que forma as Atividades Lúdicas e a Psicomotricidade nas aulas de Educação Física contribuem no Processo Ensino Aprendizagem das crianças.
Sendo assim pretende-se conferir se efetivamente a Educação Física tem um papel importante em estimular as áreas cognitivas, perceptivas, motora e comunicativa a fim de que possa se tornar um agente crítico, autônomo e transformador da realidade onde vive.
As brincadeiras lúdicas permitem aos mesmos a oportunidade de manifestar seus desejos, experiências e, estabelecer relações com seu corpo e com o do colega, além de compartilhar idéias e opiniões.
E para que essa aprendizagem aconteça de forma expressiva e dinâmica, o professor de educação física tem como base a métodos dos jogos, brinquedos e brincadeiras que lhe ajude nas atividades com seus alunos.
Por tanto neste trabalho iremos focar a importância da Psicomotricidade e do lúdico no espaço escolar, através de teóricos como Wallon,Vygotsky,Piaget e outros, existente sobre o tema, por se tratarem de autores que trouxeram grandes contribuições para a compreensão dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento das crianças. Abordaremos também tópicos como Brincadeiras aliado á Psicomotricidade, tipos de jogos e brincadeiras, O jogo e suas influências, o papel do professor na avaliação e prática da atividade Lúdica, A Psicomotricidade num ambiente lúdico e a metodologia cientifica. Por fim, buscamos trazer as considerações finais acerca do trabalho realizado.
2 REFERENCIAS TEÓRICOS
A Psicomotricidade é um campo do conhecimento que estuda o corpo humano e seus movimentos, os aspectos neurológicos, intelectuais, emocionais envolvidos neste processo.
“compreende-se desenvolvimento psicomotor como a interação
existente entre o pensamento, consciente ou não, e o movimento
efetuado pelos músculos, com ajuda do sistema nervoso (AVELAR,
1984, p. 23-24)”.
Psicomotricidade é indispensável ao processo educativo, no intuito de desenvolver nos alunos um desenvolvimento psicomotor satisfatório e, ao mesmo tempo, contribuir para uma evolução psicossocial e o sucesso escolar da mesma.A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e busca incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio dessas atividades as crianças, além de se divertir, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem.
Durante o processo de ensino/aprendizagem, são utilizados alguns elementos básicos da Psicomotricidade com mais freqüência tais como: lateralidade, orientação espacial e temporal, esquema corporal e coordenação motora.
Esses elementos auxiliam para um bom desenvolvimento da aprendizagem, sendo que, se a criança tiver um déficit em um deles, poderá ter significativas dificuldades na aquisição da linguagem verbal e escrita, além de direcionamento errado das grafias, trocas e omissão de letras, ordenação de sílabas e palavras, dificuldades no pensamento abstrato e lógico entre outros (MORA, 2007).
De acordo com Freud (1924) e Erickson (1950), brincar auxilia as crianças no fortalecimento do ego. Através do brincar podem resolver conflitos entre o id e o super-ego. Motivada pelo princípio do prazer, a brincadeira é uma fonte de gratificação. É também uma resposta catártica que diminui a tensão psíquica e dá a criança, domínio sobre experiências avassaladoras (Quando a menina dá uma injeção em sua boneca, isso auxilia a resolver os sentimentos de medo e desamparo que ela própria sentiu da última vez que recebeu uma injeção).
Piaget (1951) vê o brincar das crianças como um modo de aprender a respeito de objetos e eventos novos e complexos, um modo de consolidar e ampliar conceitos e habilidades, e um modo de integrar o pensamento com as ações.
A maneira pela qual as crianças brincam em dada ocasião depende de seu estágio de desenvolvimento cognitivo. As crianças sensório-motoras brincam de um modo concreto, movimentando seus corpos e manipulando objetos tangíveis, Quando desenvolvem a função simbólica, podem faz-de-conta que existe uma que na realidade não existe; por assim dizer, podem brincar em suas mentes, ao invés de brincarem com a totalidade de seus corpos.
Para Piaget, as crianças são capazes de reconhecer e de representar apenas as formas que podem reconstruir efetivamente através de suas próprias ações. A motricidade desempenha papel essencial na inteligência antes do domínio da fala, o que contrapõe o posicionamento de Wallon.
Henri Wallon instituiu a teoria de desenvolvimento, onde a compreensão de diversos conceitos direciona o professor ao processo de constituição da pessoa, conforme a influência do meio ambiente no indivíduo.
Através dessa teoria, é possível que o educador inove sua prática pedagógica, adicionando desafios à ação motora e lógica do aluno. Na teoria Psicogenética de Wallon, o processo de desenvolvimento é a integração, sendo duas suas ramificações: integração organismo-meio e integração cognitiva, afetiva e motora. A pesquisa continuará com enfoque na integração cognitiva, afetiva e motora.
A Psicomotricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio, e instrumento privilegiado através do qual a consciência se forma e materializa-se.
Segundo Le Boulch (1992), a Psicomotricidade se dá através de ações educativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais da criança, proporcionando-lhe uma imagem do corpo contribuindo para a formação de sua personalidade. É uma prática pedagógica que visa contribuir para o desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspectos físicos, mental, afetivo-emocional e sociocultural, buscando estar sempre condizente com a realidade dos educandos.
Dentro do sistema pedagógico de ensino, o jogo é um instrumento de aprendizagem bem visto, acrescentando exponencialmente para o processo de aprendizagem, além de influenciar nas relações sociais.
Piaget (1977) defende que a interação da criança pela motricidade, através do tato, da visão e da audição é essencial para seu desenvolvimento integral. O autor defende que não há um padrão de ações, devendo ser possibilitado aos alunos a diversidade e complexidade de variados jogos, trabalhados
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