A Educação de Jovens e Adultos
Por: SonSolimar • 2/5/2018 • 818 Palavras (4 Páginas) • 308 Visualizações
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Em um ambiente de EJA, pode-se dizer que a microgênese é o plano genético mais “direcionado”, já que não leva em conta quem é esse sujeito, de onde ele vem, nem menos a realidade onde ele vive.
Segundo Oliveira (1997),
[...] O curso de desenvolvimento só será realizado por meio da inserção do ser humano no mundo da cultura, o que elimina qualquer possibilidade de consideração de alguma modalidade de dotação previa ou herança genética como fonte de formação do psiquismo. [...] O que importa é o processo de geração ao longo de sua história. (p. 56-57)
Com isso, o que se nota é que para o sujeito da EJA, não há valorização dos processos cognitivos, conhecimentos e capital cultural que ele já traz consigo. Visualizar os sujeitos tomando apenas uma “base” é não respeitar toda a história que foi gerada até aquele momento.
Para a autora, a ação individual do sujeito é uma contínua recriação da cultura, se não houvesse essa recriação, as culturas seriam sem historias e os sujeitos iguais, independente do grupo cultural.
Essa abordagem, conforme já dito, considera que o psiquismo é uma construção da relação entre todos os planos genéticos.
A aquisição da linguagem dos sujeitos da EJA na contemporaneidade não pode ser vista de forma homogênea, uma vez que não existem pessoas iguais, por consequência, pensamentos, produções e psiques iguais. A autora, ao citar Ribeiro (1999) afirma que no que diz respeito as práticas de aquisição da linguagem, a variedade das práticas de alfabetismo e as relações com as peculiaridades culturais são constitutivas de pluralidade de cultura e devem, portanto, ser compreendidas e valorizadas.
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