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A CRIANÇA E A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO: UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Por:   •  15/6/2018  •  4.794 Palavras (20 Páginas)  •  393 Visualizações

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A análise que esta pesquisa se propõe é considerar o valor de trabalhar com atividades lúdicas inseridas na proposta pedagógica da Educação Infantil. Considerando que o “brincar” é parte da essência da criança, e, portanto, não pode ser desvinculado da proposta pedagógica da escola.

Esta pesquisa resulta da leitura minuciosa das apostilas do curso de Pedagogia, da observação e da consulta a considerações de autores que se dedicaram a estudar o universo infantil e valorizaram as brincadeiras como forma de dar impulso a aprendizagem na escola. É considerada, ainda, nesta análise questões como:

Sem a brincadeira (lúdico) o processo de aprendizagem se torna tedioso. Portanto, é fundamental que a construção desse processo se faça por meio do jogo, da brincadeira e da imaginação, do conhecimento do corpo.

Como deve ser o olhar lúdico do professor da Educação Infantil.

O brincar da criança possibilita ao educador diagnosticar perceber seu estágio de desenvolvimento, seus desejos.

O lúdico nem sempre é prazeroso. A criança quando perde, tende a experimentar o sofrimento.

Não dá para falar em brinquedo e brincar sem falar de criança, pois, ambos estão intimamente ligados favorecendo-se mutuamente, ou seja, um sem o outro não ocorrerá desenvolvimento.

Aprender brincando, traz influências positivas no ensino- aprendizagem. No período da educação infantil, é que a criança começa a fazer alguns ensaios significativos para se descobrir e descobrir o meio em que vive, sem o “brincar” não será possível.

Na escola, em especial na educação infantil, o lúdico precisa ser explorado levando em consideração o valor do “brincar” como suporte fundamental na aprendizagem significativa.

Em suma, considerando todas as discussões existentes em relação à ludicidade no contexto escolar, este trabalho propõe uma reflexão sobre o valor de trabalhar com a ludicidade, presente no cotidiano escolar. O lúdico, como ferramenta na aprendizagem proporciona os desenvolvimentos necessários à vida da criança, tornando-a um adulto mais feliz no futuro.

Espera-se com esta pesquisa demonstrar para os que trabalham com e para a criança, em especial os professores da área da educação infantil, a necessidade de buscar conhecer melhor todos os benefícios de aplicar a ludicidade em suas práticas, para isso acontecer é necessário o professor resgatar os momentos lúdicos que com certeza fizeram parte do seu caminhar, fazer uma reflexão profunda, pois “brincar” para a criança é viver.

A análise a seguir apresenta-se fundamentada em pesquisas realizadas através da consulta de livros referentes ao tema, na biblioteca virtual; em sites e blogs, leitura dos Referencias Curriculares Nacionais da Educação Infantil e da observação de crianças brincando em áreas livres (pracinhas, ruas, pátio de uma escola municipal na cidade de Barra de São Francisco-ES).

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A criança e a Ludicidade na educação: uma proposta pedagógica

A ludicidade tem sido um tema atualmente muito discutido, por diversos estudiosos, no meio acadêmico, no Brasil e no mundo. O tema é de bastante relevância para ser investigado, a fim de que se compreenda como a prática pedagógica voltada para “o brincar”, pode ajudar a transformar o cotidiano escolar, não somente na questão da forma de aquisição do conhecimento, mas como ferramenta para subsidiar as práticas pedagógicas, contribuindo de forma significativa, criando elos de amizade e cumplicidade entre alunos e professores.

São inúmeros os estudos e pesquisas que têm buscado explicar o valor da ludicidade no processo ensino-aprendizagem, no que tange: desenvolvimento físico, emocional e intelectual, favorecendo as futuras aprendizagens. Na atividade lúdica, não importa somente o resultado, mas a ação e o movimento vivenciado.

Ação, movimento e interação dos pares durante as atividades lúdicas, são componentes crucias do desenvolvimento humano, possui caráter educativo e tem grande influência na vida das crianças, por proporcionar alegria e prazer. Ver crianças brincando e ao mesmo tempo aprendendo, faz do lúdico uma excelente ferramenta que deve ser usada pelo educador (a) na promoção e avanços, de forma prazerosa, de futuras aprendizagens, além de garantir um direito à criança de “brincar”.

Brincar é universal e um direito, garantido por lei, publicada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, a UNICEF, em 1959. O documento diz que: “A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação”. Sendo assim, não deve ser negada à criança espaço e oportunidade de brincar como forma de se desenvolver e aprender, pois o “brincar” faz parte de sua essência, de seus direitos e da sua cultura.

A escola é um espaço privilegiado para o resgate da cultura do brincar, pois este se constitui um direito e, portanto, deve fazer parte do cotidiano infantil. A esse respeito, o Referencial Curricular Nacional Para Educação Infantil (1998, V.1, P.13) também diz: “o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil”.

Nessa perspectiva é possível percebermos a importância de o professor incentivar as brincadeiras como eixo norteador do seu trabalho, como objetivo de oferecer um aprender através da liberdade de expressão e do pensamento, por meio de brincadeiras e momentos que oportunizem a interação e a comunicação entre as crianças.

O brincar envolve além da ação o interesse da criança, a sua faixa etária, seu desenvolvimento sócio afetivo, seus hábitos culturais e o ambiente favorável e estimulante.

É possível dizer que o ambiente condiciona a brincadeira, pois dentro de uma mesma cultura, crianças brincam com temas comuns. E quando o contexto muda, as brincadeiras também mudam adquirindo peculiaridades regionais ou locais, uma vez que, o modo e o condicionamento das mesmas estão atrelados, o que irá delinear o perfil das brincadeiras influenciando no modo de brincar. No entanto, existe uma pluralidade de ações lúdicas, que são espontâneas, praticadas pelas crianças.

Vale ressaltar outros fatores que também tem influenciado nas brincadeiras, como: as mídias, televisão e

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