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A ARTE E LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  21/11/2018  •  2.400 Palavras (10 Páginas)  •  444 Visualizações

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De acordo com os PCN (2001, Vol. 6, p.19):

O ensino da arte proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais tem como finalidade viabilizar o desenvolvimento do pensamento artístico, ajudar o educando a dar sentido ao mundo que o rodeia e as experiências pessoais, a ampliar, a imaginação, a sensibilidade, e a capacidade reflexiva.

Assim sendo, o ensino de artes é matéria obrigatória no Ensino Básico, com sua introdução no currículo escolar, denominada na Lei- “Diretrizes e Bases da Educação”. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:

O desenvolvimento da imaginação criadora, da expressão, da sensibilidade e das capacidades estéticas das crianças poderá ocorrer no fazer artístico, assim como no contato com a produção de arte presente nos museus, igrejas, livros, reproduções, revistas, gibis, vídeos, CD-ROM, ateliês de artistas e artesãos regionais, feiras de objetos, espaços urbanos etc. O desenvolvimento da capacidade artística e criativa deve estar apoiado, também, na prática reflexiva das crianças ao aprender, que articula a ação, a percepção, a sensibilidade, a cognição e a imaginação. (BRASIL, 1998, p. 89)

Portanto, o ensino da arte deve ser ministrado visando não somente seu conhecimento específico, mas também propor-se a relacioná-lo a outras disciplinas, desenvolvendo a sensibilidade e a criatividade dos discentes a partir das produções dos colegas e de suas próprias criações.

A educação em arte no ensino infantil e nos anos iniciais tem um papel primordial envolvendo os aspectos reflexivos, sensíveis, expressivos e culturais.

De acordo com Fusari e Ferraz (2009, p. 22):

A proposta do ensino de arte desde a infância está centrada em três focos: o fazer artístico; a apreciação da obra de arte e a reflexão. O fazer artístico, é a produção e a vivência artística propriamente dita a percepção se refere à vivência dos sentidos, redutor, seja ele artista ou não, A reflexão é um repensar sobre a obra, compartilhando perguntas que a criança faz e, dependendo do caso, também o professor desencadeia.

Trabalhar com artes no ambiente escolar estimula no aluno, o gosto ao ato de aprender e desenvolver em si sua percepção e criação, excitando seu senso crítico perante as realidades que o cercam.

Logo, o convívio com o ensino de artes dá suporte para a criança ampliar suas próprias produções, exercitar seus olhos para a compreensão de sua capacidade estética, pois o desenvolvimento da imaginação, da expressão e da sensibilidade ocorre a partir do conhecimento que ela tem do que faz, do que percebe e do que sente.

Segundo as autoras Fusari e Ferraz (2009), a educação através da Arte é, na verdade, um movimento educativo e cultural que busca a constituição de um ser humano completo, total, dentro dos moldes do pensamento idealista e democrático. Valorizando no ser humano os aspectos intelectuais, morais e estéticos, procurando despertar sua consciência individual, harmonizada ao grupo social ao qual pertence, portanto, é na educação infantil que ensino de artes se faz fundamental para o desenvolvimento espontâneo da criatividade e raciocínio.

III. DIMENSÃO LÚDICA- Brincar e jogar

[pic 2]

ARRUMANDO AS PEÇAS: o lúdico e o artístico na técnica do mosaico.

Na técnica que fragmenta cacos, na obra que se transforma na expressão da criatividade, na

regra criada por cada um no momento da escolha da imagem, na obra que se transforma, na

arte de rejuntar o todo está o mosaico auxiliando as crianças a congregar as suas partes numa obra ‘única”.

Retirado do site: http://arteterapiamarisepiloto.blogspot.com.br/2013/10/arte-do-mosaico.html

O lúdico, em sua perspectiva simbólica, constitui que as atividades são motivadas e históricas. Há uma relação entre a pessoa que faz e aquilo que é feito ou pensado, ao brincar de casinha, por exemplo, a criança atribui sentido aos objetos que utiliza para montar os cenários, simular pessoas e acontecimentos.

Conforme Piaget (1973), os jogos e as atividades lúdicas se tonaram significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a construir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas.

Sendo assim, o autor nos mostra que dar sentido nas atividades lúdicas para a criança, é uma projeção de seus desejos, sentimentos e valores, expressando suas possibilidades cognitivas, seu modo de assimilar ou incorporar o mundo, a cultura em que vive.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil as brincadeiras favorecem o desenvolvimento da identidade e autonomia, bem como capacidades importantes para a prática social das crianças:

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia (...) Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais. (RCNEI v 2, p.22).

De acordo com a citação acima, brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil, no entanto, alguns trazem uma concepção de que atividades lúdicas são perca de tempo e serve apenas para entretenimento não tendo real importância no desenvolvimento da aprendizagem da criança sendo desvinculada da prática pedagógica.

Atualmente encontramos inúmeros estudos baseados em pesquisas fundamentadas por vários teóricos que ressaltam o valor e provam a eficácia da ludicidade no desenvolvimento infantil. Muitos têm apresentado a importância da ludicidade em suas obras, entre eles: Montessori, Dewey, Frobel, Pestalozzi, Comenius, Kishimoto, Wallon, Piaget e Vygotsky.

Notamos que o estudo em torno do lúdico não é atual, mas é um assunto que vem sendo pesquisado e estudado já há muito tempo, que são unânimes em considerar que os primeiros anos de vida de uma criança são muito importantes para o seu desenvolvimento físico, emocional, social e mental.

Portanto,

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