Teoria da literatura
Por: SonSolimar • 30/1/2018 • 2.377 Palavras (10 Páginas) • 404 Visualizações
...
Foi assim que Eduardo, nervoso porque Olaia se demorou a “vim a música”, apertou seu braço e ela foi falar à mãe chorando. E essa, quando veio tirar satisfações, segurou a roupa do genro que bateu na mão dela com o arco da rabeca.
Em seguida Fabiana falou com Sabino. Disse que Eduardo havia batido nela e na irmã e que ele tinha de tomar-lhe as dores. Sabino, que já queria isso há tempos, foi ter com o cunhado e os dois acabaram em luta no chão. Logo ali Fabiana e Olaia começaram a brigar e quando Nicolau chegou, com dois meninos vestido de anjinhos, acabou atracando-se com Fabiana também.
Nessas circunstâncias chegou Anselmo, e a ele todos começaram a despejar reclamações. Sendo não aguentar a sogra, o genro, a nora, o sogro, o cunhado e a cunhada. Sabiamente Anselmo tinha alugado uma casa para Eduardo ir com sua mulher e outra para Paulina e seu marido, bastou isso para que um oferecesse ao outro as suas casas à disposição e dizer como esperavam uma visita. Lembrando todos no final que quem casa quer casa!
Comentário:
Quem casa quer casa é mais uma peça humorística de Martins Pena, dentro das características da obra do autor. Baseia-se num ditado popular famoso e tem um único ato.
A trama se desenvolve a partir do casamento do casal de filhos de Dona Fabiana com os de Anselmo. Eles, no entanto, não se entendem e não param de brigar, enquanto o marido de Fabiana, sujeito calmo e medroso, não faz nada para que a confusão termine. A briga chega aos finalmente, agressão física mesmo, até que Anselmo surge e resolve a situação entregando a cada filho as chaves das duas casas que ele havia alugado assim resolvendo o problema.
Essa obra vem mostrar de forma humorística, o que todos sabem que a partir do momento em que se resolve constituir uma família, deve-se ter primeiramente uma casa própria, por mais que haja sogros bacanas, a convivência dificilmente dará certo, pois casais brigam, discutem entre si, imagina com terceiros por perto.
Há muitas famílias que tem uma convivência, morando todos juntos se ajudam, compartilham das mesmas coisas, porém não há nada melhor que ter sua própria casa, ter sua liberdade e preservar sua intimidade.
Um pouco de Martins Pena...
Martins Pena é considerado o fundador da comédia no teatro brasileiro.
Com um ano de idade ficou órfão de pai e aos dez de mãe, foi educado por tutores que o preparam para vida comercial. Em 1835 completou o curso de comércio, porém logo depois cedendo à vocação, passou a frequentar a Academia de Belas Artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente estudava línguas, história, literatura e teatro.
Exerceu muito cargos de 1838 até 1847 no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
No entanto destacou-se com sua grande contribuição à literatura brasileira como teatrólogo, na posição de fundador da comédia de costumes, na qual satiriza a sociedade brasileira da época. Mostrando como funcionavam as relações sociais. Introduzindo em suas obras a vida cotidiana das famílias de uma forma bem cômica.
Martins Pena escreveu aproximadamente 20 peças: “O Juiz de Paz na Roça, “Judas em Sábado de Aleluia”, “Os Irmãos das Almas”, “Quem Casa Quer Casa”, “O Noviço” são algumas das principais e que vêm sendo representadas pelo país, desde a primeira metade do século 19”. A última peça citada acima teve adaptação para a televisão.
Trecho do auto da alma
“Em seguida as iguarias são apresentadas: os açoutes, a coroa de espinhos, os cravos e adoram a essas iguarias”. Depois disso a alma tira o vestido que usava, estando totalmente purificada. Por fim, mostrou a última iguaria, um crucifixo. A alma então depois de ver todo o sofrimento do Criador, se torna fiel novamente a ele, vendo toda a sua culpa e Ele pagando o preço. Assim todos os santos, a igreja e o anjo saem para o jardim a fim de adorar o monumento onde está sepultado o redentor.
Comentário:
O auto da alma faz uma critica diretas, as pessoas que se deixam corromper pela vaidade, dinheiro e ganancia, trazem também alguns conflitos, a luta que se trava entre o bem é o mal. Ela nos dar muito sobre o se passa dentro de nos por muitas vezes.
Nem sempre escolher o que é certo e fácil, às vezes as tentações são grande. Por isso a escolha desse auto, apesar de ter sido escrito há séculos atrás ele ainda esta muito presente na nossa sociedade atual. O que nos faz refletir que desde o inicio, a fraqueza pelo que é bom fácil é o que faz mover a sociedade que busca o melhor e não para refletir sobre se é certo ou errado, mas ao fazermos algo só pelo simples fato de ser vantajoso, podem ocorrer consequências que por muitas vezes não podemos lidar.
O Autor...
Gil Vicente considerado um dos mais importantes autores renascentista português, escreveu, apresentou e até mesmo encenou autos para a corte. Adquiriu um “certo” prestigio com a corte e através de suas obras teatrais ele podia satirizar tanto o clero quanto a nobreza, ele buscava diferentes inspirações para escrever sues textos, entre eles o orgulho da corte portuguesa pela conquista e suas grandes navegações à religião. Apesar de Portugal não ter muito contato com o teatro, ele usava os texto de cunho religioso para a construção de autos voltada para os temas religiosos. O teatro vicentino tem características voltadas para uma critica a sociedade como um todo, independente da sua classe social,
Seus auto que falava de religião era mais como uma critica, ele que mostrar o homem, que independente de qualquer coisa, era um ser mentiroso, egoísta, dominado tanto pelo dinheiro ou seus desejos carnais.
Gil Vicente era extremamente religioso, mas suas peças e autos, ele não escondia as falhas dos representantes da igreja, tudo que os envolvias. Suas ganancias, seus amores proibidos, suas depravações. Ele também mostrava o povo, que deixava se corromper pela ganancia, abandonado suas origens pelo simples fato de querer ter dinheiro e poder.
Suas peças teatrais
Suas peças populares são de grande importância para a sua carreira.
Dentre suas obras mais importantes estão: “Auto das Barcas”: “Auto da Barca do Inferno” (1516), “Auto da Barca do Purgatório” (1518) e “Auto
...