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A CONSTITUIÇÃO DO PARÁGRAFO NA CONCEPÇÃO DA LINGUÍSTICA TEXTUAL E DAS GRAMÁTICAS INTERNALIZADA E DA NORMA CULTA

Por:   •  6/5/2018  •  2.121 Palavras (9 Páginas)  •  453 Visualizações

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Desse modo, o trabalho foi desenvolvido em dois tópicos essenciais à compreensão das ideias aqui apresentadas: O primeiro está ligado à visão da Linguística Textual, e o segundo na visão da gramática internalizada e da normal culta.

Nesse contexto, para descrever de maneira sucinta o desenvolvimento desses dois tópicos em sala de aula e preservando as particularidades de cada um, recorremos para fundamentar essa discussão, tomando como base Antunes (1997), Mussalin (2001), Bentes (2001), e Maingueneau (1997). Todos esses estudiosos são especialistas na área de texto e constituição do parágrafo.

O PARÁGRAFO SEGUNDO A LINGUÍSTICA TEXTUAL

Para começo de conversa, é importante destacarmos o que será abordado mediante aos textos analisados. O viés de análise será A Constituição do Parágrafo, ou seja, iremos mostrar como os parágrafos dos textos usados para análise foram estruturados , e se eles seguem o modelo tradicional de escrita, isto é, a gramática da Língua Portuguesa. Todos os textos serão abordados de forma geral, uma vez que todos eles trataram de um mesmo tema.

Ao analisarmos os textos dos alunos percebemos muitos vícios de linguagem; alguns notamos maior empenho por parte de quem o escreveu, noutros há um certo desleixe, digamos assim, no trato da linguagem empregado, ou talvez por não tem habilidade na produção escrita. No livro Introdução à Linguística de Mussalim e Bentes (2001) traz a discussão sobre o texto e o não- texto; ou seja, o sucesso do meu interlocutor, como veremos no trecho a seguir:

“[...] acreditava-se que as propriedades definidas de um texto estariam expressas principalmente na forma de organização do material linguístico. Em outras palavras, existiriam então textos e não- textos [...]”. (MUSSALIN, 2001, P. 253)

Diante disso, é possível entender que o sucesso do meu texto depende do meu interlocutor. Nos textos analisados, isso pode ser empregado no sentido semântico, o que leva em conta não o seu domínio sintático, mas em seu sentido geral. Pois, ao lermos esses textos, conseguimos compreender em cada paragrafo o que quis expressar naquele momento. Ainda falando do paragrafo, dependendo de quem venha ler os textos, pode-se perceber que mesmo “fugindo” das regras gramaticais, os textos não perderam sua unidade de sentido, ou seja, podem ser considerados como textos.

Nas unidades de composição de um texto, cada paragrafo do começo ao fim é e são direcionados a uma pessoa, para convencer, explicar ou defender uma ideia, se importa a situação os textos são sempre direcionados a um interlocutor. Por isso, que se diz que a produção textual é uma atividade interacional, ou seja, os interlocutores estão envolvidos na compreensão e sua construção de um texto, como veremos no trecho que segue:

“[...] a produção textual é uma atividade interacional, ou seja, os interlocutores estão obrigatoriamente, e de diversas maneiras, envolvidos nos processos de construção e compreensão e compreensão de um texto [...]”. (MUSSALIN, 2001, p.255)

Não poderíamos deixar de mencionar esse trecho, pois ele é importante para explicar o que já foi dito, o sucesso do texto depende se quem o lê. E através dessa troca se ascende a interação entre autor e leitor. E essa citação vem explicar também um fato que está presente nos textos dos alunos, que é de convencer o professor de que aquilo que eles elaboraram em cada paragrafo esteja correto e bem constituído. Pois, toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. E por consequência se criará uma interação que faz com que emissor e receptor interajam entre si.

Portanto, cada texto analisado traz todas essas características, pois, mesmo que se encontre erros gramaticas na produção dos parágrafos que compõe o texto, eles vão continuar sendo textos. Apesar disso, os textos transmitem a mensagem que foi indicada para que eles fossem produzidos.

NA VISÃO DAS GRAMÁTICAS INTERNALIZADA E DA NORMA CULTA

No tópico anterior, podemos notar o texto e seus componentes na visão da linguística textual, agora vamos observar essa questão partindo do posto das gramáticas textual. Sem dúvida, essa perspectiva partirá depois de princípios mais categóricos, no que se refere à constituição do paragrafo bem elaborado e construído. Nesse caso, levará em conta também os diferentes conceitos das gramáticas que são varias, cada uma com um ponto de vista diferenciado.

Na verdade, quando ouvimos falar sobre “constituição do paragrafo”, podemos não estar falando de um só assunto, mas de vários elementos que compõem o texto, como: os períodos, as orações, os conectivos gramaticais (pronomes, conjunções, verbos e etc), ou seja, são vários os assuntos um interligado ao outro. Esse saber escrever um texto coeso e coerente pode está vinculada ao que chamam de gramática internalizada, isto é, corresponde ao saber intuitivo que todo falante tem de sua própria língua. Isso reflete a concepção de “gramática internalizada” no trecho que segue:

“Das regras que definem o funcionamento de determinada língua, como em: ‘a gramática do português, nessa concepção, a gramática corresponde ao saber intuitivo que todo falando tem de sua própria língua, a qual tem sido chamada de ‘gramática internalizada’.” (IRANDÉ, 1997, P. 25)

Desse modo, os parágrafos que compõem os textos dos alunos, não estão fora dessa concepção, pelo contrario, estão repletos de saberes que eles adquiriram no longo de sua vida estudantil. Nesse sentido, “gramática” abarca todas as regras de uso de uma língua. Envolve, desde padrões de formação da silaba, até aqueles níveis mais complexos como a formação das frases e dos parágrafos propriamente ditos. Então, ao nascermos, já estamos datados de “algum” conhecimento. E esse saber nos acompanha ao longo de nossa vida acadêmica e, consequentemente, é refletido nas nossas produções textuais na escola ou na universidade.

Nessa segunda concepção de gramática é particularizada, isto é, quer dizer, não irá abarcar toa a realidade da língua, só vai comtemplar os usos que são denominados de aceitáveis no meio social. Encaixa-se, portanto, no domínio da norma culta, que define o certo e o errado. A gramática da “norma culta” é aquela que dita para nós como devemos escrever e falar bem. Para ela, um texto deve atendar a essa regras, convenções e períodos bem alinhados com coerência e coesão. Isso pode ser melhor entendido no trecho que segue:

“Nesse segundo sentido, a gramática

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