A LITERATURA NO BRASIL COLONIAL: FASES

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Coutinho, Veríssimo, entre outros autores, com a finalidade de revisar literaturas que aponte os caminhos pelos quais a literatura se inseriu e permaneceu no Brasil colonial, criando novas características e construindo personalidade própria. A Literatura Colonial surgiu logo após o descobrimento do Brasil, motivo pelo qual foi marcada pela cultura portuguesa. Sendo assim, a literatura colonial é baseada em três diferentes movimentos: a literatura informativa ou quinhentismo, o arcadismo e o barroco. Neste sentido Cândido destaca: “ [...] a nossa literatura é galho secundário da portuguesa, por sua vez arbusto de segunda ordem no jardim das Musas.” ( CANDIDO, 9ª ed. p.9 ).

Com o passar dos tempos esse modelo de literatura foi substituído pela literatura Nacional, após um Brasil já independente e marcado pela própria autonomia cultural, principalmente com as expressões modernistas e pós-modernas, romantismo, simbolismo, realismo, naturalismo e outros.

Há um conceito comum entre vários autores que defendem que a formação da literatura do Brasil e apresentam reflexões no sentido de que nesse período, ainda não se trata de literatura genuinamente brasileira, a qual revele visão do homem brasileiro. Trata-se de uma literatura ocorrida no Brasil, ligada ao Brasil, mas que denota a visão, as ambições e as intenções do homem europeu mercantilista em busca de novas terras e riquezas.

As manifestações ocorridas se prenderam, basicamente, à descrição da terra e do índio, ou a textos escritos pelos viajantes, jesuítas e missionários que aqui estiveram. Sobre influências europeias na formação da literatura brasileira, Cândido afirma:

Cada literatura requer tratamento peculiar, em virtude dos seus problemas específicos ou da relação que tem com as outras. A brasileira é recente,

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gerou no seio da portuguesa e dependeu de duas ou mais três para se construir (Prefácio à 9ª edição, p.9).

Nessa mesma linha de pensamento sobre a sua formação, Veríssimo (200 p.113 ) acrescenta: “Necessariamente nasceu e desenvolveu-se a literatura no Brasil como rebento da portuguesa e seu reflexo. Nenhuma outra apreciável influência espiritual experimentou no período da sua formação, que é o colonial.”.

Nos primeiros anos de colonização, não existia vida cultural no Brasil. Ela só começa em 1549, com a chegada dos jesuítas, que fundaram os primeiros colégios, únicos redutos de atividade intelectual na colônia. Mas os jesuítas tinham outra missão: catequizar os índios (os negros, que começavam a chegar, foram ignorados) e expandir a fé católica no Novo Mundo. O principal instrumento de catequização foi o teatro, mas os jesuítas também produziram poemas sem finalidade catequética, com destaque para o padre José de Anchieta.

Quanto à valorização literária, José de Anchieta destaca-se como o único autor desta época cuja produção extrapola o caráter meramente histórico. Escreveu poemas líricos, épicos, autos, cartas, sermões e uma pequena gramática da língua tupi. Além do caráter informativo e educacional, algumas de suas criações literárias visavam, apenas, satisfazer sua vida espiritual. Portanto, podemos perceber que a literatura é reflexo muitas vezes de um dado momento cultural e histórico, guardando uma relação muito intensa e muito íntima com esse momento.

Sobre os Jesuítas com importância dispensada a Anchieta, Cândido ( p.18 9ª ed.), enfatiza que:

dessa massa de escritos destacam-se os dos jesuítas, que vieram a partir de 1549, e sobretudo os de um natural das Ilhas Canárias, parente de Santo Inácio de Loiola, que veio muito jovem e poderia ser considerado uma espécie de patriarca da nossa literatura: José de Anchieta (1534-1597).

5. Metodologia e procedimentos

A presente pesquisa teórica empregará o método bibliográfico, através da pesquisa a artigos de revista publicados na Internet, bem como livros pertinentes à temática abordada:

[...] a pesquisa bibliográfica diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras. Tem como base fundamental conduzir o leitor ao conhecimento de determinado assunto, à produção, coleção,

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armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para desempenho da pesquisa. Fachin, (1993, p.102 ).

A pesquisa está sendo consolidada em teorias que auxiliam a investigação dos objetivos traçados bem como na solução do problema proposto, de maneia a conceituar de forma geral sistemas de informações e suas estruturas, explorando os conceitos de acordo com as citações e construir novos conceitos sobre o tema em estudo.

6. Referências

CÂNDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos. 9 ª ed. Disponível em: https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2013/08/117023824-candido-antonio-formacao-da-literatura-brasileira-vol-1-e-2.pdf