Resumo capitulo liberdade
Por: eduardamaia17 • 19/1/2018 • 1.066 Palavras (5 Páginas) • 422 Visualizações
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O Rio de Janeiro passava, afinal, de cidade colonial à cidade imperial, provocando um profundo descontentamento nas outras regiões coloniais da América portuguesa e mesmo em Lisboa, que perdia a partir de então, pelo menos de forma provisória, seu status de sede do Império português.
Por isso, o processo de construção da nação brasileira, bem como de sua nacionalidade, teria início após a separação política entre o Brasil e o Império português e estaria consolidado apenas em meados do século XIX. Desse modo, para melhor compreendermos essa história, é necessário perceber que a constituição do Brasil enquanto um país politicamente independente de Portugal e a constituição de uma nacionalidade brasileira ocorreram em momentos diferentes.
Nos anos de permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, houve um aumento significativo dos impostos cobrados às províncias do norte.
A Revolução Federalista de 1817 deixava claro o desejo dos pernambucanos de maior autonomia em relação à metrópole. Inspirados pelo modelo federalista norte-americano, os revoltosos pernambucanos reivindicavam o direito ao exercício do autogoverno, mantendo-se parte do Império português, mas assegurando sua autonomia local. O movimento foi sufocado pelas pretensões centralizadoras de D. João VI, mas deixava clara a inexistência de unidade entre as diferentes regiões da América portuguesa.
A Revolução do Porto e a emancipação da América
Portuguesa
Após a partida da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, a cidade transformou-se no retrato da destruição: invadida e arrasada pela guerra com as tropas napoleônicas, governada por um militar inglês, prejudicada pelo deslocamento do eixo econômico do império para o Rio de Janeiro, a situação de Lisboa e do restante de Portugal era caótica.
Em 1820, o descontentamento em relação à situação periférica de Portugal no Império português acentuou-se: na Espanha, um movimento de inspiração liberal ganhava as ruas e submetia o rei a uma constituição.
A partir daí, as divisões entre os grupos favoráveis e os contrários aos revolucionários do Porto irão se tornar cada vez mais evidentes, até o momento em que reste apenas a alternativa da separação política entre os reinos.
As Cortes portuguesas continuaram tomando medidas e fazendo exigências que contrastavam com os interesses enraizados na região Centro-Sul do Brasil. Os interesses de brasileiros e portugueses tornavam-se cada vez mais conflitantes, e a separação entre os reinos parecia ser a única forma de garantir a autonomia do Centro-Sul e, por extensão, de toda a América portuguesa, diante da insistência das Cortes em retomar o controle estreito sobre essa região.
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