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Patrimônio histórico e ambiental - Congonhas

Por:   •  31/10/2018  •  1.815 Palavras (8 Páginas)  •  291 Visualizações

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Patrimônio Ambiental ou Natural é a inter-relação do homem com seus semelhantes e tudo o que o envolve, como o meio ambiente, fauna, flora, ar, minerais, rios, oceanos, manguezais, e tudo o que eles contêm. Esses elementos estão em contato com o homem, e acabam interagindo, e até mesmo interferindo no seu cotidiano. Um patrimônio pode ser material ou imaterial. Podemos dizer que patrimônio material são os aspectos mais concretos da vida humana, e que fornecem informações sobre as pessoas. Cultura material é o mesmo que objeto ou artefato. Patrimônio imaterial é o conjunto de manifestações populares de um povo, transmitidos oral ou festualmente, recriados e modificados ao longo do tempo.

Os locais dotados de expressivos valores para a História, assim como as paisagens, também são representações do patrimônio imaterial.

Em Congonhas, além do Santuário existem outras belezas na cidade que compõem o acervo patrimonial, as quais são:

- Igreja de Nossa Senhora do Rosário: datada do século XVII é uma edificação singela. Foi construída pelos escravos e é a mais antiga da cidade.

- Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição: Construída em 1734. Apresenta estilo jesuítico e frontispício de Aleijadinho. Sua nave, sem colunas de sustentação, é uma das maiores do barroco mineiro.

- Igreja Matriz de São José Operário: erguida em 1817, é uma das raras igrejas do barroco brasileiro que possui torres arredondadas.

- Igreja Nossa Senhora da Soledade: construída no início do século XVIII. Está localizada no Distrito do Lobo Leite.

- Igreja Nossa Senhora da Ajuda: erguida em 1746, ela é um dos principais atrativos do Distrito de Alto Maranhão

- Basílica: o início da construção da basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é datado em 1757 e só foi concluída em 1790, com término do adro e escadarias. Na Basílica, encontra-se a imagem do Senhor Morto, motivação de grande peregrinação religiosa. O inestimável valor artístico de sua obras, somado aos 12 profetas e as figuras das Capelas dos Passos, fazem desse conjunto a mais alta expressão do Barroco Brasileiro.

- Salão dos ex-votos: à esquerda da Basílica, localiza-se o salão dos ex votos, também conhecido como sala dos milagres. Este local guarda objetos ofertados pelo fiéis em agradecimento as graças alcançadas por intercessão do Senhor Bom Jesus.

- Passos da Paixão: as seis capelas dos passos da paixão obrigam sete cenas, que representam os últimos momentos de Cristo. São elas: Passo da ceia, Horto, Prisão, Flagelação e coroação de espinhos, Calvário (cruz às costas) e Crucificação. O conjunto é composto por 64 imagens de cedro, esculpidas em tamanho natural, entre os anos de 1796 a 1799, pela genialidade do Aleijadinho e policromadas pelo mestre Athayde e Francisco Xavier Carneiro.

- Ladeira Caminho da História: uma caminhada pela ladeira é um retorno ao passado. Nesse itinerário, além da arte da história, nos deparamos com a igreja Matriz de São José, a Casa dos Conselhos, o Museu de Imagem e Memória, além do Casario do século XVIII. Este, com suas janelas abertas, conta ao pé do ouvido os causos de tantos por ali passaram, deixando suas pegadas na irregularidade das pedras dpo calçamento.

- Museu da Imagem e Memória: o acervo deste museu é constituído de fotos, documentos, livros, mobiliário, obras de artistas, utensílios e objetos de uso de famílias e personalidades locais. Este legado oferece aos visitantes uma visão simultânea retrospectiva, atual e prospectiva da cidade dos profetas.

- Romaria: Foi construída em 1932 servindo de hospedaria aos fies que vinham a Congonhas para o jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, realizado de 07 a 14 de setembro. Este construção foi parcialmente demolida em 1968, para dar lugar a um hotel, que não foi construído. Em agosto de 1981, foi tombado pelo IEPHA-MG, através do Decreto-Lei nº. 21178. Utilizando o projeto de Sílvio Podestá, foi reconstruída em 1995. A nova construção abriga a FUMCULT, museus (Museu de Mineralogia, Museu de Arte Sacra e Sala de Matosinhos), informações turísticas, extensão do Gabinete do Prefeito, Sala de Projeções e espaço para a realização de eventos culturais.

- Estação Ferroviária: A Estação da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil é uma edificação representativa da arquitetura eclética do início do século XX. Funcionou como terminal de passageiros até o início dos anos 90 e serviu de ponto de partida e chegada de caixeiros e viajantes, romeiros e turistas. Hoje ela renasce e se evidencia como um expressivo espaço ordenado e sustentável, destinado ao centro de recepção turística, ao lazer, as feiras e eventos, tornando-se mais uma vez, um referencial no contexto econômico, social e cultural de Congonhas.

- Parque da Cachoeira: possui uma completa estrutura de lazer. Possui 10 piscinas de água corrente, quadra poliesportivas, campo de futebol, playground, churrasqueiras e quiosques, anfiteatro, restaurante, camping e estacionamento. Situado a 5km do Centro, tem como principal atrativo a cachoeira de Santo Antônio, além da grande área de preservação ecológica.

O MESTRE ALEIJADINHO E SEUS DOZE PROFETAS

Pela cidade passaram grandes arquitetos e artistas consagrados que deixaram marcas expressivas para toda a posteridade, como o tão conhecido hoje, Antônio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho.

Aleijadinho nasceu em Vila Rica era filho de uma escrava com um mestre-de-obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.

Por volta de seus 40 anos de idade, começou a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações, os médicos da época acreditavam ser hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Com o auxilio de um ajudante, Aleijadinho pedia que amarrasse as ferramentas em seus punhos para que pudesse continuar a esculpir e entalhar. Demonstrava um esforço fora do comum dando continuidade a sua arte. Mesmo com todas as limitações, continuou trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.

Já com a doença, Aleijadinho começou a dar um tom mais expressionista às suas obras de arte. Destaca-se deste período o conjunto de esculturas “Os Passos da Paixão” esculpido em madeira

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