PROJETO DE ENSINO: O PROCESSO HISTÓRICO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
Por: YdecRupolo • 22/8/2018 • 5.210 Palavras (21 Páginas) • 367 Visualizações
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do trabalho e sua transformação no tempo” através dos subtemas que atende ao quesito primordial no ensino de História, que:
(...) estabeleça relações entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre as quais as que se constituem como nacionais. (...)desempenhar um papel mais relevante na formação da cidadania, envolvendo a reflexão sobre a atuação do indivíduo em suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades e sua participação no coletivo (BRASIL, 1999, p.26).
Ao acompanhar a evolução da história do trabalho é possível ao aluno adquirir conhecimento para o alargamento do senso crítico. O conteúdo trabalhado trará subtemas que fazem parte da realidade dos alunos e através da utilização de fontes históricas que favorecerão o entendimento dos fatos históricos estimulando o imaginário dos alunos no aprendizado da História.
A utilização de pesquisas na internet, filmes e músicas são as ferramentas que farão parte do desenvolvimento do presente Projeto de Ensino contemplando a docência e a pesquisa sobre o tema.
Serão abordadas as relações de trabalho em diferentes momentos da História brasileira envolvendo os seguinte tópicos: Relações de trabalho em diferentes momentos na História de povos do mundo; Diferenças, semelhanças, transformações e permanências nas relações de trabalho, no presente e no passado: caracterizar e analisar diferentes tipos de escravidão, servidão e trabalho livre; Caracterizar a diversidade de trabalho no campo e na cidade, diferentes organizações de trabalhadores.
O projeto se mostra viável, pois, mesmo á temática sendo complexa conseguimos fazer um recorte com limites bem definidos que atinge as necessidades da educação básica. Será desenvolvido durante 8 aulas de história fazendo uso de fontes simples.
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO
3.1 A EVOLUÇÃO DO TRABALHO
A história do trabalho nos remete a antiguidade Grega e Romana onde o homem primitivo adaptava a natureza a si e essa ação foi denominada de “trabalho” dando inicio a atividade laborativa.
O trabalho é em primeiro lugar, um processo entre o homem a natureza um processo integrado no qual o ser humano faculta, regula e controla a sua forma material com a natureza através de sua atividade... Ao atuar sobre a natureza externa a si, modificando-a, o ser humano modifica simultaneamente sua própria natureza [...] (MARX, 1979 apud PEREIRA, 2009, p. 02).
Historicamente o único fato que diferencia uma época da outra era o tipo de trabalho executado, pois, no primeiro momento falamos de um trabalho escravo, já no segundo momento falamos do trabalho servil.
A história do trabalho pode ser dividida através do modo de produção que o homem desenvolveu que são os regimes de trabalho:
• Primitivo;
• Escravo;
• Feudal;
• Capitalista e comunista.
3.1.1 A sociedade primitiva
O desenvolvimento das forças produtivas da sociedade primitiva provocou a mudança das relações de produção até então existentes conforme explicado por Ferreira (2013, online):
(...) Este que e o primeiro modo de produção que através das comunidades primitivas com avanço das primeiras ferramentas, estas que eram construídas de pedra, espinhos e pedaços de lascas de arvore, ai o homem buscava saciar suas necessidades básicas, todo trabalho era na busca de melhorias voltadas para a atividade do dia a dia, como alimentar-se, e abrigar-se combater seus inimigos. Neste momento a sociedade primitiva estava em relações iguais de trabalho, pois cada um desenvolvia uma atividade para o bem de toda a relação de trabalho. A partir do momento em que o homem começa a plantar e a estocar alimentos e riquezas, aparece a queda do sistema primitivo surgindo novas formas sociais de interação, surgindo hierarquias (FERREIRA, 2013, online).
Neste contexto, Segal (2009) aponta que essa forma de trabalho primitivo existiu durante muitos milênios na vida de todos os povos da humanidade, tendo sido a mais primitiva etapa de evolução da sociedade (vide fotos anexas).
(...) A descoberta do fogo foi de extraordinária importância, pois que permitiu ampliar as fontes de alimentação. Os primeiros instrumentos utilizados pelos seres humanos foram o machado e as pedras toscas sem polimento. O emprego da lança com ponta de pedra e, logo depois, a do arco e flecha, permitiu-lhes procurarem novos alimentos, entre eles a carne dos animais.
Paralelamente à procura de alimentos vegetais e à pesca, a caça tornou-se um novo meio de subsistência. Mais tarde, ocorreu um avanço considerável através da introdução de instrumentos de pedra lascada que permitiram trabalhar a madeira, visando à construção de habitações. Apesar de o processo de desenvolvimento que elevou, através de milênios, a humanidade de sua existência semi-animal ao nível de seres humanos capazes de construir tecnicamente habitações e fabricar instrumentos de pedra tivesse sido demasiadamente importante, permaneceram os seres humanos sendo extremamente débeis na luta de sobrevivência em face das forças da natureza, o que se expressava, principalmente, no nomadismo, decorrente da precariedade das fontes de alimentação. Sujeitados ao acaso, não havia nenhuma segurança de encontrarem sempre caça e produtos vegetais. Ainda era impossível pensar em armazenar reservas. Os alimentos eram procurados diariamente, não se fazendo nenhuma provisão para os dias futuros. Em tais condições, as populações não se aglomeravam. Dispersavam-se, visto que o alimento, passível de ser adquirido em certo território, era insuficiente para sustentar contingentes humanos mais densos (SEGAL, 2009, online).
Somente a partir da introdução da criação do gado que nasceu a primeira grande divisão da sociedade em duas classes: senhores e escravos, exploradores e explorados.
3.1.2 O trabalho escravo
Conforme a bibliografia consultada não existe registros precisos dos primeiros escravos negros que chegaram ao Brasil. À tese mais aceita é a de que em 1538, em que Jorge Lopes Bixorda, arrendatário de pau-brasil, teria traficado para a Bahia os primeiros escravos africanos.
Conforme Del Priori; Venâncio (2010) exemplifica em sua obra “Uma breve História do Brasil” desde o descobrimento do Brasil a escravidão se fez presente, visto que de acordo com o autor:
(...) Quem plantava, colhia, botava a cana para moer, acondicionava e transportava o açúcar
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