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O mar, o astrolabio e o império

Por:   •  4/2/2018  •  1.114 Palavras (5 Páginas)  •  358 Visualizações

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descuido ou mau uso dos instrumentos. Muitos erros materializam os interesses territoriais do Reino, e para Portugal, o conhecimento sobre o Atlântico Sul era de vital importância para sua política ultramarina. Isto evidencia a importância de se ter homens tecnicamente preparados para defender os interesses geopolíticos dos reinos europeus.

De nada adiantariam as navegações sem os instrumentos. Entre os portugueses, o mais utilizado era o astrolábio, embora ingleses e holandeses preferissem o quadrante náutico. Estes instrumentos, quaisquer que fossem, poderiam apresentar variações na graduação, o que implicaria na necessidade de realizar cálculos diferentes bem como formas distintas de uso para apurar e coletar dados de viagem. Como dito anteriormente, a aferição era tarefa dos cosmógrafos do Reino.

Além do astrolábio, a autora menciona outros instrumentos que também eram de uso dos navegadores, como a agulha de marear, a qual era utilizada para ajustar o rumo da embarcação para seguir de acordo com o roteiro de viagem. Haviam também as cartas de marear, confeccionadas pelos cosmógrafos reais, os quais as entregavam aos pilotos, os quais, eventualmente corrigiriam erros das cartas ou atualizariam dados. Não era incomum ocorrerem divergências entre os dados coletados pelos pilotos e os dados “oficiais”, mas como dito pela autora, estas divergências muitas vezes não eram fruto de erros ou ignorância dos seus feitores, senão um reflexo dos interesses políticos do Reino (como a localização de pontos estratégicos no mapa ou novas terras).

Assim, valendo-se dos instrumentos de navegação, astrolábio, agulha de marear, cartas náuticas, tabelas de declinação do sol e de estrelas, os homens portugueses se lançavam rumo a novas terras e descobrimentos, desenhando os contornos do Império Português.

3 Contribuição das disciplinas do semestre para a compreensão do tema “expansão marítima”

Portugal foi a primeira nação a financiar expedições marítimas. Vários são os fatores que contribuíram para tal: bons portos, familiaridade portuguesa com o mar devido as atividades pesqueiras, uma burguesia enriquecida e disposta a investir para ganhar mais dinheiro, além de um governo centralizado.

Os conteúdos estudados neste semestre, em especial a disciplina de História Moderna, permitiram ter um vislumbre da situação europeia na época em que ocorreram as grandes navegações, ao mostrar as transformações ocorridas na Europa, como o advento da burguesia, grande influenciadora das Navegações após o fim da Idade Média, as novas visões de mundo possibilitadas pelos novos descobrimentos, visões estas que culminariam no Renascimento, onde o homem é visto como o “centro”, novas visões que também incentivam a ciência e o conhecimento.

Em especial, a disciplina de História do Brasil Colonial permitiu conhecer a realidade daquele que talvez tenha sido o maior legado dos portugueses no Novo Mundo: o Brasil Colônia. Foi possível conhecer melhor a realidade local, a situação econômica e politica da colônia.

4 conclusão

REFERÊNCIAS

, Heloisa Meireles. O astrolábio, o mar e o Império, História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.2, abr.-jun. 2013, p.653-673 v.21, n.3, jul.-set. 2014, p.1011-1027

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