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O Nordeste Açucareiro no Brasil Colonial

Por:   •  13/5/2018  •  1.221 Palavras (5 Páginas)  •  527 Visualizações

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O açúcar produzido no Brasil era geralmente o Branco, também chamado de “argiloso”, que deu vantagem em relação aos concorrentes caribenhos, que tendiam a produzir açúcar mascavo mais e escuro e menos apreciável. Os engenhos brasileiros também produziam açucares mais grossos, e do melado fabricavam a cachaça. O álcool tinha papel muito importante na colônia. Era apreciada nas trocas comerciais relacionadas ao escravismo africano, além de que, como argumentavam alguns senhores, ajudavam a pagar as contas e despesas do engenho.

Três elementos principais determinavam a natureza da economia açucareira brasileira e seu sucesso, conferindo-lhe um caráter uma função específica:

- A estrutura da propriedade: podiam ser de caráter privado, instituições ou estatais. No começo da Indústria engenhos chegaram a ser construídos com financiamento real, para ajudar e estimular a colonização e o crescimento econômico. No caráter institucional vemos as religiosas: beneditinos, carmelitas e jesuítas. No século XVII, mesmo relutantes por conta do uso de mão de obra escrava e da contradição com os votos de pobreza, a agricultura e a criação de gado podiam representar uma base econômica para as suas atividades missionárias e educativas. Os engenhos eclesiásticos eram as exceções, geralmente era de responsabilidade privada, com um ou mais sócios. Geralmente individual.

Obs: existiam os lavradores que eram homem( e às vezes mulheres) que não tinham capital nem crédito para construir um engenho voltavam-se para as plantações de cana, fornecendo matéria prima para o engenho. Esse fenômeno, pode ser explicado pelo risco de ser fazer uma indústria e da falta de capital. Os lavradores eram uma elite agrária, abaixo dos senhores de engenho. Tendo sua relação com os senhores, por suas características e aspirações, por vezes iguais. A natureza da sua relação dependia da posse de terra e do acesso a ela.

- Abastecimento de mão de obra: Havia uma grande dependência de mão de obra escrava. Até os primeiros 70 anos havia a dependência da mão de obra indígena – posteriormente substituída pela africana. Por conta da demografia( doenças). Era oneroso obter escravos africanos, mas em longa duração era um investimento lucrativo. Havia além disso a passagem de trabalhadores livres por escravos ou antigos escravos que recebiam remuneração menores, contudo era incentivo para os escravos, pois representava uma possibilidade de acesso a mobilidade social.

- Acesso ao crédito e o padrão de lucratividade: A riqueza era expressa em terra. Apesar de eventuais comentários sobre o estilo de vida opulento dos grandes plantadores, muitos deles levando uma vida simples, aplicando o lucro na construção de suas propriedades, ou gastando com a mão de obra. Por vezes se queixavam das dividas e dos gastos. Como havia escassez de espécie o crédito era essencial para o inicio da atividade. Os créditos eram obtidos de diferentes formas. As principais fontes eram os conventos, irmandades caritativas e outras instituições religiosas. Outros buscavam comerciantes que tentavam contornar as limitações importas a usura, com taxas mais elevadas.

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