Macau e Educação: Palavras que deveriam andar sempre juntas, mas não é bem assim.

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- Qual período, no contexto sociopolítico, o senhor pode perceber que houve uma priorização na educação por parte do governo?

Eu digo assim, cada um dos gestores (falando de prefeitos), eles deixaram a desejar. Se faziam alguma coisa, deixava outra de lado. É até difícil de dizer, mas ultimamente pra cá houve um declínio muito grande na educação, não tô dizendo que antes era melhor. Teve um governo aqui que priorizou Concursos Públicos para professores, para servidores, que pensava num plano de carreira... Esse daí depois que saiu do poder, quebrou-se tudo isso aí, que assumiu quebrou com essa regra, aí se acabou o Concurso Público, e consequentemente o Plano de Carreira. Sem o Plano de Carreira não se tem plano, não se tendo plano, não se tem plano para a educação, não se tendo plano para a educação... Tá aí o caos. E ultimamente tem se ofertado durante 20 anos, nada contra o Grafith, que também sou fã, mas se ofertou somente Pão e Circo. E dizer um prefeito que priorizou, bem, Zé Antônio Menezes, pelo menos tentou, tentou não, fez Concurso Público. O único gestor, que não é questão de propaganda, até não votei nele, mas é fato que existiu isso e que no governo seguinte houve uma quebra. Não acostumaram o povo a concursos, não acostumaram o povo à cultura, e tá aí o caos.

- O que o senhor acha que pode/deveria melhorar na educação pública de Macau?

A questão é simples. É fazer valer o que é de direito do povo. O concurso já tá na porta (que é duvidoso). É você priorizar e investir na educação como de fato. Você for enxugar a maquina administrativa, que tem funcionário pra caramba, que nem necessita. Você criar um plano de carreira, um plano municipal de educação. Chamar a população pra discutir, mas discutir mesmo, nã chamar pra fazer reuniões pra aparecer nos blogs, porque não se discute e deixa pra lá, mas levar a sério isso. É contemplar os professores no seu direito. Estruturar, estruturar, estruturar. Fazer planos pra cultura, que é uma questão social que é séria em macau. Sem isso daí não vai alcança nada.