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IMPERIALISMO: AINDA EXISTE?

Por:   •  18/12/2017  •  1.803 Palavras (8 Páginas)  •  443 Visualizações

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revolução industrial e se manifestou pela submissão colonial da Ásia e África. “Abrir os mercados” e apoderar-se das reservas naturais do globo eram as reais motivações, como é sabido hoje em dia. A opinião europeia não vê estas realidades e aceita o novo discurso legitimador do capital.

Na visão de Samir Amin, estamos hoje nos confrontando com o início do desenvolvimento de uma terceira onda de devastação do mundo pela expansão imperialista, encorajada pela derrocada do sistema soviético e dos regimes do nacionalismo populista do terceiro mundo. Os objetivos do capital dominante permanecem os mesmos – o controle da expansão dos mercados, a pilhagem dos recursos naturais do planeta, a superexploração das reservas de mão-de-obra da periferia – ainda que operando em novas condições e, em certos aspectos, muito diferentes daquelas que caracterizaram a fase precedente do imperialismo.

Nos dias atuais, o conceito do imperialismo, continua sendo um conceito fundamental, com o poder crescente das empresas monopolistas e do capital financeiro, reformulando a luta antimperialista, das nações oprimidas com a luta das classes exploradoras.

Podemos destacar a luta contra o imperialismo e o capitalismo, vista como uma luta pela democracia, pela libertação e pelo socialismo, que por sua parte corresponde a um fenômeno alternativo de sistemas emergentes.

Todo movimento pela libertação, pela democracia e pelo socialismo deve priorizar na organização de seu pensamento e de suas ações. Com isso, podemos dizer que no fim do século XX, o imperialismo, que é a formação mais avançada do capitalismo, domina no mundo inteiro, com exceções como Cuba, que tem características universais, movimento pela democracia, socialismo e libertação.

Com relação aos novos monopólios dos centros, pode-se dizer que a posição de um país na pirâmide mundial e, definida pelo nível de competividade de sua produção no mercado mundial. São cinco os monopólios que questionam a teoria social, em sua totalidade: monopólio no âmbito da tecnologia, monopólios no âmbito do controle de fluxos financeiros de envergadura mundial, monopólios no acesso aos recursos naturais do planeta, os monopólios nos campos da comunicação e os monopólios na esfera dos armamentos de destruição em massa.

Na segunda guerra mundial, os Estado Unidos saíram com enormes vantagens, pois os seus oponentes - a Europa, a União Soviética, a China e o Japão estavam arruinados. O país encontrava-se em vantagens para exercer sua hegemonia econômica, visto que concentrava mais da metade da produção industrial do mundo, além disso, tinha exclusividade da arma nuclear.

Mas esta vantagem absoluta foi perdida num prazo curto de apenas duas décadas, com a recuperação econômica da Europa capitalista do Japão e militar da União Soviética. “Podemos questionar se a formação de um imperialismo coletivo constitui uma transformação qualitativa ‘definitiva”, e se ela implica a liderança absoluta os Estados Unidos.

A estratégia global americana visa cinco objetivos: neutralizar e subjugar os parceiros da tríade (a Europa e o Japão) e minimizar a capacidade desses Estados de agir por fora da influência americana; (ii) estabelecer o controle militar da OTAN e "latino-americanizar" as antigas partes da União Soviética; (iii) controlar sem partilhas o Oriente Médio e seus recursos petrolíferos; (iv) desmantelar a China, assegurar-se da subordinação dos outros Estados (Índia, Brasil) e impedir a constituição de blocos regionais que possam vir a negociar os termos da globalização; (v) marginalizar as regiões do sul que não representam interesses estratégicos

Os Estados Unidos proclama sem reserva nenhuma que não "tolerará" a reconstituição de uma potência econômica e militar qualquer capaz de colocar em questão seu monopólio de dominação do planeta, e se concedeu, para esse fim, o direito de conduzir "guerras preventivas".

Três adversários principais são aqui visados: primeiramente a Rússia, cujo desmembramento, após o da URSS, constitui doravante um objetivo estratégico maior para os Estados Unidos, em segundo lugar a China, cuja massa e o sucesso econômico inquietam os Estados Unidos, sendo seu objetivo estratégico, também nesse caso, o desmembramento desse grande país, a Europa está em terceiro lugar nessa visão global dos novos senhores do mundo.

A potência militar dos Estados Unidos constitui apenas a ponta do iceberg, prolongamento de uma superioridade desse país em todos os domínios, particularmente no econômico, e até no político e no cultural. A submissão ao hegemonismo norte-americano seria por esse fato incontornável.

Os Estados Unidos só têm vantagens comparativas certas no setor de armamentos, precisamente porque este escapa amplamente às regras do mercado e desfruta do apoio do Estado. Sem dúvida essa vantagem tem consequências para a sociedade civil (a Internet é o exemplo mais famoso), mas ela está na origem de sérias distorções que constituem desvantagens para muitos setores produtivos. A. economia norte-americana vive como parasita em detrimento de seus parceiros no sistema mundial. O mundo produz, os Estados Unidos (cuja poupança nacional é praticamente nula) consomem.

Hoje, estamos diante da construção de um império mundial pelo complexo militar-empresarial dos Estados Unidos, consideramos que tal projeto de Império nos remete às mais avançadas políticas imperialistas e capitalistas, correspondendo a força crescente das potências e das megaempresas, em que amparam e se apoiam, com as novas formas de dominação e exploração dos trabalhadores e dos povos, articulando cada vez mais o imperialismo ao capitalismo, tornando-se cada vez mais difícil separá-los.

Ainda mais, permite explorar as contradições na construção do império mundial norte-americano em pugna inevitável com outros impérios dada sua crescente apropriação e dominação de territórios, recursos e populações, bem como o fato de que apareça como o beneficiário principal da nova acumulação original e ampliada de capitais, formulando problemas de insegurança às grandes potências e às potências intermediárias.

CONCLUSÃO

Mesmo diante de uma extensa gama de justificativas,

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