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A Revolução Americana: A primeira independência

Por:   •  18/10/2017  •  1.465 Palavras (6 Páginas)  •  506 Visualizações

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As Leis Towshend foram amenizadas em 1770, mas o conflito ganhou impulso com a Lei do Chá, em 1773, que previa a venda direta desse produto pela Companhia das Índias Orientais, uma imensa empresa mercantilista, aos lojistas das Treze Colônias, eliminando do circuito os mercadores norte-americanos. Em Boston, um navio carregado de chá foi invadido e a mercadoria lançada ao mar, causando enorme prejuízo à companhia monopolista (Boston Tea Party). Os colonos recusavam-se de comprar o chá; se o fizessem, admitiriam o direito do Parlamento de tributá-los – café como alternativa. Ocorreu a quase falência da Companhia das índias Orientais devido a má administração e desvio de verbas, que causou grande impacto na economia britânica. Como solução, criaram a Lei do Chá.

A reação inglesa veio com as Leis Intoleráveis, que restringia as liberdades coloniais. Entre outras medidas, o governo fechou o porto de Boston e restringiu o autogoverno de Massachusetts, desafiando forte tradição das colônias inglesas da América do Norte. Em 1774, os representantes de todas as colônias promoveram o Primeiro Congresso Continental, na Filadélfia, primeiro passo da Revolução Americana e postura comum assumida pelas colônias. Nele, foram estabelecidas medidas para romper o comércio com a Inglaterra; queriam o fim das medidas restritivas e maior participação na vida política. Apesar de não ter caráter separatista, queriam voltar a situação de negligencia salutar.

- Declaração de Independência

Em 1775, o Segundo Congresso Continental nomeou George Washington como comandante-geral do exército revolucionário (Exército Continental). Thomas Paine publicou o Common Sense, lançando a ideia de independência.

Os congressistas hesitaram antes de decidir pela revolução. Uma comissão redigiu o que veio a ser a Declaração de Independência. Embora a grande maioria dos colonos tenha aderido à revolução, muitos continuaram hesitantes e fiéis aos ingleses. Após a rendição britânica, os triunfos dos rebeldes se multiplicaram, contando com o apoio de tropas francesas, holandesas e até espanholas. Em 1781, exército comandos por George Washington cercaram o principal exército britânico. No mar, a esquadra francesa preparava o ataque final. Ocorreu a Guerra de Independência, de 1776 até 1783, concluída pela assinatura do Tratado de Paris, no qual o governo inglês reconheceu a independência das Treze Colônias. Por esse Tratado, a França enviou tropas para treinar o Exército Continental.1

Em 1787, aprovou-se a Constituição dos Estados Unidos da América, para ratificar o novo Estado. O principal desafio encontrado foi unir todas as colônias, que tinham divergências no pensamento. Eram 13 realidades econômicas, politicas e culturais distintas, além da prevalência do sentimento autonomista, dificultando a unidade. Para resolver, definiu-se a forma do Estado proveniente da independência como um regime republicano presidencial2 e federalista, sem negar o direito dos estados membro da União de terem constituições próprias. Esse fato contribuiu para a construção da ideia de nação, mitos fundacionais. O presidente, figura com plenos poderes, seria eleito para um mandato de quatro ano por um colégio eleitoral composto de representantes dos estados (poder executivo; caráter temporário – mandato e eletivo – por voto). O poder legislativo foi confiado a duas casas: a Câmara de Representantes, com deputados eleitos pelos estados, e o Senado, com até dois representantes por estado. O máximo poder Judiciário foi atribuído à Suprema Corte.

No entanto, limitava os direitos civis e políticos, já que mantinha a escravidão. O voto masculino era restrito aos adultos que pudessem comprovar determinada renda ou propriedade. O direito ao voto, portanto, era censitário e restrito aos homens brancos nos primórdios da democracia norte-americana.

O primeiro país independente da América constituiu uma nação americana, era necessário produzir o ideal nacional, ou seja, construção ideológica, formação da identidade e ideia de pertencimento. Essa identidade nacional foi construída a partir do século XX, com a independência idealizada (criação de personagens) sendo o ponto de partida. Essa idealização foi baseada na liberdade, capaz de unir todas as realidades. Dessa forma, a identidade significava lutar pelo ideal de liberdade/democracia.

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