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Duas americanas na história do feminismo

Por:   •  10/2/2018  •  1.819 Palavras (8 Páginas)  •  300 Visualizações

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Figura 3 – Cena do filme “O sorriso de Monalisa”

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(www.causasperdidas.literatortura.com – Acesso em novembro, 2015)

O livro caiu como uma bomba nos Estados Unidos e provocou, em muitas leitoras, o desejo de fazer parte de um grupo de discussão ou associação. Em outubro de 1966, fundou-se, em Washington, uma Conferência Nacional, onde se constituiu a Organização Nacional de Mulheres, conhecida como National Organization for Women - NOW. À frente da organização estava Betty Friedan, a essas alturas feminista assumida. Em 1969, Betty ajudou a fundar a Associação Nacional para a revogação das Leis do Aborto, hoje conhecida como Naral América Pró-Escolha (NARAL Pro-Choice America). Em 1971, com Gloria Steinem e Bella Abzug, fundou a Organização Política de Mulheres.

Por esse tempo, Mística feminina era usado como verdadeira bíblia pelo movimento de mulheres americanas. A polêmica trazida por esse livro tinha espraiado reflexos pela Europa e também chegou ao Brasil, primeiro através da imprensa, e depois com a tradução e publicação do próprio livro, em 1971, no país, pela ousadia de Rose Marie Muraro, que à época estava à frente da Editora Vozes, no Rio de Janeiro. Na orelha da primeira edição brasileira, a apresentação dizia que aquele havia sido o primeiro livro a denunciar a manipulação da mulher pela sociedade de consumo.

Seus outros livros publicados foram:

- It Changed My Life: Writings on the Women’s Movement (1976), que conta como o seu livro Mística Feminina mudou a vida das mulheres que o leram;

- The Second Stage (1981), aborda a sua preocupação com a vida política, econômica e sexual das mulheres, incentivando as mesmas a entrada no mercado de trabalho;

- The Fountain of Age (1993), evidencia os benefícios de envelhecer;

- Beyond Gender (1997), a autora constrói um novo paradigma onde sugere uma transformação na estrutura política e intelectual da sociedade;

- Life So Far: a Memoir (2000), é a autobiografia feita sobre a vida da autora;

Figura 4 – Livros publicados por Betty Friedan

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(www.estantevirtual.com.br – Acesso em novembro, 2015)

Diante de tantas obras reconhecidas, a autora Betty Friedan se destacou por ser umas das percursoras do feminismo na sua segunda fase. A mesma morreu no dia do seu aniversário de 85 anos em 2006 por uma falência cardíaca congestiva em sua residência. Após tantos trabalhos na àrea, hoje é reconhecida como uma das maiores feministas do século XX.

- KATE MILLETT

Kate Millett é uma escritora feminista estadunidense, nascida em 14 de setembro de 1934 em Minnesota, que escreveu diversos livros, porém, o mais conhecido é Política Sexual (1970), derivado da sua tese de doutorado defendida na Universidade de Columbia, que hoje serve como base para pesquisas e discussões sobre o feminismo.

Figura 5 – Retrato de Kate Millet

. [pic 9](www.katemillett.com – Acesso em novembro, 2015)

Foi nos anos sessenta onde o movimento feminista e outras lutas de libertação social aconteceram. Justo nessa época, estudos acadêmicos estavam sendo realizados sobre a condição feminina e o livro Política Sexual foi lançado. A tese da autora embasou e se alimentou da segunda onda do feminismo, a mais radical. Nesse feminismo, só existirá igualdade quando se criar um novo pensamento político e social desligado dos fundamentos masculinos e patriarcais já vigentes, dessa forma, buscando obter os direitos que eram e até hoje são negados às mulheres.

Figura 6 – Livro Política Sexual

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(www.skoob.com.br – Acesso em novembro, 2015)

Millett analisa criticamente os diversos fatores que explicam porque o poder patriarcal se exerce mediante controle da sexualidade feminina, com mais força ainda nos séculos XIX e XX. Em seus estudos, a autora chegou à conclusão que o patriarcado organiza a sociedade de maneira hierarquizada, não admitindo concorrentes a dominação masculina. Junto a isso, existe a imagem da família que passa a ser o espelho dessa sociedade, que forma os seres para seguirem esse modelo.

Ela escreveu muitos livros, inclusive alguns sobre sua vida pessoal. Dentre seus livros estão:

- The Prostitution Papers (1973), discute sobre a exploração das mulheres que vendem seus corpos para os homens;

- The Basement: Meditations on a Human Sacrifice (1979); Conta a história de tortura e posteriormente do assassinato da jovem Sylvia Likens;

- Going to Iran (1982), é resultado de muitos anos de trabalho de Millet em um grupo de dissidentes iranianos, CAIFI (the Committee for Artistic and Intellectual Freedom in Iran).

- The Politics of Cruelty: An Essay on the Literature of Political Imprisonment (1995); relata uma nova teoria política com uma visão angustiante do Estado moderno baseado na prática da tortura como método de regra, como política consciente.

- Mother Millett (2002), trata sobre a sua relação com a sua mãe.

Figura 7 – Livros publicados por Kate Millet

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(www.estantevirtual.com.br – Acesso em novembro, 2015)

Kate Millett se tornou uma das primeiras feministas que analisou o patriarcado como sistema e que criticou a dominação do macho sobre a fêmea. Dessa forma, se faz papel da mulher ir atrás de um próprio meio político que não a subjugue em instituições e conceitos que a silencia e que não perpetue a violência física e moral, assim como é a política criada pelos homens, segundo a autora.

- CONCLUSÃO

Ambas autoras foram importantes para a consolidação do feminismo nos Estados Unidos nos anos 60, 70 e depois. O feminismo radical representado pelas autoras, além de analisar os motivos pelos quais as mulheres são inferiorizadas diante

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