Relatório de Estágio de Prática de /Observação
Por: Jose.Nascimento • 5/6/2018 • 1.497 Palavras (6 Páginas) • 305 Visualizações
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Outra questão que me parece relevante de inserir neste relatório é sobre como é distinto o comportamento dos alunos com os demais professores, cada professor apresenta uma metodologia de ensino diferente, porém a maioria deles tem seu método voltado apenas para o local “sala de aula”. Não é costume dos professores da instituição incentivar trabalhos que sejam em outros espaços como quadra, pátio, nem mesmo a biblioteca. Poucos são os que deixam os alunos menos presos em suas carteiras nas salas. Acho o importante o fato de o professor passar a variar mais suas atividades e torna-las menos aulistas. Principalmente para a geografia, é importante que os alunos tenham uma visão detalhada e crítica de algum ponto turístico, comercial, residencial, industrial de sua cidade pelo menos. Não podemos culpar obviamente a falta de recursos extras da escola, como até foi mencionado em uma palestra ministrada por um diretor de um determinado colégio, mostrando o quão difícil é gerenciar financeiramente uma escola com a quantia de fundos que é enviada. Mas a Geografia, particularmente, não necessita de muita movimentação para mostrar algo em particular de uma cidade. As características dos demais objetos locais da escola e da sua volta já são suficientes para mostrar a configuração do próprio ambiente de moradia do aluno, tentando de alguma forma aguçar o senso crítico e fazer com que enxerguem com outros olhos a realidade.
Outro ponto delicado é que não há, definitivamente, não há diálogo entre professores para tentar mesclar conceitos e trabalhar em equipes para um entendimento ainda melhor das disciplinas. A dúvida deles é relevante, mas não aceitável. “Como vamos trabalhar a Matemática com a Geografia, por exemplo?”. Ora, a geografia não possui números? Estatísticas demográficas é um exemplo para se trabalhar porcentagem e população, matemática e geografia. Está tudo aí. Os instrumentos estão presentes. Falta incentivo de uma parte dos educadores no meu ponto de vista. Outros têm vontade de fazer diferente, porém são barrados pela legislação e pelo curto orçamento financeiro da escola.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nota-se que todos os professores observados são fiéis aos instrumentos de ensino que despertam a curiosidade dos alunos. Tentam de alguma forma chamar a atenção para suas disciplinas e mostrar para eles que é relevante, que vale a pena estudar tal conteúdo, que sua matéria é importante. Não ficam presos apenas aos livros didáticos e não tomam unicamente estes como base para sua aula. No esquecimento de seu livro, não se desesperam por não saberem o tipo de aula que vão dar naquele dia. Nota-se claro certo desânimo na hora de relatar algo sobre as aulas, tanto para os alunos quanto para a estrutura. Dizem que os alunos não estão mais tão interessados nas aulas quanto antes e que o espaço escolar está cada vez mais restrito. “Para eles, só importa a construção de salas de aula, nada mais...”, argumenta um dos educadores da instituição. Porque não construir um espaço para estandes e apresentações de maquetes, cartazes; um lugar específico para seminários e discussões entre alunos e professores, abrindo assim a possibilidade de expressar sugestões entre ambos sobre as disciplinas. Uma horta orgânica, um pequeno espaço para uma estação de climatologia, um espaço com bancos, árvores, jardins e outros elementos que tornam o espaço mais agradável do que só o concreto. Devemos sim ser firmes e ensinar os conteúdos básicos para nossos alunos futuramente, mas não devemos esquecer de forma alguma, de nunca subestimar a capacidade de um aluno, seja de qual idade for. Podemos aprender com alunos e eles conosco. Tal preconceito de que o professor é o dono do saber deve ser ignorado. Devemos aprender com a vivência do espaço que aquele aluno está inserido, enriquecendo e tornando mais atrativo seu cronograma da disciplina. Começando por estes passos, poderemos construir uma melhor relação professor aluno. Sem barramento, mas sim, recíproco.
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