CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
Por: Hugo.bassi • 22/3/2018 • 1.315 Palavras (6 Páginas) • 319 Visualizações
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Destacam-se também geógrafos como: Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Carlos Walter Porto-Gonçalves, assim como Arlete Moysés Rodrigues, Ana Fani Alessandri Carlos, Eliseu Savério Sposito e Maria Encarnação Beltrão Sposito.
De acordo com o contexto histórico, a construção do pensamento geográfico acompanhou as alterações e necessidade do mundo, seja no império, visando o conhecimento do espaço, com o expansionismo europeu e mais recentemente com o processo de industrialização e globalização. Porém muda-se o método de análise, com o advento da Geografia Crítica, o que só se fez possível devido a já realizada inventarialização dos elementos da Terra, em outrora
Nessa perspectiva, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, e sendo esse produto da ação humana, onde se processa vários fenômenos, pode-se concluir que todo estudo de caráter geográfico acaba por ser um estudo complexo e desafiador.
Assim, de forma geral, a Geografia se preocupa com a localização espacial, com a regionalização e com a distribuição das áreas, enfim com os aspectos humanos e físicos que compõem o espaço geográfico. Ela busca também responder a questão e a possibilidade de reconhecer uma região sobre a qual vive uma população, seu meio de vida, sua cultura e as relações que ocorrem entre os diferentes lugares.
Cabe salientar que o desenvolvimento do pensamento geográfico ao longo da história sofreu intensas modificações. Desta forma, os conhecimentos de cunho geográfico sofreram ao longo da história, uma série de transformações resultantes do contexto em que foram produzidos. Nos fins dos séculos XIII e XIV, com o maior desenvolvimento do comércio, os burgueses que viviam nas cidades, passaram a se opor ao regime feudal, a disputa pelo poder político e a difusão de novos ideais começava a produzir movimentos contraditórios. Já que cada época produz um discurso dominante que passa a ser considerado “verdade” sobre o comportamento dos homens e a forma de entender e interpretar o mundo.
Nessa perspectiva, sabe-se também que as descobertas proporcionadas pelas grandes navegações possibilitaram a expansão do espaço geográfico. Logo, os conhecimentos acumulados permitiram que a Cartografia fosse aperfeiçoada e, simultaneamente, os conhecimentos sobre a Terra desenvolveram com mais profundidade, fatores estes que, somados a outros, contribuíram para que a Idade Moderna gestasse os precursores da chamada Geografia científica.
Assim, diante dessa complexidade que abarca a Geografia, mesclada por elementos físicos e humanos, contudo, marcada fortemente pela dicotomia, observa-se que é através das denominadas correntes de pensamento geográfico que se pode obter maior entendimento tangente ao desenvolvimento da Geografia, tomando como diretriz mediadora a questão do capitalismo, uma vez que tais elementos (correntes de pensamento e capitalismo) são importantes para que se posa entender o desenvolvimento da ciência geográfica; seu passado, seu presente e vislumbrar seu futuro.
Assim, subentende-se que é no cerne do desenvolvimento histórico-econômico-social que as relações humanas ganham expressões diferentes. Logo, apreender a realidade dos fenômenos, suas dificuldades, seus limites e avanços, consiste em muito mais do que delinear paisagem ou elencar fatos, mas sim de contextualizar/problematizar a fim de produzir algo novo, não necessariamente melhor ou pior, mas ao menos significativo.
Por fim, pode-se entender ainda que a Geografia se constitui como um ramo do conhecimento que tem como finalidade promover o entendimento acerca do espaço geográfico, bem como interferir nas relações humanas, produtivas e espaciais. Não obstante, cabe salientar que através das correntes de pensamento, pode-se perceber as conexões existentes entre a Geografia e sistema econômico predominante.
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