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Bacia Hidrográfica do Rio Uruçuí Preto - Piauí

Por:   •  31/1/2018  •  5.326 Palavras (22 Páginas)  •  633 Visualizações

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situado ao sul e serve como limite ao polígono das secas.

Figura 1 – Localização da bacia Hidrográfica do rio Uruçuí Preto

Fonte: Leão (2009. p.74.)

A Bacia hidrográfica do rio Uruçui Preto compreende área total de seis municípios estando à posição geográfica da área configurando terrenos datados da era Paleozóica da Bacia Sedimentar do Maranhão-Piauí, segundo o projeto RADAN (1973) corresponde à parte meridional abrangendo as Serras de Cangalha, Penitente, Grande, Uruçuí, Vermelha, Bom Jesus e o Gurgueia.

Destacado da geologia entre outros aspectos por possuir discrições litológicas; arenitos finos com intercalação de folhelhos carbonosos, predominam arenitos cinza-claros e amarelados finos e muito finos, com acamamento delgado com aspecto lajeado e algumas áreas tornando-se grosseiro na Formação Piauí que faz contato de forma concordante com a formação Pedra de Fogo que possui discrição litológica arenitos, siltitos e folhelhos predominantemente vermelhos e róseos, com sílex calcário e gipsita.

A bacia do Rio Uruçuí Preto está totalmente compreendida na bacia sedimentar do Parnaíba, que constitui a principal bacia sedimentar da região nordeste do Brasil, que segundo Rivas (1996), “é do tipo intracratônica, pois a subsistência e a sedimentação em ciclos iniciaram-se no Período Siluriano evoluindo até o final do período Cretácio. Este sistema apresenta sedimentos que atingem 3.000 metros de espessura e são divididos nas Formações Geológicas: Serra Grande, Pimenteiras, Cabeças, Longá, Poti, Piauí, Pedra de Fogo, Sambaíba, Orozimbo e Itapecuru. Na região da bacia do rio Uruçuí-Preto afloram as formações Poti, Piauí, Pedra de Fogo e rochas ígneas ultrabásica-kimberlíticas”. Com base na Figura 2, é possível observar a disposição da formação geológica em todo o percurso do rio:

Figura 2 – Mapa Geológico da Bacia do Rio Uruçuí-Preto

Fonte: RADAM (1973)

Tabela 1 – Formações Geológicas

Formações Geológicas Litologia

CRETÁCEO

Formação Itapecuru (Ki) Arenitos predominantemente vermelhos, finos, caulinicos, argilitos vermelhos finamente laminados, calcário margoso fossilifero

JURÁSSICO – CRETÁCEO INTERIOR

Formação Orozimbo (JKo) Basalto cinza-escuro a preto, amigdaloidal nas superfícies intemperizadas, torna-se marrom-escuro

TRIÁSSICO

Formação Sambaíba (TRs) Arenito bramco-avermelhado, fino a médio bem selecionado e grãos bem arredondados, estratificação cruzada

PERMIANO

Formação pedra de Fogo (Ppf) Arenitos, silitos e folhelhos vermelhos, amarelos e roseos com leitos de silex, calcário fossilifero e gipsita

CARBONÍFERO

Formação Piauí (Cp) Arenitos cinza-esbranquiçdos, com intercalaçoes de folhelhos carbonosos e restos de plantas carbonizadas

DEVONIANO

Formação Cabeças (Dc) Arenito creme-avermelhado, médo a grosseiro, leitos espessos, estratificações cruzadas e ‘mud-cracks”

Formação Longá (Di) Folhelhos e silitos cinza-escuros a pretos, laminados, com finas intercalações de arenito cinza

Formação Pimenteiras (Dp) Folhelhos e silititos marrons cinza-escuros e pretos, micáceos com níveis de oolitos piritosos, intercalaçoes de arenito principalmente no topo

SILURIANO DEVONIANO INFERIOR

Formação Serra Grande (SDsg) Arenito branco groseiro, conglomerático, com leitos de conglomerado oligomítico e seixos de quartzo na base, leitos de silititos e folhohlos no topo: estratificações cruzadas

Segundo dados da SEPRO (2006) os solos são caracterizados na sua maioria pela alternância de solos Latossolos vermelhos – amarelos distróficos associados à areias quartzosas distróficas e Neossolos, que combinados na paisagem se mostram na variação de formas variando em superfícies planas superfícies suavemente ondulados platô morros e baixões.

Estes solos cuja analise reflete a interação entre o relevo, clima e vegetação possuem características de baixa fertilidade natural que condiciona a capacidade produtiva do solo, no qual, necessita de implementação de manejos de técnicas adaptado ao ambiente de solos ácidos, recorrendo à aplicação de calcário.

A área se enquadra em ambientes típicos de planaltos e chapadões baseados nos critérios da Professora Iracilde Moura Fé (1987), a área compreende o compartimento regional da chapada do Alto Médio Parnaíba dentro da grande unidade estrutural da bacia sedimentar do maranhão- Piauí, iniciando a discussão da gênese e da composição das formas locais de relevo.

Esta unidade geoambiental segundo Bastos et al.(2008) apresentam áreas de vales e platôs chapadões como Serra Branca e Mafisa com declividade baixa, somadas a grandes extensões de terra plana ou onduladas e baixões, formam a área de estudo e as serras formam-se grandes vales. No vale do Uruçuí Preto predominam os grandes chapadões com imensas extensões de terras planas propícias para plantios de grãos devido ao enorme potencial produtivo com o aproveitamento dos aqüíferos de grandes vazões.

Segundo o mapa de Geossistemas (PLANAP, 2006) a área denominada Vãos do Alto Médio Gurguéia corresponde a área de amplos vales esculpidos pela reunião das águas do Uruçuí Preto que dispostos paralelamente banha extensas chapadas sucessitiveis a inundação. Essas chapadas apresentam-se sob forma de rampas pedimentadas que foram modeladas sobre arenito siltito e folhelos.

A área conforme estudos realizados por Leão (2009) apresentam a caracterização climática com distribuição pluviométrica moderada relacionada aos contextos ditados pelo clima sub-umido registrando pluviosidade e precipitações superiores a 1.000 mm anuais e evapotranspiração de 1400 a 1600 mm anuais. A região do cerrado nordestino apresenta a maior intensidade de precipitação pluviométrica e melhor regularidade de distribuição das chuvas durante o inverno. O período chuvoso situa-se

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