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Bacia do rio jequitinhonha

Por:   •  16/1/2018  •  4.542 Palavras (19 Páginas)  •  425 Visualizações

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Segundo Silqueira et al. (2015) “o desmatamento, principalmente das áreas de mata ciliar, tem aumentado os focos de erosão e favorecido o carreamento de sedimentos e, consequentemente, o assoreamento dos corpos de água.”

As atividades de garimpo e mineração desenvolvidas no leito do rio acarreta o revolvimento do fundo dos rios, ocasionando a degradação dos remanescentes da vegetação ciliar e contaminação da água com resíduos sólidos, graxas e óleos.

Os problemas de erosão que ocasionam no alto curso do Jequitinhonha são conhecidos e refletem em todo vale. O assoreamento se demonstra em maior gravidade na área da foz. No alto e média bacia, os topos planos das chapadas apresentam grandes extensões de reflorestamentos, predominância de vegetação de cerrado.

- QUALIDADE DA ÁGUA DA BACIA DO JEQUITINHONHA

De acordo com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (s/d), a Bacia Hidrográfica do Médio e Baixo Rio Jequitinhonha fica localizada nas mesorregiões do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, abrangendo os municípios de Salinas, Araçuaí, Pedra Azul e Almenara. Estes, compreendem um total de 29 sedes municipais e apresentam área de drenagem equivalente a 29.774 km², a mesma abastece aproximadamente 392.539 habitantes.

Ainda segundo o IGAM (s/d), a bacia do Jequitinhonha apresenta um dos melhores resultados do estado quando o assunto é qualidade de água. Estudos realizados no ano de 2008, tendo por base a contaminação em decorrência de matéria orgânica, fecal, sólidos, nutrientes e contaminação por tóxicos (CT), indicam um índice de qualidade de água (IQA) bom. Muito embora, exista contaminação dos corpos d'água, porém, em quantidades consideradas inofensivas. Em contrapartida o rio Salinas, pertencente à mesma bacia, no trecho monitorado a jusante de Rubelita, ainda não conseguiu apresentar resultados satisfatórios, sendo classificado com nível médio. Com relação à Qualidade das Águas do rio Araçuaí, em 2005 foram realizadas pesquisas que consideram bom em todos os pontos de amostragem.

Esgotos domésticos ainda é o principal parâmetro a influenciar no cálculo do IQA da bacia. Portanto, este não é um problema apenas ambiental, mas de importância também social, uma vez que a saúde pública fica extremamente comprometida. (IGAM)

Segundo Junior et al. (2011), ao analisar a qualidade da água do rio Jequitinhonha, rio principal da bacia, fazendo um trabalho de monitoramento de cinco principais pontos denominados (JQH-JQH-200, JQH-JQH-500, JQH-JQH-525, JQH-JQH-600, JQH-JQH-700), analisando fatores físicos como, temperatura, pH (Potencial Hidrogeniônico), oxigênio dissolvido, DBO, coliforme termo tolerantes, nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais e turbidez, tendo como indicador o índice da qualidade, utilizado com o objetivo de facilitar a análise e identificar os possíveis fatores responsáveis por alterar as características do efluente. De posse dos resultados, foi possível verificar uma temperatura oscilante em média de 26,6ºC (JQH-JQH-500) a 29,0ºC (JQH-JQH-200). O pH apresentou valores dentro dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/05, variando entre 6,5 e 8,5 nas áreas predominantemente salobras e de 6 a 9 em águas doces.Com relação à turbidez houve alteração nos pontos JQH-JQH-200 e JQH-JQH-700. Para o oxigênio dissolvido – OD não encontrou-se abuso ao padrão determinado pela Resolução CONAMA nº 357/05. Analisando a demanda bioquímica de oxigênio – DBO os resultados encontrados estão dentro da normalidade dos parâmetros exigidos. O nitrogênio foi encontrado sob diversas formas como por exemplo, molecular, amônia, nitrito e nitrato. O fósforo total encontrado apresentou-se de acordo com a Resolução CONAMA nº 357/05 que é de ≤ 0,10mg/L para ambientes lóticos; ≤ 0,030mg/L para ambientes lênticos; e ≤ 0,050mg/L ambiente intermediário. Os pontos analisados apresentaram valores relativamente baixos de coliformes. Ao concluir os resultados gerais verificou-se que, a bacia é enquadrada na Classe 2, sendo assim, a mesma possui água apta para uso humano, irrigação, aquicultura e atividade de pesca.

De acordo EUCLIDYS (2011), atividades de mineração e garimpo têm auxiliado na degradação e influenciado diretamente na qualidade da água e mananciais da região.

Os resultados encontrado por Junior et al. (2011) são muito semelhantes aos apresentados pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas. Muito embora, Júnior et al. (2011) tenha feito análises apenas do rio Jequitinhonha e não investigou a contaminação por tóxicos. No entanto, ambos utilizaram o IQA para a realização das pesquisas.

Classificação do Índice de Qualidade da Água (IQA)

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

79

51

36

19

0

Júnior et al. (2011)

Classificação da Qualidade da Água encontrada por Júnior et al. (2011) Segundo o IQA

Ponto de coleta

IQA

Classificação

JQH-JQH-200

60

BOM

JQH-JQH-500

67

BOM

JQH-JQH-525

67

BOM

JQH-JQH-600

69

BOM

JQH-JQH-700

62

BOM

Júnior et al. (2011)

O quadro predominantemente positivo deve ser analisado levando em consideração a análise realizada apenas no principal rio que compreende a bacia, no citado, o rio Jequitinhonha.

Observa-se que, a qualidade das águas é diferenciada em função de uma série

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