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Texto de coisa

Por:   •  15/1/2018  •  1.287 Palavras (6 Páginas)  •  351 Visualizações

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João Calvino utilizou o vocábulo da predestinação a primeira vez na edição de 1539 de as institutas. Com isso ficou claro que ele não teve muita originalidade pois seus ensinos são bastantes semelhantes aos apresentados nos escritos de Lutero, Zuínglio ou Bucer, que já haviam feito um empréstimo de Agostinho.

Embora Lutero nunca tenha suavizado a doutrina da predestinação, como os luteranos fizeram depois, ele tentou estabelecer o mistério da eleição no contexto da eternidade.

Segundo ferreira (2007, p.714)

“Para ele, três raios de “luz brilham sobre essa questão”: a luz da natureza, a luz da graça de Deus e a luz da gloria celestial. a luz da graça da natureza não é suficiente para capacitar e entender essa doutrina, pois pela luz da natura “Deus parece Ser injusto”. A luz que recebemos da graça “ajuda-nos a compreender melhor as coisas”, mas não é de completa ajuda, pois não explica “como Deus pode condenar alguém que, por suas próprias forças, nada pode fazer a não ser pecar e ser culpado”. Os retos julgamentos de Deus só podem ser compreendidos à luz da glória por vir. O mistério da eleição só será compreendido no “dia vindouro, quando Deus se revalar a si mesmo como inteiramente justo, embora os seus juízos ultrapassem a nossa limitada compreensão de seres humanos.””.

A doutrina da predestinação, segundo Calvino, pode ser entendida de três maneiras diferentes: Absoluta, particular e Dupla.

Segundo Ferreira (200, p.715)

“A predestinação é absoluta, no sentido de que não está condicionada em nenhuma contingencia finita, mas baseia-se somente na vontade imutável de Deus. A doutrina da predestinação é particular no sentido que pertence a indivíduos e não a um grupo de pessoas. a eleição da graça aplica-se a cada pessoa individualmente. A predestinação é dupla, isto é, Deus, para louvor da sua misericórdia ordenou alguns indivíduos para a vida eterna, e para louvor da sua justiça enviou outros para a condenação eterna.”

Calvino cria assim como Lutero que a predestinação era algo que estava com Deus e homem nenhum poderia entender como de toda a verdade ela funcionava, um dos argumentos é o pedido de Calvino em que ele fala que não se deve se engajar nas coisas que Deus não revelou e esquecer daquelas que foram reveladas afim que seja condenado pela excessiva curiosidade ou de ingratidão.

Longe de ser uma premissa de importância central no pensamento de Calvino, a predestinação e uma doutrina acessória, que se preocupa em explicar um aspecto intrigante das consequências da proclamação do evangelho da graça. Contudo, à medida que os seguidores de Calvino buscaram desenvolver e reformular seu pensamento a luz dos novos progressos intelectuais, talvez tenha sido inevitável que pudessem acontecer certas alterações na estrutura de sua teologia cristã.

3) CONCLUSÃO

É notável que Calvino muito mais preocupado em levar as pessoas a uma interpretação correta das escrituras do que simplesmente levar um conceito soterológico para uma discussão acadêmica. Em seu livro as institutas, Calvino demonstra sua preocupação com vários pontos que permeavam a igreja cristã e não somente os círculos dos estudos teológicos.

Os escritores reformados, após a morte de Calvino, foram os responsáveis pela propagação da doutrina da predestinação que não virou consenso entre seus adeptos, mas sim um verdadeiro embate entre seus seguidores que não tinham um pensamento sistemático completo das ideias de Calvino sobre essa doutrina.

Portanto, a formulação da doutrina da predestinação ou da eleição não pode ser totalmente atribuída à Calvino, visto que foram seus seguidores que definiram os pontos mais importantes dessa doutrina e não o próprio Calvino. Até hoje vários autores explanam o assuntos com novas possibilidades a partir de pensamento advindos da Idade Media, do Renascentimos e idade moderna que, por vezes, superpõem as ideias de Calvino sobre a doutrina da predestinação.

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4) REFERÊNCIAS

ALISTER E. MCGRATH. Teologia sistemática, histórica e filosófica: uma introdução à teologia cristã. São Paulo: Shedd, 2010.

FRANKLIN FERREIRA E ALAN MYATT. Teologia sistemática: uma analise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida nova, 2007.

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