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Síntese do livro de Thomas Kuhn

Por:   •  24/1/2018  •  1.327 Palavras (6 Páginas)  •  359 Visualizações

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CAPÍTULO 7 – A RESPOSTA À CRISE

A partir da concepção de crise citada no capítulo anterior, podemos agora discutir quais seriam as respostas dos cientistas uma vez que essa crise é instalada.

Kuhn afirma que os cientistas tentam buscar respostas que permitam dentro do paradigma dominante explicar as anomalias. Neste período de busca surgem diversos focos do problema e de sua possível trilha para o encontro de soluções aceitáveis. O fim de uma crise pode ser representado de três maneiras, uma delas é quando a ciência resolve a crise dentro do próprio paradigma, podendo este paradigma ser alterado em sua forma sem ser necessariamente cancelado. Outra forma seria quando o cientista tem a consciência de que o problema existe, contudo não consegue resolvê-lo no paradigma vigente, assim o deixa em “stand by” para futuras análises com o surgimento de novos instrumentos. Por fim, o final de uma crise pode se dar a partir do surgimento de um novo paradigma. A transição de um paradigma para outro se caracteriza como uma revolução científica.

CAPÍTULO 8 – A NATUREZA E A NECESSIDADE DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

O conceito de revoluções científicas segundo o autor se define como episódios de desenvolvimento não cumulativo. Nos quais um paradigma antigo é total ou parcialmente substituído por outro, incompatível com o anterior.

Para entendermos melhor a revolução científica, Kuhn traz um paralelismo entre revolução científica e revolução política. Para ele, tanto em uma quanto em outra, o sentimento de funcionamento defeituoso, que pode levar à crise, é um pré-requisito para a revolução. Ainda comparando as revoluções, ambas visam mudanças, de instituições ou de paradigmas no caso da revolução política e científica respectivamente.

“Tal como a escolha entre duas instituições políticas em competição a escolha entre paradigmas em competição demonstra ser uma escolha entre modos incompatíveis de vida comunitária” (pg. 127). Levando esse aspecto em consideração e tendo em vista que nenhum paradigma consegue resolver todos os problemas que define e posto que não existem dois paradigmas que deixem sem solução exatamente os mesmos problemas, é de suma importância para a escolha de um novo paradigma ou não, saber quais os problema que é mais significativo ter resolvido.

CAPÍTULO 9 – AS REVOLUÇÕES COMO MUDANÇAS DE CONCEPÇÃO DE MUNDO

Para Kuhn, quando ocorre uma mudança de paradigmas os cientistas adotam novos instrumentos e orientam seu olhar em novas direções. E o que ele considera mais importante é que até mesmo durante as revoluções, os cientistas veem coisas novas e diferentes ainda que estejam olhando para os mesmos pontos já examinados anteriormente. Para o autor, aquilo que antes da revolução aparece como um pato no mundo do cientista transforma-se em um coelho posteriormente.

Transformações da visão acompanha comumente o treinamento científico de um estudante até que este se torne um habitante do mundo científico. Este mundo por sua vez não é fixo, haja vista as mudanças de paradigmas. Quando isso acontece, a percepção que o cientista tem do seu meio ambiente deve ser reeducada, ou seja, ele deve aprender a ver novas formas (Gestalt) em algumas situações com as quais já estava familiarizado.

Essa mudança de percepção pode ser exemplificada pelo descobrimento de Urano. Diversos astrônomos entre 1690 e 1781 consideravam Urano como uma estrela. Alguns anos mais tarde Herschel observou pela primeira vez o mesmo objeto com um telescópio aperfeiçoado e anunciou que vira um cometa. Somente depois Lexell sugeriu que se tratava de uma órbita planetária. A partir daí, o mundo dos astrônomos profissionais passou a contar com um planeta a mais e estrelas a menos. Esse corpo celeste passou a ser visto de uma maneira diferente, pois não se adaptava mais às percepções (estrela, cometa) fornecidas pelo paradigma anterior. Essa nova percepção ajudou a preparar os astrônomos para a descoberta rápida de numerosos planetas e asteroides.

Segundo Kuhn, ficamos tentados a dizer que os astrônomos passaram a viver em um mundo diferente. De qualquer modo, suas pesquisas desenvolveram-se como se isso tivesse ocorrido.

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