Migração e formação de comunidades no contexto da globalização

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- As causas das migrações

Grande parte da investigação sobre as migrações tem se centrado nas causas das mesmas. Apesar de se verificarem grandes diferenças conceptuais, as principais abordagens conduzem a conclusão de que as migrações deverão crescer no futuro.Explicações demográficas destacam as disparidades estruturais que se observam entre áreas com economias estagnadas e com elevadas taxas de fertilidade, por um lado, áreas com economias em rápido crescimento e com declínio da fertilidade, por outro.Economia neoclássica, tem exercido uma efluência dominante nas politicas migratórias, esta centra-se nas espectativas individuais de salários mais altos e melhores oportunidades económicas. A grande disparidade de rendimentos entre países ricos e pobres deveria constituir a razão suficiente para a “escolha racional” de migrar. A nova economia de migrações esta é vista como parte integrante das estratégias de sobrevivência familiar e comunitária, sendo modelada por considerações de longo prazo relativas a segurança e a sustentabilidade. Adepoju revela que em Africa as migrações encontram-se associadas a estratégias familiares que envolvem elevados investimentos dos escassos recursos na educação de um dos membros da família, normalmente o filho primogénito.Abordagens histórico-institucionais sublinha o papel das grandes instituições, sobre tudo as empresas e os estados no desencadeamento e na modulação dos fluxos migratórios.Explicações sociológicas das migrações centram-se na importância que os capitais social e cultural assumem. O capital cultural refere-se ao conhecimento relativo a outras sociedades e as oportunidades que oferecem, bem como a informação do modo concreto de se deslocar e de procurar trabalho noutro local. O capital social refere-se aos relacionamentos necessários para migrar de modo seguro e eficiente no que respeita a custos.

- Tipos de migração

Aspessoas migram desde sempre por vários motivos. No entanto no ultimo meio seculo predominaram três tipos de migrações primarias: migrações de fixação definitiva, migrações laborais temporais e movimentos de refugiados. As tendências das ultimas duas décadas tem sido no sentido da diversificação, da proliferação e da combinação dos tipos de fluxos, que tem culminado com o surgimento de novos tipos de migrações tais como: migrações altamente qualificadas; migrações de trabalhadores com fraca qualificações; migrações forcadas.

- Perspetivas para formação das comunidades

Uma das características principais do Estado-Nação, tal como veio a emergir na europa ocidental e na américa do norte, era a sua pretensão de controlar a diferença étnica através do controle de fronteiras e por meio de processos de homogeneização cultural ou de subordinação de memórias. A fortes razoes para crer que as migrações internacionais continuarão a crescer durante os próximos anos

- Modos de incorporação: a convergência da sociedade ocidental

Cada paísde imigração possui sua própria forma de regular a situação dos recém-chegados, mais é possível sistematizar as modalidades em três abordagens principais relativas a incorporação dos migrantes e identificar certa convergência nas mesmas, sendo:Assimilação: significa encorajar os migrantes a aprender a língua nacional e adoptar as praticas sociais e culturais da comunidade de acolhimento. A assimilação conduz logicamente a incorporação dos migrantes e dos seus descendentes naqualidade de novos migrantes.Exclusão diferencial:os grupos migrantes não são visto como assimilantes no mesmo grau, mesmo os países tradicionalmente receptor de migração estabeleciam desde sempre diferenciaçõesassentes na raça e nas origens sociais, após 1945 na europa, os sistemas de recrutamento de trabalhadores convidados desempenhou um papel muito importante nas politicas de visando o mercadodo trabalho,estes deveriam ser oriundos dos países relativamente próximos, e não tinham direito a reunificação familiar ou permaneça definitiva, visto que os migrantes são integrados temporariamente em certos subsistemas sociais como o mercado do empregoe excluídos de outros como a participação na politica e cultura nacional, a cidadania não constitui opção, alguns trabalhadores acabam por permanecerem, o resultado é a sua incorporação em condições legais e sociais marginais.Multiculturalismo:assimilação como a exclusão diferencial partilham um principio importante (a imigração não deve implicar transformações significativas na sociedade de acolhimento). O multiculturalismo implica o abandono do mito dos Estado-nação homogéneos e monoculturaís e significa o reconhecimento dos direitos da preservação da cultura e de formação de comunidades. É importante referir que o multiculturalismo pode ser encarado como uma forma de controlar as diferenças dentro dos limites do Estado-nação.

- Incorporação no contexto da globalização: surgimento de comunidades transnacionais

O aumento do volume, a proliferação de novos tipos e os espaços de sobreposição entre fenómenos subsumidos nas categorias oficiais são factores que enfraquecem as bases em que assentam os modos de incorporação que conhecemos, o contexto em que ocorrem os processos de incorporação dos migrantes transformou-se radicalmente e continuará a alterar-se.o surgimento do próprio multiculturalismo é um dos sinais desta mudança. Estas mudanças deram origem a debates acerca do significado do transnacionalíssimoe das comunidades, enquanto novos modos de pertençam dos migrantes. As comunidades transnacionais são grupos cuja a identidade não assenta primordialmente na ligação a um território especifico. Apresenta-se por isso como um poderoso desafio as ideias tradicionais de pertença a um Estado-nação.

- O regresso à“criação de bebes”: Uma nova distopia migratória

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