Liberalismo

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CUSTO PADRÃO – ANÁLISE DAS VARIAÇÕES DE MATERIAIS E MÃO DE OBRA

A seguir, situação hipotética:

Custo padrão = R$ 375,00

Custo real = R$ 425,00

Percebe-se uma variação desfavorável (real maior que padrão) de R$ 50,00. A análise se inicia com a decomposição desses valores:

Custo padrão

Custo real

Variação total

Mat.-prima

(M.D.)

200,00

210,00

10,00

M.O.D.

100,00

115,00

15,00

CUSTOS INDIRETOS

75,00

100,00

25,00

TOTAIS

375,00

425,00

50,00

CUSTO PADRÃO – VARIAÇÃO DE MATERIAIS DIRETOS

O primeiro detalhamento deve verificar a composição de todo material direto, em quantidades físicas e valores em R$, comparando a matéria-prima e a embalagem, entre o real (área de compras/valor R$) e padrão (área de produção, quantidade e valor R$ imputado).

As variações ocorrem por inúmeras razões, e provavelmente as respostas da área de produção seriam:

a. máquinas mal reguladas ou mal preparadas, que estragaram a matéria-prima;

b. baixa qualidade da matéria-prima utilizada, provocando maior consumo;

c. baixa qualidade ou imperícia da mão de obra, aumentando o consumo;

d. acondicionamento inadequado e/ou problemas técnicos etc.;

e. prazo curtíssimo para entrega, resultando em compra urgente, em valor maior;

f. compra inadequada pelo departamento de compras;

g. tempo utilizado para adequação da linha de produção;

h. política da direção em comprar de outro fornecedor; e

i. compra malfeita por deficiência do departamento de controle e programação da produção e outros.

Os tipos de variação podem ser:

› de quantidade: pode ter ocorrido somente variação de quantidade, apurando-se, assim, a diferença;

› de preço: pode ter ocorrido somente variação de preço, apurando-se, assim, a diferença;

› de quantidade e de preço (mista): pode ter ocorrido tanto variação de quantidade quanto variação de preço, apurando-se, assim, a diferença, chamada variação mista.

CUSTO PADRÃO – VARIAÇÃO DE MÃO DE OBRA DIRETA

Igualmente à variação de materiais, podem ocorrer variações na mão de obra direta. A variação de quantidade é denominada variação de eficiência, e a variação de preço consiste na variação de taxa.

Tanto na variação de materiais quanto na variação de mão de obra direta, as causas podem ser facilmente localizadas, porém, em outros casos, o custo e o tempo serão elevados para a análise, e normalmente as empresas podem estipular um percentual admissível para tais variações.

As variações ocorrem por inúmeras razões, e provavelmente as respostas da área de produção seriam:

a. ineficiência da mão de obra;

b. inexistência de pessoal substituto com a mesma capacidade;

c. acréscimos legais nas remunerações e encargos sociais;

d. utilização de pessoal de outro setor;

e. carência de profissionais no mercado, gerando maior remuneração para poder contratar etc.

Esse é o papel do custo padrão, o de poder ser um instrumento de controle, e de detectar e corrigir as variações.

Resume-se, assim, a utilidade do custo padrão, que, além de detectar as variações e quantificá-las, deve localizar as causas de existência das variações e encaminhamentos para sua erradicação.

CASO PRÁTICO

A empresa A. Boncristiani, antes de iniciar suas atividades, elaborou o seu custo padrão para a produção de determinada peça. Após o primeiro mês de funcionamento da sua empresa, comparou o que tinha orçado como padrão com o resultado real. Conforme seus apontamentos de fabricação, pede-se calcular as variações de quantidade, de preços e mista, analisando quais variáveis foram desfavoráveis (D). A empresa utilizou dois tipos de matéria-prima.

Dados da fabricação do produto por peça produzida

Padrão

Real

Variação

Matéria-prima total

R$ 140,00

R$ 158,00

R$ 18,00 D

Mão de obra direta

R$ 55,00

R$ 82,00

R$ 27,00 D

Dados da matéria-prima por peça produzida

Matéria-prima

Padrão

Real

Variação

1

30