FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO: Educação e sociedade: redenção, reprodução e transformação

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Brasil tendido mais para o ensino de “regras do bem comportar-se” do que ensinar saber.

A escola segundo analise de Althusser, é o instrumento criado para aperfeiçoar o sistema produtivo e a sociedade que ele servo, pois ela não só qualifica para o trabalho socialmente definitivo, mas também introjeta valores, que garantem a reprodução comportamental.

A sociedade cria os organismos que a perpetuam, o estado, com seus aparelhos, é o fator fundamental de manutenção e reprodução da sociedade.

Nesse estudo, interessam-nos apenas os aparelhos ideológicos do Estado e o autor considera a “prima-dona” a escola, e que na sociedade moderna a escola substitui a Igreja no esquema da veiculação de valores.

A prática escolar que perpassa a vida dos à vida das pessoas, da infância à maturidade, deixam sua marca indelével, na personalidade de cada um reproduzindo a força do trabalho; reproduzindo mais propriamente as relações de produção de uma dada sociedade. Os papéis definidos pela divisão social do trabalho se especificam conforme a escolaridade de cada um.

Do ponto de vista do autor, o poder dominante é tão forte na sociedade, que não há possibilidade nenhuma para a escola trabalhar pela sua transformação. Na visão reprodutivista de Althusser,façam o que fizerem o professores – lutem,melhorem suas práticas, melhorem seus métodos e materiais -, tudo isso será em vão, já que sempre reproduzirão a ideologia dominante e, pois, a sociedade vigente.

Na terceira tendência, educação com transformadora da sociedade tem como perspectiva compreender a educação como uma mediação, ou seja, ela nem redime e nem reproduz a sociedade, mais serve de meio ao lado de outros meios para realizar projetos na sociedade. Essa tendência pretende demonstrar que é possível compreender a educação dentro da sociedade com os seus determinantes e condicionantes, mas com a possibilidade de trabalhar pela democratização.

Teóricos da tendência transformadora nem negam que a educação tem papel ativo na sociedade, nem recusam reconhecer os seus condicionantes histórico-sociais. Contrariamente, consideram a possibilidade de agir a partir das condições sociais, objetivando as transformações a que se propõe a sociedade. Nesse cenário, a educação é interpretada como uma instância dialética que serve a um projeto, a um modelo, a um ideal de sociedade, seja esse projeto conservador, transformador ou democrático

Luckesi conclui dizendo que, tendo compreendido essas vertentes, importa ao educador, refletir criticamente e escolher qual a tendência que melhor conduzirá o seu trabalho pedagógico.